22 junho 2014

Nova Entrevista de Robert Pattinson com "Direct Matin" (França)


Um ícone adolescente no início da sua carreira, Robert Pattinson, definitivamente, instalou-se na paisagem de Hollywood. Em “The Rover”, de David Michôd, interpreta um rapaz simples, com problemas mentais, forçado a cooperar com o seu inimigo para reencontrar o seu irmão, no deserto australiano. É uma mudança para o actor britânico que admite que tudo isto foi possível graças ao seu encontro com David Cronenberg.

Foi o mundo do “The Rover” ou foi a sua personagem que despertou o seu interesse por este projecto?

Achei o guião muito interessante, mas tive uma ligação muito forte com a minha personagem, sobretudo a forma como ele se expressa. Nunca tinha visto uma personagem assim.

Foi difícil interpretar alguém que é tão simplista? 

Nem por isso, veio naturalmente (risos). Interpretou-o como se fosse um cão de rua que tinha sido espancado, que voltaria para o seu dono para ter um pouco de carinho.


O filme dá-nos a ideia dum mundo arruinado pela loucura dos homens. Acha que é este o lugar para onde nos aproximamos, com esta sociedade?

Isso pode acontecer, mas sou mais optimista do que isso. Tenho mais fé na humanidade. Em “The Rover”, os homens não estão completamente perdidos, não se tornam todos uns loucos. Alguns ainda têm a esperança de tentar reviver na Terra. Mas esse colapso económico é totalmente concebível.



Interpretou, um após o outro, dois filmes “contra o sistema”: “Maps to the Stars” e “The Rover”, está envolvido em política?

Sou mais ou menos liberal. É difícil ser-se actor e não se ser liberal. Talvez deveríamos estar mais preocupados com os oceanos, mas não levo a política muito a sério. Quando vemos a maioria dos países ocidentais liderados por um grupo de empresas multinacionais, parece que o voto é alguma piada.



De símbolo sexual adolescente para um actor que procura trabalhar com os maiores realizados, qual é o segredo para a mudança da sua carreira? 

Demorou algum tempo. Foram entre 4 a 5 anos a criar relações privilegiadas com realizadores, cujo trabalho admirava e parecia que surgia o momento oportuno. Cosmópolis mudou tudo. Desde que me encontrei com o David Cronenberg, a minha carreira teve um novo rumo.



Esteve em Cannes com dois filmes: “The Rover” e “Maps to the Stars”, de David Cronenberg. 

É um dos lugares mais emocionantes para promover filmes. Há uma energia incrível lá. Gosto de fazer imprensa no Festival de Cannes. Os jornalistas estão realmente interessados nos filmes e não me fazem perguntas como: “Qual é a sua comida preferida?” Na França, os jornalistas adoram cinema.



Acabou de filmar “Queen of the Desert”, de Werner Herzog, sobre o espião, Gertrude Bell. Qual foi o seu papel?

Interpretei o jovem “Lawrence of Arabia”. Era um amigo próximo de Gertrude Bell na Primeira Guerra Mundial.



Também interpretou o fotógrafo, Dennis Stock, em “Life” de Anton Corbijn. 

Acabámos agora mesmo de filmar. Vi o trailer no outro dia. Interpreto um homem que fotografou o James Dean, antes dele se tornar famoso. James era desconhecido naquela época.



O que tem mais planeado?

Em Novembro, irei trabalhar com o Olivier Assayas, num filme “Idol’s Eye”. O filme é sobre a história verídica de um gangster que roubava uma loja de penhores, que pertencia à máfia. Acontece na época de 1970. Conheci o Olivier Assays há dois anos e meio atrás, mas o projecto só veio há alguns meses atrás.



Não é você que interpreta o James Dean?

Não, é o Dane Dehaan, mas é engraçado por causa das semelhanças que temos, o facto de tudo ter acontecido em 2 meses, entre o momento em que ele não era ninguém, e de repente, tornou-se um enorme sucesso. A famosa foto onde podemos vê-lo a fumar no “Times Square”, no dia anterior à première do “East of Eden”. Eu estava exactamente no mesmo sítio, no dia anterior, da estreia do Crepúsculo.

Fonte | Via | Via | Saga CrepusculoAP Visite tambem o SurtosRobstenAP

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