23 maio 2012

Entrevista dos produtores de On The Road no site G1


Dirigido pelo brasileiro Walter Salles, “Na estrada” estreia em Cannes nesta quarta-feira (23) na disputa pela Palma de Ouro. “Um livro lendário, gerações inteiras que são projetadas nos seus personagens: o erro era proibido“, declarou o produtor Natanael Karmitz (MK2), que abraçou o projeto depois de uma “dúzia de tentativas fracassadas“.

Segundo Karmitz, dois grandes obstáculos estavam no caminho de “Na estrada” para o cinema: contar “histórias de sexo, drogas, energia e encontros, sem nenhuma narrativa linear, o que é muito diferente das armas usadas pelos estúdios americanos” e filmar um “road-movie histórico” numa América modelada em torno de shoppings. (…)

Salles refez três vezes o caminho de “Na estrada”, de leste a oeste de Nova York até São Francisco, atravessando o México, para mergulhar em seu universo, conhecer os últimos protagonistas ainda vivos e aumentar seu interesse pela história do jazz. Foram “três anos de procura e pesquisas, que ele filmou como um documentário” antes de escrever o roteiro, conta Charles Gillibert, cúmplice de Natanael Karmitz na produção.

“Ele entrou no mundo do livro, sua imaginação, sua música, não fez mais nada além disso. No início de 2009 já tinha um roteiro sólido.” Uma aventura, não uma reconstituição. Ainda sobre a produção do roteiro, Karmitz acrescenta: “Parecia-nos impossível, mas acreditamos muito!“.

O projeto, assinado em Los Angeles em janeiro de 2010 e concluído em maio em Cannes com os coprodutores europeus, foi realizado com um orçamento de 25 milhões de euros e filmado durante o verão. Os atores foram escolhidos logo no início, mas “Garrett Hedlund recusou por dois anos“, enfatiza Gillibert. Enquanto isso, a carreira de Kristen Stewart (“Crepúsculo”) explodiu.

“Walter Salles trancou os atores em um loft em Montreal, em julho, uma espécie de acampamento para acostumá-los a viver juntos, para que esta energia fluísse naturalmente nas telas“, segundo Gillibert. As filmagens começaram em agosto com suas complicações, “a América dos anos 40 não existe mais, um terço dos lugares foram decididos durante as filmagens. Foi uma aventura, não uma reconstrução“.

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