(Na capa) "Sils Maria", Binoche e Assayas em grande estilo.
Q: Juliette Binoche interpreta junto com Kristen Stewart, mas também com Chloë Grace Moretz e Angela Winkler. Como você consegue tantas pessoas diferentes a conviver cinematograficamente?
Olivier: Na frente dela [Juliette], precisávamos de alguém que estava em frente á ela para esta modernidade. Ela pôs à prova o equilibrio de Kristen. Da mesma forma, Chloë Moretz é muito jovem, tem um senso de humor, um frescor, com destaque para o interior do coração de Kristen.
Q: Com Binoche, a câmera está em uma posição fixa, enquanto Stewart, flutua ...
Olivier: Atores induziram tais coisas, conscientemente ou não. Fiquei fascinado pela forma como Kristen Stewart se move, coloca seu corpo. Cada um de seus gestos, mesmo os mais pequenos, são feitos com precisão diabólica. Não se trata de inteligência. Além disso, o texto é aprendido apenas 30 minutos antes de uma cena, convencidos apenas ser bom para espontaneidade. Tentei mostrar que ela também se destaca em outros lugares. E ela entendeu muito bem que Juliette poderia levá-la para outro lugar. Trabalhando com Stewart me deu uma camada extra de admiração por ela. Ela é um superstar no mundo, ela tem 23 anos, acabou de terminar um filme na Europa, em lugares estranhos, South Tyrol, Leipzig, etc eu tinha o imenso privilégio de ver uma atriz nascida, perceber a extensão da sua variam como atriz. Basicamente, o que tem interessado Kristen, provavelmente foi eu, mas Juliette, sua liberdade absoluta. E Juliette, lisonjeada, não hesitou em fazer coisas loucas, para mostrar como é possível ir adiante. Eu estava gravando essa relação como um documentário.
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