29 agosto 2012

MSN Brasil: A alma sombria de Robert Pattinson em 'Cosmópolis'


O site MSNBrasil publicou trechos de uma entrevista com Robert Pattinson durante a divulgação de Cosmópolis em Nova Iorque. A entrevista foi feita pelo The New York Times News, cabendo ao site brasileiro apenas a tradução e a edição de algumas partes. Confira:


Ele não se surpreende, pois, desde a estreia do primeiro filme da saga, 'Crepúsculo' (2008), já sentiu o carinho do público.

'É muito doido sentir tamanho carinho das fãs', ele confessa. 'E nem acho que seja por mim; tem algo basicão, elementar, tanto nos livros como no filme, com que o público se identificou.'

'É muito forte essa paixão. Incrível mesmo', ele prossegue. 'Bom, melhor assim do que todo mundo me odiando.'

As fãs também se encantaram com o fato de o astro ter mantido a mesma humildade e atitude que tinha antes de se tornar um astro.

'Eu até quero mudar', ele brinca, 'mas não dá. Não consigo fazer pose. A verdade é que sou o mesmo, a minha energia não mudou em absolutamente nada'.

Quando Cronenberg, prestigiado cineasta independente cujos trabalhos recentes incluem 'Marcas da Violência' (2005) e 'Senhores do Crime' (2007) lhe enviou o roteiro de 'Cosmópolis', baseado no livro de Don DeLillo, Pattinson encontrou só um probleminha.

Conseguiu, sim, se ver na pele de Eric Parker, o bilionário de 28 anos que vê o mundo desmoronar à volta da limusine onde se encontra a caminho do barbeiro, depois de perder toda a fortuna numa aposta malfeita; ficou impressionado com as cenas em que uma viagem relativamente simples o envolve em rebeliões, lhe traz alguns visitantes e encontros íntimos, mas tinha só uma questão...

'Fui honesto com o David e disse que tinha adorado o roteiro, mas não o tinha entendido direito', admite Pattinson. 'Eu sabia que se tentasse enrolar ele ia me pegar pela perna.'

De sua parte, Cronenberg confessou, em outra entrevista, que via Pattinson com alguma reserva; Eric é um personagem complexo, com uma profundidade que vai aflorando aos poucos ao longo do filme.

'Será que um britânico conseguiria falar com um sotaque nova-iorquino que não fosse muito ruim?', relembra o cineasta. 'Será que conseguiria interpretar um personagem tão denso sendo tão novo? Teria o carisma de segurar o público, já que aparece em praticamente todas as cenas?'

'Lá fui eu então assistir a 'Poucas Cinzas' (2008) e 'Lembranças' (2010)', continua ele. 'Vi até as entrevistas que ele deu. Queria saber como agia quando não estava representando, sentir como era enquanto pessoa, mas, principalmente, saber se tinha senso de humor. Até que me convenci de que era o cara certo.'

A maioria das cenas de Pattinson se passa dentro da limusine. Felizmente, o ator não é claustrofóbico.

'Sabe que eu até curti?', revela. 'No começo, queria ficar no carro o dia inteiro, mas o calor era insuportável, não dava para aguentar.'

Na maior parte dos filmes em que trabalhou até hoje Pattinson teve que esquecer o sotaque britânico e, por isso, não sentiu problema nenhum em seguir o padrão de fala de Eric.

'Nem sei que sotaque eu estava fazendo, para falar a verdade', admite. 'Sempre achei que o dialeto já aparece nas falas. A voz também faz parte da preparação, mas nem tentei imitar o jeito de falar dos nova-iorquinos.'

Seu próximo filme é, obviamente, a última parte de 'A Saga Crepúsculo: Amanhecer Parte 2', que estreia em novembro e, como se sabe, é totalmente diferente de 'Cosmópolis'.

'Tento fazer papéis bem diversos quando não estou interpretando o vampiro Edward Cullen. Acho importante diversificar, explorar personagens variados para não ficar marcado.'

Isso não foi problema com o filme atual. Cronenberg é conhecido por suas tramas ambíguas e sensibilidade pouco ortodoxa e 'Cosmópolis' não é exceção.

'O mais estranho é que eu já vi esse filme novo quatro vezes e a cada um parece uma coisa diferente, mas acho que isso é bom', diz Pattinson. 'É o filme típico do David. A impressão é a de que estou vendo algo que está sendo feito pela primeira vez.'

Pattinson foi criado em Londres e seus sonhos de criança envolviam música, e não a atuação.

'Comecei a atuar num clube de teatro que ficava na esquina de casa quando eu era garoto', ele relembra. 'E só me dispus porque as meninas bonitas frequentavam. Nem participava das peças da escola porque tinha vergonha.'

E o fato de acabar se tornando ator ainda o diverte.

'Fiz o teste para 'Troia' (2004), o filme do Brad Pitt', conta ele. 'Nunca tinha feito nada nem parecido, até a seleção foi surreal. Ainda hoje, quando me olho, não acredito. Se tenho que preencher algum formulário, é estranho escrever ali 'ator'.'

Ele não conseguiu o papel em 'Troia', mas, no ano seguinte, integrou o elenco de 'Harry Potter e o Cálice de Fogo' (2005) no papel do belo, charmoso e malfadado Cedric Diggory. Três anos depois já encarnava o sensível vampiro Edward Cullen e sua vida nunca mais foi a mesma.
Embora possa ser visto em 'Lembranças', 'Água para Elefantes' (2011) e 'Bel Ami - O Sedutor' (2012), sua carreira gira em torno dos filmes da saga 'Crepúsculo', com o epílogo ainda por vir.

Para as fãs mais fanáticas que já se desesperam com o fim da franquia, Pattinson oferece algum consolo.

'Tenho certeza que vão acabar transformando num seriado de TV', afirma ele. 'Vão fazer tudo de novo.'

E o projeto provavelmente não envolverá Pattinson, mas já se fala numa prequela da saga. Será que ele interpretaria Edward Cullen de novo?

'Quem sabe?', desconversa o ator, rindo. 'A única coisa que é que aí eu teria que ter 17 anos para sempre e fica meio complicado!'

Ps: Nós da Família cortamos uma parte da entrevista que falava sobre o assunto para presevar, como foi dito, não iremos postar nada que fale sobre isso..

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