24 novembro 2013

Fanfic: Destination - Capítulo 2

Destination

Autora(o):  Rutinha
Contato: Nyah!  Twitter  @ruhh_kirstyn_RK 
Gênero: Amizade, Drama, Ecchi, Hentai, Romance
Censura: +16
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

Capítulo 2. Segunda consulta : Curiosidade e Medo


Já passavam das seis da noite, e Bella estava deitada no divã de sua sala. Pensando em um homem de olhos azuis. Não sabia o que tinha acontecido consigo mesma naquele momento, se sentiu tão atraída, tão envolvida com aquele homem problemático. Mas sabia que era sua curiosidade para saber mais sobre o maldito " trauma " do anjo.

– Não vai para casa Bella? - Rose a tirou de seus devaneios, e Bella sorriu preguiçosa.
– Hoje o dia foi um pouco cheio do que o normal nos dias de domingo... - Sussurrou e tomou coragem para se levantar, e pôr os sapatos.
– Bem, mas hoje você recebeu um cara muito, muito lindo. Eu dei uma boa olhada nele, e sinceramente... Que pedaço de carne. - As duas moças riram, e saíram da sala. Isabella segurava sua bolsa de couro preto nas mãos. Rose já havia arrumado seu balcão, e estava pronta para ir embora.

Rosalie Hale e Isabella são amigas de tempos, e as duas nunca se separam, tanto é que Bella arranjou esse emprego para a amiga, que é muito agradecida. Rose namora o primo de Bella que mora com seus pais, e por isso as duas são ainda mais próximas. Emmett toda noite vem buscar a namorada na clínica, enquanto Isabella vai para seu apartamento logo ali perto.

– Sim, Edward Dwyer é muito bonito... Mas o que me interessa nele, é sua história... Passou por momentos difíceis, mas como você sabe, não posso me abrir com ninguém. - Informou Bella passando a mão pelos cabelos.
– Macaquinho! - Rosalie gritou correndo para os braços do seu namorado de quase dois metros.
– Ursinha... Estava com saudades, a gente nem se viu ontem. - Resmungou Emm dando um baita beijo na mulher de cabelos loiros.
– Minha mãe inventou de passar ontem lá em casa... Mas que tal a gente dar um rolé por aí? Ainda é cedo... - Falou com segundas intenções, e Bella como de costume corou um pouco.
– Por favor, vão para um motel... - Riram, e Rose se desgrudou do homem de cabelos pretos e curtos.
– Qual é Bells? Não vai dar um abraço no primo? - Gargalhou Emm e Isabella o abraçou desajeitada.
– Ok, Ok, preciso ir. Tchau casal vinte e dois. - Falou e deu uma piscadela para Rose, que agarrou o braço de Emm ao seu lado.
– Tchau... - Os dois falaram juntos, e caminharam até o carro.

Isabella morava duas quadras depois da clínica, então não precisava de carro. Ia andando calmamente pelas ruas de Forks, observando as casas bem construídas e com um design magnífico.
Bella morava num apartamento um pouco grande, mas para uma mulher sozinha estava perfeitamente confortável. Seu quarto era lindo, com uma cama de casal no centro, com lençóis de seda e tudo mais. Uma suíte em frente à cama, e livros ao lado esquerdo do quarto, numa estante de madeira escura.

– Boa noite Swan, parece que a noite vai ser chuvosa... - Comentou Luky Stanly, o velho porteiro de seu prédio. A maioria das noites em Forks é chuvosa, e Bella gostava disso, sempre gostou do friozinho que fazia.
– É... Hoje é a noite que eu me acabo de dormir... - Sorriram, e Bella adentrou no prédio com design arcaico.

Entrou no elevador que tinha uma música de fundo, uma ópera bastante empolgante. Isabella bateu os pés um instante, fazendo " toc-toc" mas logo quando chegou no sexto andar, ela saiu sorridente de dentro do elevador. Logo de frente estava seu apartamento.

– Boa noite Isabella... - Falou com a moça, a senhora Zafrina Wickli.
– Boa noite senhora Wickli... - Isabella respondeu sorrindo, e entrou em seu apartamento, dando um aceno para a vizinha, que pegou o elevador.
Jogou sua bolsa em cima do sofá próximo à porta, e tirou os sapatos, agradecendo por já está em casa. Se sentia tão cansada, mas ao mesmo tempo tão satisfeita.
Trabalhava nos dias de domingo, porque simplesmente não tinha mais o que fazer, por isso gostava de ajudar as pessoas nesse dia. Tanto é que vai muita gente lá nos domingos.
Entrou em seu quarto, e correu nas pontas dos pés até sua cama, se jogando na mesma. Suspirou pesadamente, e abriu os olhos verdes, encarando o teto branco.

– É... Amanhã será um dia ainda melhor... Edward, Edward, espero que você vá. - Sussurrou e passou as pequenas mãos em volta do rosto pálido.
Tomou um banho quente, e logo estava chovendo. Aquele friozinho delicioso da noite fez com que Bella se arrepiasse. Sorriu, e correu novamente até a cama, se cobrindo em menos de um segundo. Ansiava para manhã.

=*=

Edward sentia-se leve, e tranquilo demais. Aquela tristeza que carregava no peito, estava um pouco menor. Ele adorou bater aquele papo com Isabella, a moça que o deixou embasbacado por tanta beleza. Quando saiu da sala, não encontrou Alice e Jasper o esperando, mas logo viu que o casal estava lá fora, encostados ao carro tomando sorvete.

Contou como foi lá na clínica, mas achou melhor esconder da prima as sensações que sentiu ao descarregar aqueles detalhes para Isabella. Alice ficou um pouco indignada por Eddie nunca ter lhe contado sobre esse detalhe do dia do acidente.  Alice e Jasper ficaram a tarde toda juntos no apartamento, namorando e assistindo a um filme de comédia, enquanto Eddie permanecia em seu quarto, escutando músicas no fone de ouvido. Queria muito conversar com a moça simpática novamente, se sentiu leve, e confiou nela para contar aquilo. Mas é a profissão dela, as pessoas tem de confiar nela, e ele sabe que isso ficará em segredo. Sorriu e antes mesmo de perceber, já estava dormindo e sonhando com Isabella, a moça dos olhos verdes.

~~~~~~*~~~~~~

– Como assim terá que sair? Eu pensei que você não gostasse de ir a um psicologo. - Alice falou arqueando uma sobrancelha.
Edward acariciava a cabeça do filhote de Rottveiler. Sorriu ao ver o cachorro lambendo seu braço.
– Não que eu goste, mas Isabella...
– Isabella? Já estão se tratando pelo primeiro nome? - Falou sarcástica, e Edward rolou os olhos.
– Alice, o negócio é o seguinte: Eu vou fazer a tal terapia com ela, não era isso que você sempre quis? Então, eu quero ver se isso vai me ajudar a melhorar... Se vai me ajudar a parar de ter pesadelos com a sua morte. Não me atrapalhe agora que estou interessado nisso... - Falou pegando o filhote nos braços, e o botando dentro da casinha com a portinha de vidro, o cachorro passou a língua no vidro, e se afastou deitando.
– Não estou te atrapalhando Edward, só que... Você quando saiu da sala daquela mulher...
– Isabella Swan, Alice.
– Que seja... Estava diferente, e nem para mim você falou o que disse para ela. Fiquei magoada, só isso. Mas se você quer ir, problema seu... A Jane me ajuda aqui então. - Disse dando de ombros, e Edward bufou saindo da sala onde Alice examinava um poodle branquinho, e onde os cachorros ficavam instalados, esperando para serem examinados, e etc.
– Dwyer me ajuda aqui, essa senhora quer saber o preço da vacina contra raiva. - Disse Jane Volturi, a loira aguada e arrogante.

Edward nunca gostou dela, desde que abriu sua veterinária, e se fosse por parte dele, essa mulher nunca estaria trabalhando com ele. Mulher idiota, que só quer saber de dar foras nele, e olha que Edward é o dono do local, só não demitiu a moça, porque Alice insistiu, já que é amiga da loira aguada.

– Desculpe senhora, mas as vacinas contra raiva só são dadas quando está na época da crise. - Edward informou olhando feio para Jane, que deu de ombros. Ela deveria saber disso, já que trabalha em uma clínica veterinária.
– Ah, entendo meu jovem. Pois então, eu vim buscar o Billu, eu trouxe ele à umas três horas atrás. - Disse a velha de cabelos cor vinho.
– Ah claro. Volturi vá buscar o chiuaua. - Falou rispidamente, e Jane se retirou do balcão branco.
Logo a senhora estava agarrada ao cachorro, e saiu alegre. O cachorro precisava de um banho urgente, então a velha trouxe o cachorro até a clínica.
– Onze e dez... Alice, vou ter que ir. Tchau, e cuida de tudo direitinho, daqui a pouco o senhor Wesley virá com o Pretinho. - Avisou tirando o jaleco branco, e o jogando em cima da cadeira preta da sala.
– Tá ok. - Respondeu dando as costas para Edward.
O homem usava uma calça surrada preta, camisa de linho branca, com as mangas sempre dobradas desajeitadamente, o all star preto agora, e seus cabelos cor de bronze no estado de " preciso ser penteado já! ".
Edward adentrou no táxi que pedirá antes de sair e rumou para o centro de Forks, ansiando para ver a moça de olhos verdes novamente.

=*=

– Edward! - Isabella falou contente, e foi até o homem com face de anjo, e lhe deu um aperto de mão.
– Olá senhorita Swan, como prometido. Aqui estou eu para mais uma sessão. - Disse e seu coração parecia saltar no peito. A mulher agora usava um vestido branco de seda, com sapatos altos novamente. Seus cabelos castanhos estavam presos num coque desarrumado.
Isabella ao ver Edward à sua espera em uma das poltronas sentiu uma alegria imensa pelo homem não ter desistido da terapia com ela. Uma segunda-feira de Setembro nublada, e a clínica de Bella não estava nada movimentada. A maioria dos pacientes só vão à tarde e no começo da noite, já que em dia de semana Bella abre até oito da noite.
– Que bom que você veio... Obrigado por não ter desistido, eu adoraria mesmo te ajudar. Vamos entre. - Disse doce, e olhou para Rose que estava sorrindo maliciosa. Bella rolou os olhos corando.
Adentraram na sala, e logo estavam em seus lugares. Edward deitado no divã preto, e Bella em seu lado, com o caderno preto nas mãos e uma caneta prata nos finos dedos, no qual as unhas estavam pintadas de preto. Edward não deixou de perceber o anel no dedo ao lado do mindinho da mão direita da moça, que segurava a caneta. " Comprometida... " Pensou.

– Então, como se sente? Aliviado por se abrir ontem comigo? - Perguntou Bella, com a voz calma e suave de sempre.
– Ah sim, foi como tirar metade de um peso das minhas costas. Foi muito bom Jasper ter lhe indicado... - Edward sorriu torto e Bella sentiu novamente aquele latejar em seu sexo.
– J... Jasper? Jasper Witlock? - Falhou.
– Sim, ele mesmo. Ele é namorado da minha prima, ele contou sobre a amizade de vocês...
– Meu Deus, Jasper... Ah claro, somos amigos de anos... Mas como ele se mudou, perdemos o contato. Mesmo Forks não sendo tão grande, a gente tem a vida tão corrida... - Isabella encarou os olhos azuis de Edward que sorria, mostrando os lindos dentes. Notou que ele tem um dentre tramelado, sorriu de volta.
– Não sei se ele falou sobre os meus problemas com você... Sobre meus pesadelos...
– Não, ele não me falou nada sobre você. Mas então lá vamos nós, conte-me sobre seus pesadelos, e sobre o que aconteceu no dia do acidente de seus pais... Conte-me tudo o que sentiu... - Isabella ficou calada, deixando Edward relaxar no divã para começar novamente sua história.

– Depois de passar quase dois dias desacordado, a minha casa estava cheia... Meus tios, meus primos, muita gente da minha família que eu nunca vi pessoalmente, apenas por fotos estavam lá. Choravam, diziam " Meus pêsames " ou " Sinto muito, seus pais foram grandes pessoas " para mim, que até então não sabia que haviam morrido. Eu não sabia o que fazer, o que pensar. Perdi as pessoas preciosas da minha vida... Tudo culpa minha... Alguns tios, já que minha mãe tinha quatro irmãs e um irmão, e meu pai dois irmãos, queriam cuidar de mim. Até a senhora Dinner se ofereceu para ela cuidar de mim. Mas meu tio Carlisle decidiu por ser ele e sua esposa Esme Cullen à cuidar de mim de uma vez, Carlisle é irmão de minha mãe. Minha prima, Alice tinha dezenove anos, e já era independente. Ela prometeu aos meus tios que cuidaria de mim como um irmão que nunca teve, já que é filha única. O resto da minha família aceitaram esse acordo, e então. Eu me mudei para o bairro Style Forks, onde Alice mora até hoje.

A herança toda ficou para mim, a casa, os carros... Vendi as casas, e fiquei com apenas um carro. Quem sabe no futuro eu não precise desse dinheiro... Foi assim que pensei por todos esses anos. Então quando eu completei dezessete, eu já não estava o mesmo. Não queria me aproximar de ninguém no colégio... As pessoas me olhavam feio... Tinha vezes que eu pensava em querer sumir desse mundo cruel... Que a alegria nunca viria... Mas apareceu Tanya, a garota que me fez feliz por quase cinco meses... Eu gostava dela, gostava sim. Eu até poderia dizer que quase cheguei a amá-la, mas antes disso... Ela sofreu uma queda na escada de sua casa, e acabou batendo a cabeça muito forte no chão... Ela faleceu antes mesmo de eu me declarar "mesmo" para ela.

Esse foi o meu fim... Nem mesmo Alice me animava, meus tios. Carlisle e Esme foram até nos visitar, eles moram em Tóquio à muitos anos, e eu atrapalhei eles... Como sempre, eu atrapalho a vida das pessoas. Eu fiquei dois meses em depressão, quase repeti de ano. Mas por sorte as minhas notas sempre foram as mais altas do colégio. Não suportei a perda da minha namorada... Minha primeira namorada, e isso acontece comigo.

Desde então, tenho tido pesadelos com Alice sendo atropelada, e eu não ajudei... Eu não a segurei à tempo. Isso me deixa ainda mais assustado, eu tenho medo... - Fez uma pausa, e lá estavam as lágrimas rolando por seu rosto. - Tenho medo disso acontecer... Sempre as pessoas mais preciosas para mim morrem sem mais nem menos... Eu as atrapalho, eu interrompo a vida delas.

– Edward, você tem que entender que nada que aconteceu foi sua culpa. Todos foram acidentes, você não tem culpa de seu pai e sua mãe terem brigado... Não, não tem. - Isabella tentava tranquilizar o homem que chorava silenciosamente no divã. Partia o coração de Bella ver esse anjo assim. Infeliz consigo mesmo.
– Foi minha culpa sim... Eu já sabia da traição... Eu deveria ter dito ao meu pai, deveria ter brigado com ele antes... Quem sabe eu não ajudaria nisso? Quem sabe eles estariam aqui, comigo? - Chorou mais ao imaginar essa possibilidade. O amor dentro de seu peito doía, igualmente a saudade, e a culpa por ter ficado calado.
– Não Edward... Seria pior, tudo que acontece nessa vida é com algum propósito... Sua namorada não faleceu por sua causa, nada é por acaso Edward, nada. - Sussurrou, e quando se deu conta, já estava afagando a cabeça do homem. Arregalou os olhos, mas manteve a mão direita entre os fios sedosos dos cabelos de Edward, que estava chorando e soluçando.
– Eu havia tido uma discussão com Tanya antes disso acontecer... Ela ficou com raiva por minha causa, igualmente meu pai, que tomou a direção do carro. Minha mãe... Minha querida mãe... - Murmurou sem fôlego para continuar.
– Seus pesadelos só existem por causa dessa angústia, dessa culpa que você diz que tem em todos esses acontecimentos... - Isabella nunca viu uma história assim, com tanta tristeza.

Quase todos os seus pacientes são problemáticos na relação em casal, ou com os filhos, ou com a sua vaidade. A primeira vez que Isabella vê alguém com tanta angústia, tanta tristeza. Sentia uma vontade incontrolável de abraçar o homem à sua frente, mas não chegaria tão longe.
Edward sentia-se ainda mais leve, as lágrimas ajudavam nisso também. Esse peso em sua consciência estava o matando. Esse ódio que sentia de si mesmo o esmagava.

– Meus pesadelos existem porque eu sei que tudo que acontecer será algo que estou envolvido... Se eu estivesse calado, ou simplesmente tivesse contado ao meu pai, eles não teriam brigado naquele dia, não teriam saído de casa tão raivosos. E se eu estivesse segurado minha mãe na cozinha, ela não falaria com aquela vadia da nossa vizinha... Tanya, se eu não estivesse brigado com ela por simplesmente ela ter abraçado um colega de classe, ela ainda estaria aqui também... - Disparou, e Bella sentiu seus olhos ficarem marejados.

Deixou sua mão afagar a cabeça do rapaz, tentando de alguma forma possível acalma-lo.

– Como eu disse Edward, nada é sua culpa. É tudo como o destino quer... Acho melhor pararmos por aqui... - Murmurou Bella, ao ver Edward estremecer de tanto chorar.
– De... Desculpe, um homem do meu tamanho chorando assim...
– Homens também choram, homens também sofrem... Isso é normal para mim. Relaxe um pouco, irei buscar água para você. - Avisou e tirou a mão dos cabelos do homem que sorriu agradecido pela compreensão da mulher elegante à sua frente.
Isabella sentiu suas pernas estremecerem, e saiu da sala com um pouco de falta de ar. " O que acabou de acontecer?! " Se perguntou pasma com sua atitude repentina de afagar o homem.
– Tudo bem Bella? - Rose sussurrou para a amiga que estava mais pálida que o comum.
– Na... Nada. - Falou engasgada. - Preciso que você me traga um copo d'água Rose... Por favor. - Disse suspirando. Rose assentiu e se levantou de sua cadeira.

Isabella viu que ainda não havia ninguém para atender depois de Edward, agradeceu por isso. Sua curiosidade parecia aumentar no peito, queria aprofundar seus conhecimentos no caso de Edward, a tortura psicológica pela qual ele passava desde adolescente, a deixou intrigada.
Entrou em sua sala novamente, e viu Edward agora sentado no divã, com o rosto enterrado entre as grandes mãos.

– Está melhor? Rosalie irá trazer um copo d' água. - Informou Bella, indo se sentar em sua poltrona.
– Estou melhor obrigado... Estou abrindo muitas informações dolorosas.... Por isso o choro. Desculpe. - Falou olhando para o rosto pálido de Isabella, sem muita maquiagem.
– Eu estou entendo como se sente. Eu gostaria muito de falar com sua prima. Se você pudesse chamá-la, eu agradeceria muito. Como você aceitou fazer a terapia, eu gostaria muito que você viesse aqui todos os dias, me falar como se sente. Acabo de saber dessas informações, desses seus sentimentos... Eu quero te ajudar. Você tem que entender que não é culpado. - Isabella suspirou sentindo uma agonia no peito.
– Preciso repensar em tudo que já vivi até agora... É difícil para mim, sabe? Tenho muito medo do que pode acontecer no dia de amanhã, e tudo começar novamente. Eu até estava sem ter os pesadelos, anti-ontem de noite eu tive esse pesadelo. São sempre os mesmo, e é isso o que mais me assusta. É como um aviso... Sem data, sem hora, mas um aviso de como será. Anos com esse pesadelo. Anos...

Ouviram a leve batida na porta, e Isabella sorriu, e logo Rose adentrou na sala, carregando uma bandeja nas mãos.

– A água Srta. Swan. - Avisou Rose, e deixou a bandeja em cima da mesinha de vidro. Sorriu para os dois, e saiu.
– Tome... - Bella depositou água dentro do copo, e deu para Edward. Os dedos de Isabella tocaram nos de Edward, e os dois sentiram a corrente elétrica passar pelos seus corpos.
– Obrigada... Isabella, posso te chamar assim não é?
– Claro... Fico contente por você se sentir tão livre para me contar seu passado, obrigado por confiar em mim. Muitas vezes os pacientes não são tão... Fáceis de se desvendar suas histórias. - Disse e os dois riram, fazendo um som magnífico para ambos.
Edward passou a mão no rosto, e acabou de beber a água.
– Obrigado. Falarei com Alice para vir amanhã comigo. E sim, ontem de noite não tive pesadelo. Felizmente... - Avisou Edward, e Bella assentiu alegre.
– Mas você já vai? - Deixou sair essa pergunta aguda demais, mostrando seu frustamento.
– Ahn... Acho que não conseguirei falar mais sobre... Os acontecimentos...
– Não, tudo bem... É que... Bem, eu espero você amanhã no mesmo horário. Estudarei o seu caso... Não se sinta culpado por tudo que aconteceu... Um aviso para você dormir tranquilo, e por favor não se odeie e não seja infeliz consigo mesmo. Os pesadelos veem daí. - Disse e se levantou.
– Irei fazer isso... Me esforçarei. - Sussurrou, e Isabella sorriu.
Eles passaram alguns segundos se encarando, e Bella pigarreou.
– Tchau Edward. Te vejo amanhã então. - Murmurou e sorriu mostrando os dentes de coelhinho.
– Tchau Isabella... Até amanhã. - Disse Edward sentindo seu coração pulsar mais forte. Isabella estendeu a mão para ele apertar, mas ficou surpresa pela atitude do homem. Ele a abraçou, passando os braços pelo pescoço da moça, mas não deu tempo dela o responder, ele se afastou. - Ahn... Desculpe pelo abraço, não sou muito de...
– Não, tudo bem. Espero que nós nos tornamos amigos... - Disse apressada. E sua sessão com Edward apenas durou meia hora.
E se despediram, e lá estava Bella, com seu coração pulsando mais rápido, e claro, como pensa " Minha curiosidade está me deixando até nervosa... ". Seria mesmo a sua curiosidade?

=*=

Edward voltou para a veterinária, mas quando chegou lá não encontrou ninguém. Alice havia fechado. " Estranho... " Pensou Edward.
– Por que fechou bem mais cedo? - Perguntou ao entrar no apartamento, e Alice estava com uma bolsa grande nas mãos.
– Edward, a mãe de Jazz está muito doente. Ele foi me procurar lá na clínica, e estava desesperado. Desculpa Eddie, mas terei que viajar com Jazz para a Itália. - Alice disparou para cima de Edward, que estava boquiaberto.
– Como é que é? - Perguntou confuso demais, com essa informação.

E é assim, a curiosidade de Isabella, e o medo de Edward.

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