Autora(o): Kelly Domingos - Whatsername no Nyah!
Gênero: Angst, Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Capítulo 36 - Induzido ao erroCensura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Induzido ao erro
POV Edward
“Eu quero você de novo, Bella!” Falei depois de traçar um caminho rápido até a orelha dela.
Bella deixou escapar um sorriso quente, cheio de malícia. “Só se for do meu jeito!” As palavras sensuais trouxeram a tonalidade rubra para o rosto dela, eu também sorri e nos virei no sofá.
Antes de ela montar em mim, olhei nossas roupas no chão. A lingerie vermelha destoava sobre o tapete escuro, meu gemido falhou miseravelmente. E, levando minha sanidade para o inferno, Bella sentou-se sobre minha ereção, lentamente, provocando minha agonia. A entrada quente e melada engolia meu membro com vontade. Eu não duraria nada, pois as ondas e os choques nublavam minha mente a cada vez que eu olhava para nosso ponto de conexão.
Cerrei meus olhos para fazer aquilo durar. Os movimentos de Bella eram
ritmados, como uma dança. E ela rebolava pra caralho, subia e descia em mim.
Ela apoiou as mãos em minha barriga e moveu-se incansavelmente sobre meu corpo.
Eu tremia por apenas ouvir o barulho de nossos corpos se chocando, enraizei
minhas mãos na cintura delgada, ajudando-a a dançar em minha ereção sofrida. Os
dois estavam perto da borda. O canal apertado me mastigou, as contrações eram
violentas. Bella desceu o corpo para me beijar. Nossas línguas sem encontraram
no mesmo instante que me libertei.
Nossos fluidos se juntaram e escorreram. Não me permiti sair de dentro de
Bella, aproveitei mais do calor e umidade. Senti os lábios de Bella movendo-se
em meu peito, o carinho era doce e calmo, levei as pontas de meus dedos para a
nuca dela. Pastei toda a região, os pelinhos se arrepiavam e dois sorrisos
baixos preenchiam a sala bem iluminada.
Mesmo se eu quisesse, nada sairia de minha boca. Eu não tinha forças para
nada, nem mesmo colocar Bella ao meu lado. Olhei o relógio da televisão, já era
madrugada e eu sorri ao me dar conta que Bella e eu tínhamos feito uma pequena
maratona. Aquela pegação começara antes da nove da noite.
“Eu não aguento mais nada, Edward.” As palavras saíram quase inaudíveis,
embora elas estivessem cheias de satisfação e diversão.
Levei meus olhos para os olhos marrons, nosso sorriso fora harmônico. “Só
mais uma, por favor?”
Bella me olhou espantada e mordeu os lábios que já estavam inchados por
causa de minhas investidas. “A gente precisa dormir, temos um casamento para
ir! Não quero olheiras me atrapalhando.”
Rolei-a para o lado, ficamos espremidos no sofá. Nossos rostos estavam
colados e eu respirava calmamente contra o rosto vermelho. “Sexo deixa a pele
bonita, baby! Devemos levar isso em consideração.”
Ela sorriu abertamente e me beijou com vontade, os lábios se uniram e assim
ficaram por muito tempo. “Vamos para o chuveiro, nada de foda!”
Meus olhos saltaram, Bella não poderia me negar fogo daquele jeito! Sai do sofá
e a carreguei para o chuveiro, ela não fugiria tão fácil assim.
Regulei o chuveiro até a água ficar morna. Bella estava um passo atrás de
mim, observando todas as minhas ações. As mãos pequenas vieram para contornar
minhas costas cheias de suor. Eu sorri ao perceber nosso joguinho, Bella queria
me levar ao meu limite. Eu faria o mesmo com ela. Era justo!
Posicionei-me sob o jato de água, puxei Bella para mim. Os corpos nus
estavam pressionados, os peitos de Bella estavam colados aos meus e eu amava a visão.
Segurei meu sorriso presunçoso ao vê-la arfando.
Nosso pseudo banho se transformou em um show de insinuações. Eu movia meu
corpo para atiçá-la. Minha ereção estava perfeitamente contra o baixo ventre de
Bella, ela, por sua vez, beijava marotamente meu pescoço, as mordidas me
levavam para perto do céu. Ficamos nos provocando até os dois renderem, sem
nenhuma palavra, girei-a para ficar de costas para mim, meus passos faziam
Bella chegar cada vez mais perto da parede revestida de azulejo. O corpo diminuto
tremeu por inteiro por causa da diferença de temperatura. Mordi-lhe a nuca e
ombros, fiz contorcionismo para levar minha mão para o centro molhado. A
umidade não se dava por causa do banho. Não mesmo!
Estimulei-a demoradamente, beijei-lhe as costas e tudo que eu podia. Os
gemidos de Bella eram desconexos e antes que ela gozasse, me enterrei nela. Sem
qualquer aviso. Um grito luxuriante chegou aos meus ouvidos, Bella abriu as
pernas para me receber. Do mesmo modo que coloquei tudo, tirei também. Ela gemeu
frustrada, me olhou sobre os ombros e me empinou a bunda que brilhava por causa
da água.
“Venha me comer, Edward!” A voz não fora nada além de pervertida. Eu sorri
do mesmo modo para ela. Investi meu quadril para o lado dela, mas, antes que eu
a penetrasse, ela me pegou com a mão e me tocou avidamente, depois, ela me
guiou para a entrada molhada. Era impossível ser racional naquela situação. A
água caia sobre nossos corpos e Bella espalmou as mãos na parede, ela estava
completamente rendida. Minhas estocadas eram lentas e profundas, tudo fazia meu
corpo tremer.
“Você gosta de quando eu te pego assim, gostosa?” Falei de qualquer jeito
quando cravei minhas mãos na cintura dela.
Bella rebolou ainda mais e levou os dedos para o nervo duro e protelado.
“Mais forte, Edward, me fode com força!”
Fechei os olhos e simplesmente meti com toda a força que tinha. Bella
buscava apoio em suas mãos, porém não tinha sucesso. Minhas bolas batiam contra
a bunda que eu tanto amava. Segurei-a pelos peitos, estimulando os biquinhos
duros. Não demorou a tudo ficar desorganizado. Movi-me sem padrão, apenas
procurando meu fim. Bella fez o mesmo, ela jogava o corpo para o meu e gemia
coisas em outro dialeto. Ela me olhava sobre os ombros e sorria feito uma
ninfetinha, me provocando.
“Porra, Bella!” Eu soltei entre respirações pesadas, inclinei meu corpo
sobre o dela. Beijei-lhe o pescoço e a orelha. “Sua boceta é uma delícia,
baby!”
Bella soltou um sorriso sem forças, tinha sido forte para ela também. “Você
é um comedor do caralho!”
Meu sorriso saiu meio retardado, trouxe-a para mim. Bella não se aguentava
em pé, então a coloquei sobre os meus pés e fomos para o quarto. Fizemos um
rastro de água pelo piso. Ela se jogou na cama, segui os movimentos. Bella
abraçou minha cintura e nossos olhares se cruzaram. Nossos olhos sorriram e
piscaram juntos.
“Você fica tão bonito desse jeito,
Edward!”
Olhei-a curioso, sem entender qualquer significado. “Uh?”
Bella sorriu completamente radiante. Ela trouxe as mãos para desenhar minha
mandíbula, indo para os meus cabelos, eu recebi um selinho demorado em meus
lábios úmidos. “Você parece tão bem, relaxado... Seus olhos nunca estiveram
mais verdes e brilhantes, quase como um anjo!”
“Bom, uh, seus cabelos e seu rosto vermelho me dizem que você poderia ser o
deus do sexo!” Bella terminou sorrindo, eu guardara cada palavra para mim.
“Nunca esqueça que eu te amo feito louco, sim?” Falei baixinho contra os
lábios de Bella, ela os entreabriu para dar passagem para minha língua faminta.
Ficamos no nível das provocações, porque nenhum de nós tinha energia para
nada. O beijo foi doce e calmo, entretanto a luxuria estava presente. Quem
diminuiu o ritmo fora Bella, ela salpicou beijinhos no canto de minha boca.
“Nós realmente precisamos de algumas horas de sono.”
Concordei com ela e puxei as cobertas sobre nossos corpos, o frio tinha se
acentuado e o outono estava dando passagem para o inverno. “Boa noite, Bella!”
Falei e depositei um beijinho casto na testa dela.
Bella fechou os olhos durante o contato carinhoso. “Obrigada, durma bem
também.”
Rolei para o outro lado, não que eu não gostasse de dormir com Bella
pertinho de mim, mas a verdade era que eu queria simplesmente dormir, Bella
queria o mesmo. O espaço fora completamente benéfico, ninguém se incomodava com
aquilo. Uns poucos centímetros de distância não iriam mudar a intensidade de
nada, muito menos do que eu sentia por ela. Tão logo eu dormi. Horas mais
tarde, abri meus olhos para os gritos de Bella. Eu xinguei metade do mundo
antes de acalmá-la. As lágrimas transbordaram e eu pedi para que aquilo sumisse
da vida de Bella, porque, se eu tivesse a possibilidade, eu sofreria todas as
noites no lugar dela.
(...)
Senti o peso sobre meu corpo, mas não abri os olhos, eu ainda precisava de
horas de sono.
“Edward?” Bella chamou sobre meu rosto, o frescor denunciou que ela já
escovara os dentes. “Acorde!”
Gemi por pura frustração, abri meus olhos e encontrei uma claridade
incomoda. “Quantas horas?”
Bella massageou abaixo de meus olhos e beijou minha bochecha. “Quase
meio-dia, estou indo encontrar Jake, tá?”
Abri um pouco mais meus olhos e tateei procurando os óculos, assim que os
coloquei, consegui enxergar mais nitidamente o rosto de Bella. “Vai sair?”
Ignore a pergunta retórica!
Ouvi uma risada quente e animada. “Fazer as unhas, cabelo, depilação, dá um
jeito em meu rosto oleoso, afinal serei madrinha de Alice!”
Tombei minha cabeça para o lado, lembrando-me do fato importante. Bella me
beijou e saiu de cima de mim. “Meu carro parece estranho, vou de táxi mesmo.”
“Use o meu, não
vou sair.” Dei a opção para ela.
Sentei-me na cama e dedilhei meu cabelo, irritado por causa dos nós
idiotas. Subi para meus olhos para Bella, ela procurava alguma coisa dentro da
bolsa. Sorri por ela ser tão esquecida e atrapalhada. “Procurando o quê,
linda?”
“Não viu meu celular, não?” Ela perguntou ainda remexendo na bolsa.
Olhei para o travesseiro que pertencia a Bella, ao lado dele estava o
iphone branco. Estendi-o para ela. “Você é tão engraçada!”
Ela me deu a língua, sorrindo. Bella calçou os chinelos e veio até a mim,
antes de me beijar, ela ajeitou meus óculos. “Leve seu terno para passar, sim?
Não vai dar tempo para eu fazer isso para você.”
Anotei aquilo em meu bloco mental de notas. Joguei meu corpo para fora da
cama e procurei qualquer roupa, eu tinha planos sobre dormir o resto da tarde.
“Tem comida?” Perguntei procurando
meus chinelos, pedi internamente que eles não estivessem na boca de Flip-flop.
Bella subiu o rosto para o meu. “Tem o macarrão de ontem, acho que tem
bacon também. Uh, vi seus chinelos com seu cachorro.”
Meu gemido frustrado fez Bella sorrir também. Ganhei um selinho curto. “Não
fique mal humorado, você tem que estar deslumbrante ao meu lado no altar.”
Peguei-a pela cintura e a sentei de lado em minhas pernas. “Vou tentar
ficar apresentável, prometo!”
Bella rolou os olhos para mim, quase bufou. “Edward você já está lindo e
olhe que você está descabelado, com óculos e com mau hálito!”
Era muito fácil sorrir para Bella, tudo que ela dizia desencadeava reações bobas
em mim. “Você está tão gostosinha nessa saia!” Falei assim que tracei a barra
da saia curta, as pernas branquinhas estavam descobertas, a camiseta tinha um
decote velado, pelo menos.
“Gostosinha? Devo levar isto como um elogio?” Bella brincou com minha
bochecha, sem força.
“Você é gostosa, porém, pequena. Então, você é gostosinha!” Eu disse
roçando nossos lábios. Aquela era uma ótima explicação.
“Você é bobo, Edward!” Bella disse completamente risonha e saiu de meu
colo.
“Eu também te amo, tá?” Falei apenas para irritá-la. Antes de passar pela
porta, ela me soprou um beijo e colocou os óculos escuros no rosto. Olhei para
a janela, o sol era tímido e o céu dava espaço para algumas nuvens que mais
pareciam algodão.
(...)
Olhei mais uma vez para o terno ainda dentro do saco plástico, eu tinha
certezaque ele não precisava ser passado. Eu tinha gastado muito dinheiro
naquele Armani, era ridículo eu gastar mais dinheiro passando-o. Apenas para
evitar uma Bella histérica, joguei o terno no banco de trás do carro. Eu dirigi
por incontáveis e incansáveis minutos até o endereço deixado por Bella. Uma
hora e dez minutos mais tarde, a senhora entediada me entregou o conjunto de
roupas, nada parecia diferente. Eu vi meus dólares indo embora, mais uma vez!
Coloquei o terno com um cuidado, que eu desconhecia, no banco de trás. Dei
a volta para abrir a porta do motorista, os ponteiros do relógio me diziam que
já eram quase seis. O céu começou a ficar alaranjado e pôr do sol foi camuflado
pelas nuvens espessas. O locutor de voz fingidamente rouca falava as notícias
do dia, indo de acidentes a temperatura média. Meu celular vibrou em meu bolso
e eu tirei meus olhos da avenida movimentada.
“Oi?” Atendi prontamente assim que vi o nome de Bella na tela.
“Você pode me buscar? O taxi está demorando!” Bella pediu antes de qualquer
cumprimento. “Claro, se você puder!”
“Sem problemas, baby! Onde você está?” Perguntei, pois eu não fazia ideia
de onde Jacob trabalhava.
Ao passo que Bella me dava as coordenadas, minha boca se retorcia em uma
careta. Era longe pra caralho!
“Edward?” Bella disse meio incerta do outro lado, perguntei-me o motivo
para tal.
“Sim?” Devolvi brevemente.
Bella soltou uma respiração curta. “Pode trazer alguma coisa para eu comer?
Estou morrendo de fome!”
Eu sorri para os medos bobos de Bella, como se eu fosse negar algum pedido
dela. “Bella, não seja boba, quer Milk Shake?”
Ouvi uma risada de alívio. “Pode ser, obrigada por ser o melhor namorado do
mundo!”
“Sempre as ordens, Bella.” Falei antes de desligar.
Meu olhar alternava entre a avenida e tela do celular, pois o endereço
estava ali. Era realmente longe, do outro lado da cidade. Passei para comprar
nossas bebidas doces e geladas. Meu carro já estava ficando pequeno, Bella
dividiria lugar com um terno e copos com canudinhos. Assim que virei à esquina,
encontrei Bella. Propositalmente, demorei a destravar a porta para ela.
Observei-a pelo vidro, procurando as mudanças para, depois, elogiá-la. Mulheres
gostavam daquela parte.
Eu não era um cara analítico, mas foquei-me em tudo. Os cabelos tinham um
brilho diferente, embora continuassem castanhos. As unhas estavam branquinhas e
mais curtas. O rosto estava mais perfeito, se isso fosse possível.
Eu abri a porta e sorri grande para ela. “Ei, deu um problema aqui na
porta!”
Bella escorregou para o banco e me beijou rapidamente. “Obrigada!”
“Você está linda, a propósito! Gostei das unhas.” Falei e coloquei a chave
na ignição.
Bella bebeu um pouco do Milk Shake e me olhou de um jeito indecifrável.
Segurei nossa troca de olhares até ela sentar-se em meu colo. “Tenho que te
mostrar uma coisa!”
Não deu tempo para eu questioná-la sobre o que era, pois ela pegou minha
mão e a enfiou dentro da saia curta. Bella sorriu e fez minha mão correr sobre
o tecido fino calcinha. Todo meu sangue bombeou para a região entre minhas
pernas, a rigidez não demorou seis segundos para se formar. Eu gemi feito um
adolescente punheteiro. Não existiam pêlos, nem mesmo a tirinha que eu gostava;
minha boca encheu d’água ao imaginar minha língua correndo a entrada lisa.
“Gostou?” Bella tirou minha mão da pele dela, eu me perdi no olhar e
sorriso lascivo.
Inclinei meu rosto para o dela, o beijo fora inteiramente indecente,
agradeci pelos vidros escuros. Minhas mãos puxaram a camisa de Bella para o
lado e, rapidamente, desci para minha boca para os peitos fartos, Bella arqueou
em meu colo e gemeu meu nome. Sorri satisfeito e voltei para os lábios
vermelhos, indo, depois, para a pele molinha do lóbulo dela.
“Eu quero te chupar até beber todo seu gozo, Bella!” Eu disse enquanto
distribuía beijos atrás da orelha dela.
Bella gemeu alguma coisa incompreensível e moeu contra meu quadril.
“Cachorro!”
Eu sorri para o xingamento ou elogio, sei lá. Bella bicou meus lábios e
voltou para o banco do carona. Um sorriso malvado dançava nos lábios
vermelhos.Ela me olhou, sorriu e bebeu mais do Milk Shake.
Eu arfei para maestria com a qual Bella sorvia aquele líquido. “Você está
sendo pornográfica!”
Bella me olhou sob os cílios e sorveu ainda mais, sendo tentadoramente
quente. “Tire sua mente da sarjeta, Edward!”
Nós dois sorrimos, recebi um beijo pudico em meu ombro coberto pela camisa.
“Vamos para casa.”
(...)
O tempo estava contra nós, já se passava das sete e Bella ainda estava se
decidindo com qual sapato ela iria. Detalhe, ninguém veria o sapato, pois o
vestido vermelho cobria-lhe os pés! Não falei nada, Bella estava ansiosa e eu
não queria deixar tudo pior. Sentei-me na ponta da cama para calçar os sapatos
que brilhavam. Fiquei na mesma posição até Bella terminar de se endeusar. Eu a
olhava pelo espelho, encabulado por ela conseguir ficar ainda mais bonita. Pisquei
de felicidade, talvez. Continuei observando-a, o vestido era de um vermelho
vivo e acentuava as curvas delicadas dela, o cabelo caia em ondas bem feitas, o
balançar me intrigava. A maquiagem era mínima, Bella usara alguma coisa nos
olhos e nas bochechas e quase nada nos lábios. Uma perfeita boneca.
“Pare de me encarar, Edward!” Bella pediu pelo espelho, ela carregava um
semblante curioso.
Eu caminhei até ela, parei atrás da cadeira da penteadeira. Toquei-lhe a
nuca com a ponta dos dedos. “Você é tão linda, eu não me canso de olhar para
você!”
Bella pegou minha mão que estava dentro do bolso do terno. “Desculpe por
sempre parecer uma louca, mas eu estou tão, tão, nervosa! Eu não posso
acreditar que Alice está se casando, porra, é a minha Alice!”
Abri um sorriso para a escolha de palavras dela. “Bella você é adorável!
Alice estará em boas mãos, você sabe que estará!”
Foi a minha vez de pegar a mão dela e beijar delicadamente, atentei para os
detalhes. Eu nunca tinha me dedicado àquela parte de Bella. As mãos femininas e
fortes, tudo ao mesmo tempo. Fiquei um tempo ali, só venerando. “Te amo!”
Bella me deu um sorriso tímido. “Eu também.”
O pequeno momento bonito deu espaço para uma correria sem fim. Bella jogou
as chaves e os celulares em meu bolso. O terno preto me deixava com calor e eu
odiava calças apertadas.
“Você está irresistível, tenho planos para quando voltarmos, sim?” Bella me
avisou antes de passarmos pela porta. Ela não beijou, apenas puxou meu lábio
com os dentes.
Levei minhas mãos para a cintura dela, puxei-a para mim. “Eu também, baby!
Tenho que experimentar sua depilação, ou já se esqueceu?”
Bella me deu uma piscadela e passou pela porta, peguei-a pela mão. Nossos
dedos se entrelaçaram perfeitamente.
A mão dela estava mais gelada que o normal, eu poderia ouvir o coração dela
batendo forte. Fiquei feliz em saber que, naquele momento, aquelas reações não
eram por minha causa. Todas eram por causa da amiga que ela estava entregando a
Jasper.
(...)
Tudo gritava o quão ricos eram Alice e Jasper. Perguntei-me se alguma coisa
naquela pequena capela não era de ouro. Tudo reluzia. Bella apertou ainda mais
minha mão, o olhar era nada além de cheio de admiração. “Parece que estamos num
conto de fadas!”
Massageei-lhe os dedos, inquieto. Não que eu estivesse incomodado, mas todo
que vinha em minha mente era a imagem de eu esperando Bella no altar. Aquilo
fazia meu coração aquecer de um jeito desconhecido. Os organizadores corriam em
nossa direção, informando-nos os últimos detalhes. A igreja de poucos bancos
encheu-se rapidamente. Muitos convidados vinham cumprimentar Bella. O casal que
exalam superioridade sorriu ao vê-la.
“Isabella, quando tempo que não lhe vejo!” A senhora de vestido creme
estendeu a mão para nós. Eu via a falta de interesse nos olhos dela.
Bella abriu um sorriso acolhedor. “Como está, senhora Brandon?”
O sobrenome me fez olhá-la novamente, se o mundo não estivesse louco,
aquela era a mãe de Alice e o homem que caminhava preguiçosamente para o lado
oposto era o pai dela.
“Uh, feliz por Alice! Muito feliz!” Bella disse sem esconder a animação.
“Este é Edward, meu namorado!”
Estendi minha mão para a senhora que sorria superficialmente. “Prazer em
conhecê-la!”
Ela me analisou antes de quaisquer palavras, os olhos correram cada parte
de meu rosto. “Prazer é meu!” O aperto em minha mão não tinha força e aquilo me
incomodava. “Espero que você não seja um louco, Bella não vai ter Alice para
protegê-la sempre.”
As palavras vieram como punhais e minha garganta tornou-se estreita demais.
Bella apenas afagou minhas costas discretamente, não vi a mulher de cabelos
castanhos dando-nos as costas.
“Ela não gosta de ninguém, Edward. Esqueça o que aconteceu, por favor.”
Bella disse baixinho em meu ouvido.
Consegui assenti com a cabeça. Meu estômago parecia estar em uma montanha
russa, eu queria vomitar tudo. O peso, que sempre estava em minhas costas,
pareceu exponencialmente mais difícil de ser carregado. Então eu percebi que
aquilo seria rotina, claro, a vida de Bella não começara agora, existia muita
gente que a conhecia e que tinha leve ideia do que acontecera com ela. Assim
como eu, que também tinha um passado. E o passado gritava que ele era meu
irmão.
Bella procurou meus olhos, quase aflitos. “Edward, meu amor, não fique
triste, sim?” Ganhei um beijo casto em minha bochecha. “Ela é uma velha
amargurada, nem parece que é a mãe de Alice.”
Beijei-a superficialmente, prometi a mim mesmo que não estragaria o
casamento de Alice e Jasper. “Eu estou bem, linda!”
Segundos mais tarde, Rosalie e Emmett apareceram em nosso campo de visão.
Ele a enlaçava pela cintura e ela ralhava alguma coisa com ele. Emmett sorria
complacente.
“Ei padrinhos!” Emmett falou alto, ainda existia uma boa distância entre
nós.
“Emm!” Soquei-lhe o braço, sorrindo. “Como está?”
Eu dei a brecha para ele falar sobre o último mês de sua vida, Rose nos
pedia desculpas silenciosamente. Perguntei-me se Emmett sempre chegava às
festas já bêbado.
Fomos salvos pelo relógio, quando marcara oito e quinze da noite, Jasper
apareceu trajando um smoking perfeitamente alinhado. Eu contemplei os olhos
emocionados. Não era inveja, mas, se eu tivesse esse direito, eu queria estar
no lugar de Jasper e me emocionar por ver Bella caminhando de branco para mim.
Ela teria um véu imenso e eu proferiria os votos a ela.
Jasper parou um passo a minha frente. “Cara, eu estou tremendo!”
Eu sorri verdadeiramente para ele, Bella fez o mesmo e colou ainda mais os
lados de nossos corpos. Procurei boas palavras. “Não fique nervoso, Alice não
vai desistir agora!”
Ganhei um olhar de Bella, me dizendo que não fora boas palavras. Jasper
bateu em meu ombro, completamente feliz. “Espere quando for o seu casamento,
Cullen!” Ele olhou o relógio e abriu um sorriso. “É agora!”
Bella sorriu para mim, nada era mais bonito que o semblante que ela
carregava. “Pronto?”
Dei meu braço esquerdo para ela e nos guiei para a entrada na capela. Eu
falhei ao tentar fugir do camarada que nos filmava.
Meus olhos não piscavam, eu registrava tudo. Jasper caminhou sem hesitação
pelo tapete, a mãe dele não escondia o sorriso. A senhora de cabelos ralos
secava timidamente as lágrimas que caiam.
Recebi um puxão de Bella, olhei-a sem entender. “Uh?”
Ela sorriu e ajeitou minha gravata azul. “É a nossa hora! Não me deixe
cair!”
Puxei uma respiração curta e dei o primeiro passo, minhas pernas tremeram
levemente. Eu odiava o fato de todos estarem olhando para mim e Bella,
foquei-me na vela sobre a mesa do altar e abri um sorriso. Andei devagar por
causa de Bella, ela apertava minha mão como se dependesse daquilo para
sobreviver. Mesmo sem olhá-la, eu sabia que ela carregava seu melhor sorriso.
Subimos ao altar e nos posicionamos no lado esquerdo. Jasper nos deu um
positivo discretamente. Passei minha mão na cintura de Bella, ela ergueu o
rosto para nossos olhares se encontrarem. Recebi um sorriso de admiração, ela
moveu os lábios para me dizer alguma coisa, mas nada entendi.
Os olhos de Bella brilharam quando o pequeno garotinho entrou apressado na
igreja, carregando as alianças. Os olhos azuis eram uma particularidade, os
cabelos eram repletos de cachinhos. Eu estava tendo sérios problemas com minha
mente, pois ela só me trazia imagens que me faziam arfar de felicidade. Existia
uma lacuna, eu não conhecia crianças para carregarem minha aliança e a de
Bella. Pedi para que Jasper fizesse logo um filho em Alice. A marcha nupcial
trouxe-me a terra novamente. As portas se abriram para Alice e toda sua
plenitude. Ela estava linda e pequena. Emocionada e com vergonha. Perfeita para
Jasper.
Bella suspirou e pegou novamente minha mão, abaixei-me para ouvi-la. “Ela
está tão linda, Edward!”
“Ela está!” Falei também admirado, olhei para Jasper e sorri. Ele caminhou
até o meio do tapete. Ele estava indo para o começo da vida dele.
A cena era apenas bonita. Jasper e o senhor Brandon trocaram palavras e
Alice pegou o braço de Jasper, eles também trocaram palavras baixas.
Eles caminharam tranquilamente para o altar, Alice passou o buquê de rosas
amarelas para Bella. Eu a olhei e sorri surpreso. Nós nos sentamos, Bella
pousou a mão sobre meu joelho. Era estranho quando nossos olhares se
encontravam, tinha um misto de felicidade e de um silêncio incomodo. Como se
tudo merecesse ser dito. Mal percebi que eu brincava com o dedo anelar dela.
Bella abriu um sorriso grande, eu queria muito beijá-la até me faltar o ar.
“Eu te amo!”
Ela moveu para ficarmos mais próximos. “Não mais que eu.” Bella sussurrou e
fez círculos em meu joelho. “Está tudo tão perfeito, Alice está radiante!”
Meus lábios se curvaram e demoraram a voltar a posição inicial. Voltei
minha atenção para as palavras do padre. Minutos mais tarde, quando Alice e
Jasper trocaram as alianças e os votos, Bella deixou escapar lágrimas de
emoção. Eu as sequei calmamente, eu queria dizer a ela que o nosso dia ainda
chegaria e ela seria minha esposa.
Quando caminhamos para o final da cerimônia, Bella afagou as costas de
minha mão. “Casados, por fim!”
Sorri ao imaginar a vida que Alice e Jasper levariam. Eu sorri porque seria
quase idêntica a que eu vivia ao lado de Bella. Acordar rabugento em plena
segunda-feira, mas, quando eu olhava para o lado, Bella estava sorrindo para
mim. Dividir o prato e os talheres apenas para diminuir o número de louças
sujas. Ter sexo de qualidade de domingo a domingo. Não existia despedidas, eu
voltaria todas as tardes para Bella. Fazer compras e passear com o cachorro.
Olhei para Bella apenas para dizer-lhe que eu amava e nada era melhor que
conviver com ela. Saímos em cortejo pela igreja, o casal estava feito e o
casamento, selado. Era para sempre! Olhei para Bella pela milésima vez na
noite, eu queria ser uma mosca para descobrir cada linha de pensamento que ela
iniciava. Saber o que tanto a fazia sorrir deslumbrada.
(...)
Existia champanhe por todo lado. A recepção também era opulenta, tudo
decorado por flores claras. Nossa mesa tinha uma visão privilegiada; nada fugia
aos meus olhos, nem mesmo Carter caminhando feito um idiota para nossa direção.
Eu bufei e segurei forte a mão de Bella, ela me olhou e sorriu timidamente.
Puxei a cadeira para ela se sentar, existia o meu nome, o de Bella, o de
Emmett, o de Rose e de Jacob sobre a mesa. Não existia o de Carter para a minha
felicidade.
“Oi, Bells!” O idiota disse animado, eu quis quebrar-lhes os dentes quando
o vi parando tempo demais no colo de Bella, só tinha uma renda o velando.
“Carter! Não te vi na igreja!” Bella o cumprimentou com animosidade
desnecessária.
“Eu só vim para a festa mesmo, as cerimônias demoraram demais.” Ele disse
completamente cheio de superioridade.
Então eu quis matar o idiota filho da puta. Ele não medira as palavras, nem
percebera a falta de respeito que cometera. A última coisa com que Alice e
Jasper se preocupariam era com quem estaria na festa deles. Ele deveria estar
lá, ouvindo cada palavra dita pelo padre, admirar a troca de alianças,
emocionar-se durante a troca de votos, bater palmas para o beijo do casal recém
formado. Beber e comer ele poderia fazer na porra de um bar qualquer.
“Boa noite, Carter!” Falei alto para ele parar de ignorar minha presença.
Ele pegou minha mão sem vontade, eu realmente odiava a falta de força. Já
que vai me cumprimentar, que me cumprimente como homem! Apertei a mão sem
qualquer medo de machucar. Sorri abertamente quando ele tentou usar mais força
que eu. Era uma infantilidade do caralho, mas eu estava me divertindo. Todos
meus dentes foram expostos quando ele soltou meu cumprimento e olhou para a mão
vermelha.
Eu me sentei inteiramente realizado, Bella me deu um olhar torto e apertou
meu joelho. “Quer um pouco de iogurte, bebezão?”
Arrastei minha cadeira para a dela, inclinei para falar-lhe perto do
ouvido. “Eu não gosto dele, ele não gosta de mim. Vamos lá, foi divertido, não
foi?”
“Você é tão idiota! Se você não fosse bom de cama, juro que eu não teria
paciência com você.” Bella disse em meu ouvido também, eu sorri para as
palavras. A libido dela estava mais alta que o normal, eu daria tudo para
adiantar nossa volta para casa.
“Acho que vou me sentar com vocês, sim?” A voz retardada me fez lembrar que
o retardado ainda estava parado ao nosso lado.
Eu o olhei como se eu olhasse para um ser místico. Para tártaro, talvez. “É
só procurar seu nome nas mesas, não é muito difícil!”
Ele me olhou e, para minha surpresa, ele ficou constrangido. “Meu convite
não chegara para mim.”
A vontade foi de rir até o fim da vida, o cara era muito babaca mesmo!
Alternei meu olhar entre ele e Bella, ela parecia cheia de vergonha alheia.
Além de idiota, metido, cobiçador da mulher do próximo, ele também era penetra.
Eu não contive minha risada.
“Sinta-se a vontade, Carter!” Apontei para uma sexta cadeira, longe o
suficiente de Bella.
O garçom caminhou com uma bandeja cheia de taças de champanhe, Bella e eu
nos servimos, mas, antes que eu desse o primeiro gole, lembrei-me da direção.
Alguém ficaria sem beber, eu decidi que seria eu. Bella me olhou depois de seu
primeiro gole, ela tinha um pedido de desculpas nos olhos.
“Pode beber, champanhe é muito refinado para mim!” Aquilo era uma verdade.
Champanhes e prossecos não foram feitos para mim, eu não tinha muita elegância
para bebê-los. Eu era totalmente inclinado aos destilados com o maior teor de
álcool possível.
Emmett e Rose chegaram minutos mais tarde, levei um soco em meu ombro. “Ei
padrinhos!”
Sorri para a embriaguez de Emm, Rose falou alguma coisa muito baixo e
sorriu para mim e para Bella. “Por favor, eu preciso de alguém sóbrio essa
noite!”
Levantei minha mão, indicando que eu não beberia. Rose me deu um sorriso de
agradecimento. “Por que sempre sobra nós dois?”
“Nossos pares são bons demais quando bêbados, é isso!” Expliquei-lhe e
ganhei um sorriso divertido. Eu gargalhei ainda mais quando eles ignoraram a
presença de Carter.
Jacob chegou correndo literalmente, ele sorriu para nós. “Alice e Jasper
estão chegando!”
(...)
Minha mandíbula doía um pouco por causa dos inúmeros sorrisos que dei para
o cara que tirava as fotos. Eu sairia idêntico em todas, Bella fazia poses ao
meu lado, a taça não saia da mão dela. Alice e Jasper só sorriam.
“Vai ficar bêbada hoje, Bella?” Perguntei enquanto eu nos guiava para nossa
mesa.
Bella soltou uma risada contagiante. “Por que não?”
Eu diminuí nossos passos e a beijei superficialmente, embora eu quisesse
muito aprofundar. “Você só não pode perder a linha, tá?”
Fora discreto, mas Bella moveu o quadril para meu. “Posso fazer isso em casa, Edward?”
Se não tivesse tanta gente perto, eu gemeria e pegaria Bella cheio de
possessão. “Faça, por favor!”
Reboquei Bella para a mesa, Emmett e Rose trocavam palavras ao pé do
ouvido. Jake parecia meio entediado com a presença de Carter, assim como eu. Eu
não tinha conversado muito com ele, seria completamente legal excluir Carter de
todas as conversas.
“Não vai beber essa noite, Jacob?” Perguntei repentinamente, querendo, de
fato, engatar um diálogo.
Ele deu de ombros e alinhou os cabelos. “Aqui não parecer ter vodca ou
tequila.”
Bella e eu sorrimos, eu corei ao perceber que tínhamos gostos parecidos, eu
não saberia dizer se era bom ou ruim.
No fim, Jacob era um ser engraçado, ele me arrancara boas risadas. Olhei
para ver o status de Emmett e Rose, nós estávamos prestes a presenciar uma foda
ao vivo. Eu não daria três minutos para Emm tirar Rose daquela mesa.
Bella já estava soltinha demais, do jeito que eu gostava. Ela me roubava
beijos e subia a mão por minha coxa e ia, perigosamente, para o meu meio semi ereto.
Minhas reações se resumiam a olhá-la e sorrir feito bobo. Atrevidamente, ela
veio para depositar um beijo em meus lábios. Eu senti o gosto da bebida e
aquilo me fez aprofundar, Bella arqueou o corpo e minhas mãos foram para o
quadril dela. Não era vagaroso, meu toque era firme e fez Bella gemer em minha
boca.
“Você deveria parar de dar bebida a ela!” Carter disse antes de eu encerrar
o beijo bom pra caralho. Ele não tinha nenhum tipo de senso. Havia mil mulheres
solteiras naquela festa, talvez ele conseguisse uma trepada rápida.
Eu o ignorei e beijei Bella com mais vontade, jogando, pela janela, o
pudor. Minha língua brincou indecentemente com a dela, o peito de Bella arfava
e ela estava muito perto de me tocar sobre o tecido da calça.
“Safada.” Sussurrei pertinho do ouvido dela, eu sorri ao ver os pelinhos se
eriçando.
Ela me massageou com cuidado, usando quase nenhuma pressão. Agradeci por
ela estar fazendo aquilo debaixo da mesa. Meu gemido fez Bella continuar. Eu
realmente amava o teatro. Meu sorriso estava tão grande e ninguém perceberia o
que estava acontecendo. Eu sabia que Bella não me deixaria terminar, até porque
não daria certo ficar pegajoso até o fim daquela festa. Quando eu tive a
estimulação que eu queria, tirei a mão de Bella de mim. Eu beijei cada nó dos
cinco dedos. Antes que Bella falasse alguma coisa, nosso jantar chegou. Eu comi
feito um maratonista, a comida estranha estava gostosa. Bella não tocou no
prato, ao contrário, ela bebia taça pós taça. “Coma um pouco, linda!”
O bolo foi cortado em meio a palmas e gritos, as mãos seguraram a faca e
eles se lambuzaram no rosto. A valsa fora engraçada, Jasper era um péssimo
dançarino, não que eu fosse bom, mas Jasper conseguia ser muito ruim.
Aquele era o aviso que a pista de dança estava liberada. Bella me puxou
pelo pulso, quase correndo pelo salão, como se ela quisesse aquela parte desde
o início.
Era escuro e também tinha um bar que, para a felicidade de Bella, servia os
mais diversos tipos de bebidas. “Edward, tem tequila!”
A noite de meses atrás veio rapidamente em minha mente, eu sorri feito
retardado. Eu não reclamaria se Bella desse aquele pequeno show para mim
novamente. “Você fica tão bêbada com tequila, baby!”
Ela me puxou pelas lapelas do terno, nossos olhos se prenderam por
incontáveis segundos. O par de chocolates parecia ainda mais derretido. Bella
entreabriu os lábios, mas não me beijou, me deixando com vontade. “E você ama
essa parte, admita!” Beijei-a demoradamente, aproveitando o escuro. Minhas mãos
fizeram um mapeamento preciso das curvas proporcionais. O álcool fizera Bella
se esquecer do pudor, pois ela não fez nada para tirar minhas mãos da bunda
dela.
Ninguém naquela pista ficava parado. Alice se atrapalhava com a calda do
vestido, mas se remexia de um lado para o outro, Jacob dançava feito louco,
Rose estava empoleirada no pescoço de Emmett. Eu me sentia meio parado,
todavia.
Pousei minha mão na cintura de Bella, tentando seguir o movimento dos pés
dela. Bella me olhou curiosa e bebeu o resto da bebida. “Tentando dançar,
Edward?”
Apenas pisquei para ela e movi mais um pouquinho. Estava sendo tosco, mas
era divertido mover-se no ritmo da música que soava frenética. Mal senti Bella
colando nossos corpos, ela arranhou minhas costas e procurou meus ouvidos. “É
só rebolar um pouquinho!”
Soltei uma risada baixa. “Meu quadril não é tão mole quanto o seu, Bella!”
Ela ergueu o rosto para o meu, as lufadas de ar me fizeram tremer
levemente. “Você costuma rebolar enquanto me fode.”
Engoli em seco e cerrei meus olhos para ela, eu daria todo meu dinheiro
para fugir dali com Bella. “São situações diferentes, não acha?”
Bella desceu a mão por minhas costas, ganhei um toque firme da base de
minha coluna. O quadril dela dançou contra o meu, eu quase pude sentir o calor.
“Você pode até achar que eu estou dançando, mas, em minha mente, você está me
possuindo de todos os jeitos possíveis.”
Meu corpo cambaleou, apertei ainda mais a cintura de Bella. Eu amava tudo
que a tequila fazia com ela. “Vamos embora, Bella?”
Ela negou com a cabeça e de meu um beijo breve. “Nós mal começamos a
dançar, Edward!”
Restou-me dissipar minha ereção crescente, eu sabia que nada tiraria Bella
daquela pista. Rose e Emm vieram para dançar conosco, eles faziam passos
simétricos e se beijavam como adolescentes. Eu não me preocupava com a
bebedeira de Bella, talvez fosse irresponsabilidade de minha parte deixá-la
beber como louca. Ela quase não fazia aquilo, eu sabia que ele estava se
divertindo. O ônus seria limpar o vômito no banheiro e aguentá-la reclamando da
dor de cabeça.
Parei os movimentos de Bella por um instante, encostei-nos na parede
escura. “Vou buscar água, quer comer alguma coisa?”
“Traz doce pra mim?” Bella pediu quase fazendo biquinho. “Aquele que tem
uma florzinha em cima.”
“Não saia daqui, ok?” Pedi antes de sair da pista, corri meus olhos para
registrar as coordenadas de onde ela estava.
Não procurei por muito tempo o doce com florzinha em cima. Era uma puta
falta de educação, mas carreguei uns cinco de uma vez só, passei no bar e
peguei uma garrafa de água mineral.
Dei passos largos em direção do lugar que Bella deveria estar. Meu sangue
subiu para a minha cabeça quando vi a cena mais ridícula do mundo. Ele estava
com as mãos em minha Bella. Eles estavam dançando, a mão infeliz estava perto
demais do quadril dela. Eu iria quebrar-lhe a cara, eu não tinha dúvidas!
Tentei controlar meus passos para não correr, fui interceptado por Rosalie.
“Não seja um idiota, Edward!” Ela disse rápido. “Eu sei que ele é um
babaca.”
Olhei por cima do outro dela. Emmett havia pedido uma música com Bella, ela
concedera de bom grado, Carter tinha um semblante quase vitorioso, ele sorriu
debochado quando me pegou olhando. Ele queria me levar ao limite. Ele estava
conseguindo.
Emmett enlaçou Bella pelos ombros e trouxe-a para mim. “Toda sua, Edward!”
Foi a minha vez de enlaçá-la, beijei-a nos cabelos que mais pareciam um
oceano por causa das ondas. “Eu ainda vou dar uma surra nesse idiota.”
Bella procurou meus olhos, apesar de desfocados, eles estavam cheios de
emoções boas. “Eu estava listando suas qualidades para Carter, sabia?”
Meus lábios se repuxaram num sorriso. “Eu te amo tanto!” Puxei-a para a
parede que estávamos minutos atrás. “Trouxe os doces.”
Bella os comeu, parecendo faminta. Ela me dava beijos cheios de açúcar e me
abraçava. Aquela fase alcoólica me dava uma Bella completamente carinhosa. As
mãos pequenas brincaram com os botões do terno, Bella afrouxou minha gravata e
dedilhou meu pescoço.
“Você está mais bonito que o noivo!” Ela disse pertinho de meu lábio, a
língua quente o traçou delicadamente.
Eu a olhei, meus olhos sorriram ao invés de meus lábios. “Você vai ficar
tão linda de noiva, como uma princesa.”
As palavras saíram sem minha permissão, minhas bochechas formigaram de um
jeito bom, afinal aquilo não era nenhuma mentira, mas, ao mesmo tempo, tudo
parecia errado. Eu sabia o quão grande era um casamento, eu via meus pais, eles
não tinham segredos. Eles compartilhavam os segredos. Eu queria ser para Bella
o que Carlisle era para minha mãe e, infelizmente, não seria possível, não com
a omissão do tamanho do mundo que eu carregava. Eu não seria canalha o
suficiente para fazer aquilo com Bella.
“A gente vai casar um dia, Edward?” Bella afagou minha bochecha, eu sabia
que ela estava completamente bêbada, pois ela me perguntou com uma indiferença
assustadora, como se perguntasse se eu queria bacon ou ovos.
Fiz o mesmo carinho nela. “Eu costumo pensar nisto, às vezes.”
Procurei os olhos desfocalizados, eles mergulharam nos meus. “Uh, a gente
se ama, vamos acabar nos casando e com filhinhos.”
O futuro parecia perfeito dito naquela voz doce e arrastada. Eu não sabia
quando tudo seria claro entre mim e ela, mas, quando esse dia chegasse, a
primeira coisa que eu faria seria pedi-la em casamento. Eu cairia de joelhos na
frente dela, olharia dentro dos olhos marrons e pediria a honra de tê-la para
sempre ao meu lado. As crianças viriam depois, seriam três. Dois garotinhos e
uma princesinha. Eu bati meus punhos na parede atrás de Bella, sintetizando os
últimos pensamentos. Eu era um mentiroso filho da puta e estava planejando meu
futuro com Bella. Eu deveria parar com aquele circo, parar de brincar de Deus.
“Nós seremos felizes, sim?” Falei em tom de promessa, meus beijos foram
depositados na bochecha quente de Bella.
Ela abraçou minha cintura e descansou o rosto em meu peito. “Eu sou feliz
com você, Edward!”
Beijei-lhe o topo da cabeça, interessando no rumo daquela conversa. “Eu
também, Bella; talvez eu não mereça tanta felicidade.”
Os olhos subiram para os meus. “Claro que me merece!” Ganhei um beijo em
meu pescoço. “Então a gente vai se casar?”
Sorri fraquinho. “Como você quer que seja o pedido?”
Bella pareceu pensar. “Uh, eu quero um anel, um jantar e um quarto cheio de
pétalas de rosas vermelhas.”
Eu registrei os detalhes solicitados por Bella, seria do jeito dela. “Eu só
quero que você diga sim.”
Ganhei um beijo longo e provocativo. “Eu aceito.”
Sorri durante o contato quente. O beijo aprofundou-se e deu espaço para as
insinuações que eu tanto apreciava. Eu tinha desconectado minha mente. Só meu
corpo estava ali.
Bella me puxou pelas costas e afundou as mãos em meus cabelos. Ela puxava
os fios sem cuidado, meus gemidos eram baixos e rendidos. Forcei minha perna
entre as dela, eu a beijei com ainda mais avidez quando ela cedeu a mim sem
relutar. Ignorei o fato de ter pessoas nos olhando, eu só queria provar para
Bella que eu era o cara que faria qualquer coisa por ela.
“Eu te amo.” Soltei antes de me dedicar ao pescoço negligenciado.
Tudo que Bella fazia era gemer e ondular contra meu corpo. Ela corria as
mãos por meus braços e ombros, ela amolecia aos poucos e minha ereção ficava
cada vez mais dolorida. Os beijos eram completamente sujos, segurei-me para
apalpar as curvas de Bella. Espremi-a contra a parede, minha perna massageou-a
intimamente, sabendo que aquilo não seria o suficiente.
“Oh, Edward, ah!” Bella falou perto de meu ouvido, a mão pequena desceu
para minha região dura, eu não fiz nada para detê-la.
Bella me apertou com vontade, olhei para os lados para ver se alguém
prestava atenção em nós, todos dançavam e comiam. Senti os dedos traçando o
zíper de minha calça, Bella realmente estava completamente chapada.
“Baby, isso não.” Falei antes de beijá-la com fervor. Bella gemeu alguma
coisa e mastigou meus lábios, causando uma puta dor em mim.
As unhas curtas arranharam-me nas costas, minha camisa já estava fora da
calça e minha gravata estava caindo em meu pescoço. “Vamos terminar isso,
Bella, por favor.”
Ela sorriu abertamente, quase presunçosa. “Você conseguiria arrancar
qualquer coisa de mim, Edward! Eu, simplesmente, estou morrendo pra te sentir.”
“Qualquer coisa? Qualquer coisa mesmo?” Perguntei encabulado, pois eu tinha
muito que saber sobre Bella e tudo que cercava meu irmão.
Bella moveu-se para mim, e me olhou sob os cílios. “Uhum!”
Um leve tremor correu meu corpo, os choques iam até as pontas dos dedos dos
pés. Eu só tinha uma pergunta. “Você me ama, não é?”
“Mais do que você imagina, Edward.” Bella disse de modo arrastado,
praticamente jogando as palavras.
Beijei-lhe perto da boca e indo, sorrateiramente, para a orelha que
pendurava um brinco discreto. “Você seria capaz de me perdoar?”
A pergunta saiu calma, mas meu coração batia na garganta. Eu só queria uma
resposta positiva, eu sabia que ela viria. Não existia coração mais puro que o
de Bella.
“Por que você está me perguntando isso?” A voz veio curiosa e eu me
surpreendi por Bella me perguntar aquilo.
Puxei uma respiração pesada, suguei todo oxigênio que podia, lembrei-me das
palavras de minha mãe e a promessa que eu tinha feito. Eu deveria tentar contar
a verdade. Antes que eu proferisse a primeira palavra, Bella puxou minha mão,
ela caminhou trôpega para o bar. Ela pediu as duas doses de tequila e bebeu-as
sem intervalo. Meu sorriso não fora o mais verdadeiro, mas eu sorri por Bella
sempre ser uma bêbada de primeira viagem.
Bella nos conduziu para o meio da pista, ela esquecera por completo o
tópico que discutíamos, eu tinha plena consciência que ela jamais se lembraria
de nada. Era minha única chance para contá-la ou sondá-la. Eu estava indo para
ferrar com nossas vidas.
“Bella?” Chamei um tom acima da música. “Eu preciso lhe contar uma coisa.”
Ela me olhou quase indignada. “Edward, podemos conversar em casa? Eu amo
essa música.”
Segurei-a pelas mãos, o carinho era vagaroso. “Eu vou ser breve, preciso de
sua opinião.”
Recebi um olhar de consentimento, Bella me abraçou forte. “É alguma coisa
sobre a gente?”
“Na verdade, um amigo veio conversar comigo para pedir minha ajuda, eu não
sei muito bem o que dizer para ele.” Tudo saiu sem minha autorização, mas
aquela fora a única forma que encontrei para saber a reação de Bella.
Ela me olhou assustada. “Uh, não é Jasper ou Emmett, né? Diga que não.”
Afaguei-lhe as costas. “Você não o conhece, não se preocupe.” Deixei meus
olhos parados nos dela, eu pisquei antes de começar. “Uh, o cara é um idiota,
entende? Ele se deixou levar pelas palavras de uma pessoa que ela amava muito,
mas, na verdade, ele estava comentando um erro terrível. Ele precisava machucar
o coração de uma menina e ele fez isso, mas não foi intencional. Claro, no
início ele realmente queria acabar com a vida dela, mas, aos poucos, ele
descobriu que ninguém era mais especial que a menina. Sabe, eles estão muito
bem agora! Ele a ama perdidamente.”
Os olhos de Bella não saíram dos meus, passei a mão em meu pescoço para
sentir a pulsação que lutava contra minha pele. “Ele, realmente, quer contar
tudo para ela, dizer o porquê de tê-la feita sofre lá trás, mas ele tem medo de
perdê-la.”
“Jura que esse idiota não é Emm ou Jazz? Por que se for, eu vou matar os
dois.” Bella perguntou baixinho, quase com medo.
Eu senti tudo se perdendo, minhas pernas fraquejaram. “Não é nenhum dos
dois, Bella! Uh, você não o perdoaria?”
“Claro que não, Edward!” A resposta veio apenas cheia de decisão. “Ele é um
idiota completo, não merece essa mulher! Coitada dela.”
Meus olhos não saíram dos olhos marrons, eu pude sentir meus olhos
queimando. Eu não duvidava da bondade de Bella.A questão era que eu carregava
algo pesado demais até mesmo para o coração mais puro do mundo.
Segurei mais forte as mãos dela. Eu já tinha a reação, cabia a mim escolher
se Bella teria ou não a verdade. Eu queria poder ser racional, mas eu não
conseguia. Eu não saberia viver sem Bella, não seria possível viver com a
rejeição dela, porque eu, realmente poderia me casar com ela. Realizar-lhe
todos os sonhos. Respirei fundo e aproximei meu rosto do dela, beijei-lhe a
testa delicadamente, adorando cada pedaço de pele. “Ele é, de fato, um idiota.”
Poderia ser muito egoísmo, mas eu não traria aquele sofrimento para nós.
Informar-lhe sobre meu laço com Sebastian não mudaria nada, mas eu sabia que
Bella merecia saber minhas intenções iniciais. Era uma puta encruzilhada e eu
decidi pelo caminho que deixaria as coisas como estavam neste exato momento.
Bella ficaria sem a verdade, e nós ficaríamos juntos.
“Edward?” Bella gritou meu nome. “Eu preciso dançar essa música, venha comigo!”
Um segundo depois, eu estava no meio da multidão. Eu sorri para Bella,
querendo nunca dar motivos para ela ficar triste, eu amava o semblante leve e
doce. Então eu esqueci minha vida de merda e foquei-me em Bella e toda sua
descontração. Ela me deu seu melhor sorriso e me beijou, fomos embalados pela
musica que eu não conhecia. Os carinhos foram atrapalhados, porém, intimamente,
certos e precisos.
(...)
Era engraçado pegar fila para nos despedimos de Alice e Jasper. Eles
conversavam aminadamente com os convidados.
“Vocês já vão?” Alice perguntou-me desapontada.
Apontei para Bella que estava meio aérea ao meu lado. “Eu consegui contar
nove doses de tequila, ainda teve incontáveis champanhes.”
Os dois sorriram em perfeita sintonia. Beijei Alice na bochecha,
desejando-a felicidades. Jasper me puxou para um abraço.
“Obrigado por ter vindo, espero o casamento de vocês, sim?” Ele disse
presunçoso.
Eu sorri para ele. “Uh, nós ainda vamos viver um bom tempo no pecado.”
“Deixe-me sem os detalhes, Cullen!” Jasper ma lançou divertido. “Não adie
muito, você não sabe o que está perdendo.”
(...)
“Bella... Por favor, espere eu abrir a porta...” Falei assim que ela desceu
para o meu pescoço, dando-me chance para respirar.
Ela sorriu e me mordeu. “Tire suas roupas, Edward! Rápido.”
Não deu tempo para eu trancar a porta, Bella me fez cair no sofá da sala.
Ela jogou o vestido caro para fora do corpo esbelto. A lingerie branca me fez
juntar água na boca. A visão me fez desabotoar os inúmeros botões de minhas
roupas. Eu fiquei nu dois segundos mais tarde, Bella caminhou graciosamente
para meu colo. Ela beijou meus ombros e sentou-se em minhas coxas, eu tirei as
últimas peças que nos impediam de nos amar. Deslizei as alças do sutiã, elas
escorregaram ombro a baixo, a calcinha úmida morreu no chão abaixo de nós.
Antes de penetrá-la, olhei-a. Os olhos grandes e expressivos me fitaram
também, Bella me deu um sorriso. “Amo você.”
Tudo foi calmo, desde as estocadas aos beijos. Nós terminamos juntos e
suados. Eu sorri ao ver Bella dormindo em meu ombro. Levei-nos para a cama,
deitei Bella no lado dela e fui para o meu. Perdi-me olhando o rosto pacífico e
cansado. Meus lábios pousaram na testa cheia de suor, tirei os cabelos que
grudaram na região, querendo nunca deixar de sentir a maciez da pele alva. “Eu
te amo perdidamente,amor!”
POV Bella
Espreguicei, preguiçosamente, meu corpo. Olhei para o lado, Edward
ressonava baixinho. Sentei-me na cama, procurando as cenas da noite. Tequila,
champanhe, doce com florzinha em cima. Tombei novamente minha cabeça no
travesseiro, o sono logo me aplacou de novo. Eu parecia ter dormido décadas,
mas dessa vez não consegui sair do colchão. Edward estava completamente sobre
meu corpo, ele tinha o ouvido sobre meu coração.
“Bom dia, Edward.” Estranhei minha voz estrangulada, ele sorriu baixinho.
Ele ergueu o rosto para o meu, não tinha olheiras, mas o cabelo estava uma
bagunça. “Bom dia!”
Ganhei um beijo tímido, percebi então que estávamos nus. “Uh, Edward, nós
fizemos sexo selvagem de madrugada?”
O sorriso foi verdadeiro, completamente bonito. “Não teve muita putaria,
fomos até bem devagar!” Recebi mais um beijo em meus lábios. “Não se lembra de
nada, baby?”
Acenei negando, Edward rolou para o lado e virou meu corpo, nossos rostos
estavam próximos e nós respirávamos o mau hálito do outro. “Eu não me lembro de
nada, fiz muita besteira?”
Uma emoção diferente apareceu nos olhos verdes, mas minha dor de cabeça não
me deixou identificar qual era. “Você não perdeu nada, nada mesmo.”
Fiquei feliz por eu me lembrar dos fatos importantes. Alice e Jasper
estavam casados e, nessa hora, voando rumo a Europa. Eu estava completamente
feliz por eles. Olhei de soslaio para Edward e deitei minha cabeça do peito
dele. A manhã estava fria, fiquei feliz quando Edward puxou as cobertas para
cima, os pés quentinhos tocaram os meus pés mais gelados que sorvete. Trocamos
carinhos quase infantis, nossos pés se embolavam e, esporadicamente, trocávamos
beijos. Ninguém aguentava ficar muito tempo em contato com o mau hálito, mas
ninguém também queria levantar para escovar os dentes.
Edward lambeu minha bochecha e aquilo era nojento pra caralho. “Te amo
demais, Bella.”
Apertei-o na cintura larga e pensei em uma coisa igualmente nojenta. “Amo
você, Edward.” Falei enquanto corria minha língua pelo nariz afilado.
Nós dois sorrimos cheios de cumplicidade, nossos olhares se prenderam e uma
corrente de emoções se formou. Os olhos verdes me diziam que Edward só queria
minha felicidade, eu desejei o mesmo para ele. Eu desejei o mesmo para nós.
Continua...
Nenhum comentário:
Postar um comentário