Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Atenção: Este história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.
Eu simplesmente não conseguia conter o frio na barriga.
Medo do desconhecido.
Medo de estar me metendo numa encrenca maior do que aquela em que eu me metera quando fizera aquele acordo sem noção com Jacob há dois anos.
Mas não era isto que eu queria?
Eu tinha decidido que eu precisava perder a virgindade. E voltar a Forks com este “probleminha” resolvido.
E então eu e Jacob seriamos como antes. Melhores amigos.
Era muito simples.
O problema era que eu tinha concordado em ficar dois meses com Edward.
E isto não fazia o menor sentindo.
Como é que ele podia querer isto? Nós nem nos conhecíamos direito.
O que se passava na cabeça de Edward Cullen para me fazer aquela proposta?
E pior: o que se passava na minha cabeça em aceitar?
Ok, fora eu que começara com aquela história.
Mas uma transa apenas era bem diferente de um caso de dois meses.
Caso!
A palavra parecia tão inapropriada e fora de lugar!
Mas eu ia chamar do quê?
Não era namoro certamente. Era até ridículo pensar nisto.
Era sexo. Sexo e nada mais.
Dois meses de sexo sem compromisso.
Entre Edward e eu.
Definitivamente devia haver algo de muito errado naquela história.
Será que era muito tarde para voltar atrás?
E eu queria voltar atrás?
Não fazia ideia. Definitivamente.
Talvez houvesse algo de masoquista em mim, que queria ir até o fim pra saber qual era a dele.
–E aí? - Jéssica saiu do provador rodopiando com um vestido novo.
–Está bonito. – falei, sem o menor interesse.
Eu tinha concordado nem sei porque em vir fazer compras com Jéssica.
Na verdade, acho que eu precisava mesmo era de distração. Parar de pensar em Edward Cullen.
E em nosso “acordo”.
Quando saíra da aula naquela tarde, eu o procurei com o olhar e o vi entrando no carro com seus irmãos.
E me perguntei o que eu poderia esperar agora. Quando é que finalmente iríamos “fazer?”.
Eu nem sabia dizer se gostava ou se odiava aquela espera.
Meus nervos talvez não sobrevivessem a tanta tensão.
–Bella, presta atenção! - Jéssica reclamou e eu reparei que ela já tinha trocado o vestido.
–Ah, me desculpe, estou distraída.
Ela rolou os olhos, impaciente.
–Você está estranha!
Eu dei um sorriso amarelo.
–Apenas... pensando nuns problemas.
Jéssica me lançou um olhar curioso.
–Problemas, é? Algo que eu possa ajudar?
–Acho que não. – murmurei. Até que eu tinha vontade de me abrir com Jéssica, mas provavelmente ela não era uma pessoa confiável para eu falar sobre Edward.
–Tem certeza? - ela arregalou os olhos, animada. - É sobre garotos? OMG! Conta tudo!
–Jess, não tem nada a ver com garotos! - falei, tentando soar convincente. Mas sabia que estava vermelha.
–Sei... Bem, eu vou me trocar! Depois quero saber tudo sobre este assunto aí que está preocupada! Não vai escapar.
Oh saco! Jéssica não ia me deixar em paz agora!
Jéssica saiu do provador cheia de sacolas e eu a segui para fora da loja.
O dia estava ensolarado e ela queria ir a mais uma loja.
E eu não ia agüentar mais um pouco daquela tortura. E também não estava a fim de driblar as perguntas indiscretas de Jéssica.
–Jess, eu preciso ir. Tenho que passar numa livraria. Podemos nos encontrar depois?
–Você é muito chata, credo!
Eu ri.
–É, esta sou eu.
–Bella, não me leva a mal, mas aceita um conselho. Não leve tudo tão a sério. Tem que sair mais, se divertir, arranjar um namorado!
–Não quero um namorado.
–Uma trepada então, que seja. – ela riu ao me ver vermelha. Se ela soubesse que eu estava mais perto da “trepada” do que ela imaginava – Apenas se deixe levar. Apenas um pouco. Vai te fazer bem.
Eu dei de ombros.
–Quem sabe?
Nós nos despedimos e combinamos de nos encontrar daqui algumas horas num café.
E eu me afastei pela rua, entrando na primeira livraria que encontrei.
Eu amava livros e como sempre, passei um tempo enorme escolhendo alguns.
E estava na fila do caixa tentando equilibrar os livros na mão, quando vi umas revistas dispostas em prateleiras. E uma delas me chamou a atenção com a chamada: “Desvende todos os segredos do sexo”.
Eu nunca fora de comprar estas revistas. Também nunca precisara.
Ok, eu não era nenhuma burra. Sabia como as coisas funcionavam. Mas na teoria.
Na prática, bem, melhor deixar pra lá.
Afinal, eu era aquela que bebia até vomitar na camisa de caras perfeitos e fazia propostas sexuais sem pensar nas conseqüências.
Sinceramente, duvido que isto fosse sexy.
Definitivamente, eu não era nem um pouco sexy.
–Próxima. – o caixa chamou e eu esqueci a revista, colocando os livros no balcão. - Mais alguma coisa? - ele perguntou e de repente, sem pensar, eu peguei a revista e coloquei junto com os livros.
–Esta revista também, por favor.
Eu fui para a cafeteria esperar Jess e me sentei numa mesa afastada, pegando a tal revista.
E enquanto a folheava, me perguntava se eu era muito patética.
Talvez Edward me achasse patética.
E se eu tivesse um pingo de juízo, jogaria aquela revista ridícula no lixo e depois ligaria para Edward Cullen desfazendo todo aquele absurdo acordo.
Não ia dar certo. Como eu podia achar que ia dar?
Eu era inocente demais. Não fazia ideia de como seduzir um cara como Edward.
Ele era lindo demais. Sexy demais.
Perfeito demais.
–Oi Bella.
Eu levantei o olhar e lá estava ele, a razão dos meus pensamentos.
Ainda lindo.
Ainda roubando minha capacidade de raciocínio.
Definitivamente, patética.
Fechei a revista rapidamente, rezando para que ele não tivesse visto nada.
–Oh... O que faz aqui? – balbuciei.
Ele deu de ombros.
–Minhas irmãs me obrigaram a vir fazer compras com elas.
–Eu também estou aqui obrigada. Odeio compras.
Seu olhar recaiu na sacola do meu lado, cheia de livros.
–Não parece.
–São livros. Isto, eu gosto de comprar.
Ele respondeu com aquele sorriso torto e eu não consegui desviar o olhar.
Era bizarro o que apenas um sorriso de Edward Cullen fizesse com meus sentidos.
Eu não podia permitir que ele tivesse este nível de influência sobre mim.
Era ridículo.
– Eu consegui me livrar das minhas irmãs... e você, conseguiu se livrar de sua carcereira?
–É apenas minha amiga Jess.
De repente eu temi que Jessica entrasse pela porta a qualquer momento e me flagrasse com Edward.
E não queria que isto acontecesse.
Aquela minha situação com Edward tinha que ser segredo.
Definitivamente.
Já era demais que eu mesma soubesse!
–E conseguiu se livrar de sua amiga Jess?
–Jéssica. – corrigi. – E eu me livrei temporariamente. Ela está vindo se encontrar comigo.
Ele ficou pensativo.
–Tem certeza que não consegue se livrar definitivamente?
–Por quê?
–Porque eu acho que temos que conversar.
Oh. Sim, óbvio que tínhamos que conversar.
Eu respirei fundo.
–Sim... Acho que posso ligar para ela.
Eu peguei o celular, antes que mudasse de ideia e liguei para Jéssica, balbuciando algumas desculpas que me soaram bem esfarrapadas, mas Jéssica parecia mesmo estar se divertindo em uma loja qualquer e ia se atrasar.
Pronto. Eu tinha me livrado de Jéssica
E todo meu tempo agora estava com Edward Cullen.
–Tudo bem? - ele indagou e eu sacudi a cabeça afirmativamente.
–Sim, acho que podemos agora... conversar.
Ele se sentou na minha frente. E sua presença parecia tomar todo o lugar.
Ou pelo menos desviar meu olhar do seu rosto perfeito estava fora de cogitação para mim.
Incrível.
A garçonete se aproximou e fizemos um pedido.
De repente eu me senti tremendamente constrangida.
Como é que se acertava detalhes de uma situação inusitada daquelas?
Será que tinha alguma instrução em revistas?
Quase ri dos meus pensamentos.
Bom. Eu tinha que parar de ser idiota.
Eu tinha ido até ali. Agora era ir até o fim.
Seja lá o que o fim me reservasse.
Onde estava a garota prática e madura que praticamente cuidada da mãe avoada e inconseqüente?
Respirei fundo, depois que a garçonete trouxe o café.
–E então... quando? - era melhor ir direto ao assunto.
Se ele se surpreendeu por eu ser direta, não demonstrou.
–Neste fim de semana? – respondeu.
Eu mordi os lábios.
Oh Meu Deus. Fim de semana.
Hoje era quarta.
Eu teria... três dias.
Meu estômago revirou.
–Ok. Neste fim de semana, e... - eu tentei pensar em coisas práticas – Onde?
Eu não gostaria que fosse no meu dormitório. Seria pessoal demais.
–No meu apartamento. – ele respondeu.
–Não mora com seus irmãos? – eu ia morrer de vergonha eternamente de transar com Edward com os irmãos no quarto ao lado.
–Eles viajam todos os fins de semana. Para visitar meus pais.
–E você não vai junto?
–Eu ia. Mas agora acho que tenho compromisso. – respondeu.
Certo. Compromisso. Transar comigo.
–E como seria esta história de... dois meses? O que pretende?
–Podemos nos encontrar nos fins de semanas.
–Certo.
Seria melhor. Isto não atrapalharia meus estudos. Me daria um certo... controle.
De repente ele ficou tenso, olhando pela janela.
Eu acompanhei seu olhar e vi suas duas irmãs cheias de sacola, atravessando a rua.
Será que elas estavam indo para lá?
–Podemos ir embora? - ele se levantou e eu fiz o mesmo.
Edward colocou algumas notas na mesa e eu não tive tempo de refutar. Eu podia pagar pela droga de um café! E ele não era meu namorado nem nada pra ficar pagando coisas pra mim!
Mas ele segurou minha sacola com uma mão e meu braço com outra, me levando para fora.
Toda a situação parecia com uma... fuga?
Eu só parei para pensar quando estávamos dentro do Volvo prata reluzente e Edward dava partida.
Primeiro: Como é que eu tinha ido parar no carro dele e segundo: ele não queria que as irmãs nos vissem juntos?
–Estamos fugindo de suas irmãs? - indaguei e ele riu, o olhar fixo na estrada.
–Achei que não quisesse que esse nosso... acordo, fosse público.
Certo, ele tinha razão. Não ia querer me envolver com a família de Edward.
Isto não fazia parte do trato. Quanto mais ficasse só entre nós, melhor.
Afinal, tinha prazo pra terminar.
–Sim, tem razão. Mas você também não quer, não é?
Ele pareceu ficar tenso,
–Meus irmãos não têm nada a ver com a minha vida e com as minhas decisões.
Oh. Será que os Cullens ficariam bravos com Edward por ele estar saindo comigo?
Provavelmente sim. Deviam achar que Edward estava perdendo tempo como alguém como eu.
Alguém que não era como eles.
–Esquece meus irmãos. – ele disse por fim.
–Tudo bem. – murmurei – Olha, pode me deixar em algum lugar.
–Não. Eu te levo para casa.
Nós ficamos em silêncio por um tempo e eu tentava pensar se havia mais alguma coisa pra falar.
E então me lembrei de algo de suma importância.
–Acho que devemos falar sobre... métodos anticoncepcionais. - podia sentir meu rosto tingido de vermelho - Eu não tomo nada. Óbvio. Então você vai ter que usar preservativo. – falei rápido.
–Tudo bem. – ele respondeu simplesmente e então depois de alguns minutos parou o carro. - Vamos comprar.
OMG. Ele queria dizer que nós íamos comprar preservativos?
Eu? Eu?
Ele saiu do carro e deu a volta abrindo a porta para mim.
Eu puxei meu capuz para a cabeça, quando entramos na farmácia.
Caminhamos por entre as prateleiras e paramos em frente a vários modelos.
E tamanhos.
Eu ia morrer.
Nem fazia ideia que podia existir toda aquela variedade!
Certo. Não ia fazer drama. Era muito comum, não era?
Muito simples e normal.
–E aí? - falei, soltando o ar – Quantos?
Quantos? Quantos?
Eu tinha mesmo dito aquilo?
Ele deu de ombros e começou a pegar.
Várias. Muitas.
E reparei no tamanho que ele estava pegando
Grande.
Eu engoli em seco e desviei o olhar, fingindo verificar os outros tipos.
E então meus olhos se arregalaram automaticamente.
–Com sabor? Existe isto? Porque alguém ia precisar...
Edward deu um sorriso torto, ainda pegando mais pacotes.
–Talvez para quem queira experimentar.
–Oh. – eu finalmente entendi o que ele estava querendo dizer e devolvi o pacote no lugar, sentindo agora meu rosto queimando.
E enquanto ele pagava, eu fiquei ali mordendo meus lábios e me perguntando se ele ia querer que eu...
Bom, na verdade eu não fazia ideia do que ele queria.
Eu nem sabia o que eu queria!
Mas eu não conhecia Edward. E se ele fosse algum tipo de pervertido maluco?
Não tinha como eu saber!
Quando ele parou em frente ao prédio de dormitórios, eu resolvi falar.
–Acho que devemos... estabelecer limites. – falei - Eu não te conheço... e nem você me conhece. Acho que... precisamos falar sobre... limites.
–Como pode saber seu limite? - ele perguntou.
–Eu posso imaginar... o que eu não faria.
–O que você não faria Bella?
Eu mordi os lábios com força.
Boa pergunta.
–Nada violento. – falei devagar.
–Não sou violento. – garantiu, e então acrescentou - A não ser que você queira.
Eu abri a boca.
–Eu... Claro que não!
Ele deu um daqueles risos tortos.
–Estou brincando... Você é tão absurda Bella.
–Não é pra rir. Isto é sério! Você sabe tão bem quanto eu que esta situação... é fora do comum. Pelo menos pra mim. - acrescentei.
Eu não fazia ideia se ele era adepto a arranjar acordos bizarros como aquele todo o tempo.
–Tudo bem, Bella. Tem razão. Talvez devêssemos sair para jantar e conversar...
–Não.
–Por que não?
–Porque ia parecer um encontro!
Eu não queria que as pessoas me vissem com Edward e fizessem perguntas. Ou tirassem conclusões.
–Mas nós vamos nos encontrar.
–Não deste jeito! Nós vamos nos encontrar para fazer sexo. E só isto!
–Me faz parecer um gigolô. – ele riu, divertido.
–Não estou te pagando!
Bom, se pagasse alguém não teria que passar por tudo aquilo!
–Ok, Bella, tem razão. Então pode ir à minha casa.
–Com seus irmãos lá, nem pensar!
–É, não seria boa ideia.
–Ok, você pode ir no meu dormitório esta noite. A gente pode... conversar. Apenas.
Eu ainda não estava pronta para... concretizar o negócio.
–Vai fazer eu subir pela sua janela? - indagou divertido.
Eu rolei os olhos.
–Ás oito. Não atrase. - falei, saindo do carro. Adorando ser a última a dar a palavra.
Fazia eu me sentir no controle da situação.
E eu precisava daquele controle.
Certo. Já era quase oitos horas da noite. Jéssica ligara e insistido em saber qual era meu problema e com muito custo eu conseguira me livrar dela.
Tinha tentado estudar e depois de algumas horas infrutíferas desisti, dizendo a mim mesma que precisava manter um foco senão ira mesmo me dar mal nos estudos deste jeito.
Mas nem adiantava insistir. Não hoje, quando Edward iria aparecer ali a qualquer momento.
Não sei mesmo se fora uma boa ideia.
Mas tinha que estabelecer um limite. Era primordial
A questão era: Qual o limite?
De repente uma batida na porta me assustou
Meu coração foi na boca e voltou e eu me obriguei a ficar calma.
Me levantei e fui abrir a porta, tarde demais me dei conta de que vestia um simples moletom velho
Nada, nada sexy!
Respirei fundo e abri a porta.
Edward estava ali. Os cabelos cor de areia despenteados pelo vento
Segurando dois copos na mão
–Acho que te devo um café.
Eu mordi os lábios, fazendo sinal para ele passar e fechando a porta atrás dele
O espaço do meu quarto, que já não era grande coisa, parecia ainda menor com Edward ali
Ele passou o copo para mim
–Obrigada, não precisava – falei sem graça e coloquei o copo na escrivaninha
E agora?
–E então, vamos conversar sobre limites – ele disse. Parecia haver um humor disfarçado em sua voz
Ou era impressão minha?
E como é que eu podia achar uma boa ideia chamar Edward Cullen para conversar sobre sexo ai no meu quarto?
Respira, Bella!
–Por que não se senta?- indiquei a ele a única cadeira do quarto que era a da minha escrivaninha
Ele se sentou
Eu me afastei e sentei sobre a minha cama.
A tensão era tão grande que podia ser cortada por um tesoura.
–Bem... - eu limpei a garganta – eu não sei por onde começar – confessei por fim
–foi você que insistiu nisto, Bella
–Eu sei, mas... talvez tenha razão. Como eu posso saber de meus limites e se nunca...
–Até onde você foi? - ele perguntou
–como assim?
–Com os caras com quem já ficou
Eu mordi os lábios, desviando o olhar
Não ia confessar que minha experiência era quase nada.
–nada demais. - dei de ombros
–quantos caras você beijou?
–Não sei porque isto é relevante! Eu não estou perguntando quantas garotas ficou antes de mim!
–Tem razão, me desculpe
–Olha, não interessa nada além do que vai acontecer agora. Acho que é pra isto que estamos aqui, e não para ficarmos falando sobre o que aconteceu antes, o que no meu caso nem tem tanta importância mesmo, porque se tivesse algo que valesse a pena talvez eu não estivesse entrado naquele banheiro bêbada e proposto a você que...
–Ei, Bella, deixa de ser absurda – ele disse interrompendo minha tagarelice descontrolada – é que eu... só queria entender...
–Não tem que entender nada. Tem que fazer! - Oh deus, o que eu estava falando?
Ele ficou em silêncio
–Certo. Será como você quer. Então vamos falar sobre “fazer” - e ele se levantou da cadeira e caminhou até a cama, sentando na minha frente
Eu parei de respirar
–O que esta fazendo? - ele não estava querendo que a gente transasse agora não é?
Meu coração deu um salto mortal no peito.
Medo, ansiedade e algo totalmente diferente do que eu já tinha sentido até então se mesclando dentro de mim.
O quarto de repente estava muito quente.
–vamos definir limites – ele disse. Com aquela voz melódica. Perfeita.
Eu ofeguei
–Certo. Limites. - repeti
Será que ele conseguia ouvir as batidas do meu coração?
–Eu vou poder te beijar?
–O que? - balbuciei
–Beijar. Sua boca. - explicou e eu senti aquele olhar dourado se dirigindo para meus lábios e sacudi a cabeça, confusa
–Achei que fosse coisa de prostituta este negócio de não beijar – falei - Esta vendo filmes dos anos 90 demais
Ele riu
–Então podemos começar por ai
–beijando?
Ele sacudiu a cabeça afirmativamente
–agora?
E em resposta seus dedos se movimentaram para colocar uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. Eu estremeci com o contato.
E ele se aproximou.
–Não se mova
**continua**
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