Ex ídolo teen.
O ator Robert Pattinson anda pelo tapete vermelho, onde, graças à série Crepúsculo, foi muitas vezes assediado por adolescentes. Agora ele interpreta um fotógrafo em Life de Anton Corbijn.
Uma das primeiras coisas que o diretor, Anton Corbijn, fez depois que ele tinha escolhido Robert Pattinson, foi a de colocar uma câmera em suas mãos. No papel de Dennis Stock, fotógrafo de imprensa, a câmera, ele pensou, teria de se tornar uma parte de seu corpo. Ele tinha um outro motivo: Pattinson teve que sentir como é estar por trás da câmera ao invés de estar em frente a ela.
O personagem que Pattinson interpreta no novo filme de Anton Corbijn, que tem uma exibição especial de Gala em Berlim, sente que seu mundo está de cabeça para baixo. No filme, a estrela mundial e ídolo teen fica entre os fotógrafos no tapete vermelho, onde na vida real o ator de 28 anos é cercado por fotógrafos.
Life é sobre a complicada relação entre Dennis Stock e a estrela Hollywoodiana relativamente desconhecida, James Dean. Stock fez uma sessão de fotos icônica com Dean em 1955. Ele é o homem por trás da famosa imagem de James Dean na Times Square, em que ele caminha diretamente para a câmera amontoado em um casaco escuro, cigarro na boca. Stock conheceu Dean (interpretado por Dane DeHaan) pouco antes de seu reconhecimento. A sessão de fotos poderia ajudar tanto as duas carreiras, pensou Dennis.
Pattinson sentiu uma conexão imediata com Stock. "A figura realmente trágica", diz ele em um quarto de hotel em Berlim. Não teria sido mais lógico para Anton Corbijn tê-lo escalado como James Dean? Se alguém sabe como se sente ao ser famoso de um dia para outro é ele. Por causa de seu papel como Edward Cullen na série de filmes de fantasia Crepúsculo, sua vida mudou e se transformou em um caos de adolescentes histéricas e paparazzi.
"Ainda assim, não pode ser comparado", enfatiza o ator. "As pessoas olham para James Dean como se ele fosse uma espécie de líder espiritual: Conte-nos como devemos viver. Eles nunca me viram assim."
Life mostra nas semanas antes da estréia do filme de estreia de James Dean "East of Eden" (1955). Todo mundo previu que ele iria se tornar mundialmente famoso. O ator percebe que "tudo ao seu redor" é tão importante como agir e que o estúdio tem-no em suas garras. Ele sufocava. Isso é algo que Pattinson não reconhece: "Não tínhamos ideia de que Crepúsculo seria tão bem sucedido. Apenas uma semana antes de seu lançamento, vimos um interesse crescente na internet." Quando a loucura explodiu Pattinson achou tudo muito surrealista. "Eu não tinha expectativas de que iria acontecer, então eu não fiquei desiludido como Dean ficou. Eu vejo isso como uma porta que se abriu, eu não sabia o que estava do outro lado, mas eu estava curioso e dei uma olhada. Mais tarde, percebi que 'oh, isso não vai longe'. A porta se fechou atrás de mim."
Agora, três anos depois do lançamento do último filme a loucura está diminuindo. No cinema, ele agora, ele interpreta papéis pequenos, como o papel de TE Lawrence da Arábia em 'Queen of the Desert' por Werner Herzog ou o motorista de limusine em 'Maps to the stars' de Cronenberg. De acordo com Anton Corbijn é neste ponto que a conexão de Pattinson bate com o seu papel de Stock. Porque Pattinson tornou-se popular em uma idade tão jovem, ele agora quer provar a si mesmo, diz Anton Corbijn. Ele interpreta um fotógrafo que quer provar a si mesmo é um paralelo interessante.
Em sua carreira, Pattinson faz escolhas rebeldes que acabam bem. Se tudo correr bem com o financiamento, ele vai ser visto em filmes do diretor Harmony Korine e James Gray. Pattinson é um grande grande fã do seu trabalho. "Eles foram os primeiros diretores que eu pessoalmente abordei quando notei que os scripts eu queria fazer, onde não foi oferecido a mim, então eu decidi entrar em contato com os diretores que admiro."
Esta semana, foi liberada a notícia que Robert Pattinson será um fora da lei no thriller Brimstone do diretor holandês Martin Koolhoven. "A história é fantástica; eu tenho uma ideia de como eu quero fazê-lo. É um papel perigoso, mas eu não posso dizer muito sobre ele e o cinegrafista é o mesmo que em em 'Rundkop' e eu acho que esse filme é fantástico."
Entretanto Koolhoven está ficando louco pelas mensagens que ele recebe no Twitter dos fãs de Pattinson em todo o mundo. É difícil imaginar todos esses adolescentes assistindo a um filme Korine Harmony. Pattinson: "Eu não sei muito bem o que meus fãs gostam. Eu me lembro que eu tinha que filmar uma cena (????) com Don DeLillo (o autor de 78 anos) e ele foi emboscado por meninas de 15 anos de idade que queriam que ele assinasse seus livros. Ótimo. Se apenas um deles leu o livro, tenho a sensação de que fiz algo de bom."
Oito dias em um camelo.
Durante o Festival de Cinema de Berlim, Robert Pattinson também pode ser visto como TE Lawrence em 'Queen of the Desert' de Werner Herzog. Um pequeno, mas desafiador papel: com o mesmo papel em 'Lawrence da Arábia' que o ator Peter O 'Toole escreveu sua história no cinema. Durante a exibição para a imprensa havia risos, quando ele apareceu pela primeira vez na tela com o famoso keffiyeh na cabeça. "Oito dias em um camelo é a única coisa que me lembro. Se o papel fosse maior, eu não teria feito isso. Werner Herzog fez TE Lawrence uma pessoa engraçada. Eu também não me pareço realmente TE Lawrence".
Nota importante: Quando a repórter Floortje Smith é questionada sobre alguns detalhes, ela responde: "Ele é muito bonito e agradável. De bem com a vida. Estou muito curiosa sobre o que ele vai fazer em seguida."
Ela ouviu a entrevista de novo e disse: "Ele disse que você nunca sabe como serão os pequenos filmes que você só pode ter certeza quando você está no set, mas ele realmente quer fazer esses filmes". Sobre o projeto Korine: "Isso pode acontecer, mas eu quero dizer... as pessoas... o elenco... o orçamento de repente muda todas essas coisas. Mas eu amo o filme. Ele é ótimo e minha parte é completamente louca."
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