03 outubro 2012

FanFic: Forget Me Not - Final



Forget Me Not

Autora(o): Juliana Dantas
Contatos: @JuRobsten;
Gênero: Romance, drama, Mistério, universo alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**

** Pov Bella **

Era um pesadelo.
As palavras horríveis de Angela reverberavam na minha cabeça como um refrão maldito e eu senti minha alma gelar.
–Como assim sumiram?
Como vindo de muito longe, eu vi Edward se afastar de mim, adentrando no apartamento, questionando Angela e o segurança, que desligou o celular.
–Eu sinto muito... eu não sei... – Angela soluçava.
O segurança desligou o telefone.
–Que diabos está acontecendo aqui? Cadê meus filhos? – Edward gritou.
O segurança parecia transtornado. Eu não conseguia me mexer. Sentia como se minhas pernas pesassem como chumbo. Meus membros eram pesados demais para mim.
Eu ia desmoronar a qualquer momento. E só queria entender... Meus bebês. Noah e Sophie não estavam ali.Alguém os levara.
–Foi tudo muito rápido e...
–Não me interessam suas explicações! Você estava aqui para não deixar isto acontecer!
–Aro. – murmurei por fim.
Era a única coisa que eu conseguia pensar.
Aro Volturi tinha levado meus bebês. Só podia ser ele.
–Temos que chamar a polícia... – murmurei, mas acho que falava para mim mesma.
Angela chorava alto, balbuciando desculpas, e o segurança explicava o que não tinha explicação.
–O porteiro interfonou e disse que tinha alguém querendo subir. Eu pedi que não deixasse e desci, mas quando cheguei lá embaixo não havia ninguém.
–Aro. Edward, foi o Aro, não é?
–Não, era uma mulher.
Uma mulher.

Eu e Edward trocamos olhares. Não podia ser, podia? Angela fungou.
–Rosalie apareceu aqui... eu nunca achei que ela fosse fazer algo assim. Deixei ela entrar. Os bebês estavam no carrinho. Ela pareceu muito carinhosa com eles. Eu fui para o quarto apenas para pegar um brinquedinho, porque Sophie estava chorando e Rose se lembrou de um mordedor que ela gostava. E quando voltei... eles tinham sumido.
–Quando eu voltei aqui, isto já tinha acontecido. – o segurança continuou, - A mulher já tinha ido embora. Isto aconteceu faz uns 10minutos. Eu estava no telefone com seu irmão, Emmett Cullen. Ele acabou de confirmar que Rosalie não está na festa. Ninguém a vê há algum tempo...
Edward não esperou e pegou o celular, discando rápido.
–Em... – ele ficou em silêncio por algum instante, ouvindo e eu mal sentia meu coração bater. – Você sabe para onde ela está indo...? Tudo bem, estou indo pra lá.
–O que aconteceu? – perguntei ansiosa. – Emmett sabe de Rose e os bebês.
–Ele ligou para Rose e disse que ela confirmou que está com os bebês.
–Deus...
–Ela disse simplesmente que estava levando eles pra casa.
–O que vamos fazer?
–Estou indo para lá.
–Eu vou com você.
–Bella...
–Eu vou com você, não vou conseguir ficar aqui esperando.
–Tudo bem.

Edward estava em silêncio enquanto dirigia para a casa dos Cullens, e eu podia sentir a tensão fluindo dele.
Eu também estava tensa. Mas havia uma estranha calma agora.
–Ela não fará mal aos bebês, Edward. – sussurrei.
E eu realmente acreditava.
–Rose está louca.
–Eu sei. Mas na mente de Rose os bebês também são filhos dela, ela estava apenas achando que devia levá-los pra casa.
–Eu avisei Em hoje. Tivemos uma longa conversa. E eu acho que finalmente o convenci da doença de Rose e que ela precisa de tratamento, mas acho que foi tarde demais...
Nós estacionamos em frente à casa dos Cullens e eu comecei a me sentir nervosa. Rose não ia fazer mal aos bebês. Mas ela estava obcecada por eles.
Como é que a convenceríamos a levá-los embora? Carlisle e Esme estavam à nossa espera na porta.
–Ela chegou? – Edward perguntou com a voz tensa.
–Sim... Está no quarto dos bebês, com Emmett.
–Os bebês estão bem? – perguntei angustiada.
–Sim, eles estão.
–Eu sinto muito, Edward. Você tinha razão, Rose precisa de tratamento urgente. Toda esta história dos gêmeos a deixou obcecada...
–Vem, Bella. – ele pegou a minha mão e nós subimos.
A cada passo que eu dava, tentava ficar calma.
–Edward, por favor... – pedi, vendo que ele estava cada vez mais nervoso. – Não faça nenhuma cena. Pense nos bebês...
Ele respirou fundo e abriu a porta.

Emmett estava sentado numa poltrona com o olhar tenso. Rose brincava com os bebês, que estavam no tapete no chão, cercados de brinquedos.
Meus olhos treinados passando por eles, para ter certeza de que estavam realmente bem. Rose levantou o olhar e seu sorriso se desfez.
–O que estão fazendo aqui?
Edward deu um passo à frente.
–Viemos buscar os bebês.
–Não, eles vão ficar aqui. Onde é a casa deles.
–A casa deles é onde eu e Bella estamos.
Rosalie riu.
–Você e Bella? Acham que convencem alguém? Ficam brincando de casinha, fingindo que são pais deles...
–Nós somos os pais.
–Não são. Eu os criei. Eu e Emmett. E vocês nos roubaram!
–Rose, você está louca, se não devolver as crianças por bem...
–Edward, pare. – pedi, segurando seu braço. Ele me encarou consternado. – Precisamos levá-los embora.
–Eu sei... Mas eu quero conversar com Rose. A sós.
–Bella.
–Por favor, Edward. Vai ficar tudo bem.
Ele não parecia convencido, mas encarou Emmett e os dois se levantaram e saíram.
–Deveria ter ido com eles. – Rose comentou simplesmente, voltando a atenção para os bebês.

Eu me aproximei um pouco, mas não muito, embora a vontade fosse arrancar os bebês dali.
Me sentei na poltrona onde Emmett estava.
–Rose, eu sinto muito mesmo por tudo isto.
–Sente. – ela me encarou com frieza. – Às vezes acho que você planejou tudo desde o início. Sempre desejou pegá-los de volta...
–Sabe que não foi assim! Quando me encontrou naquele banheiro eu ia abortá-los. Você me dissuadiu desta ideia e acho que sempre serei grata.
–Que bela maneira de demonstrar sua gratidão. – falou com ironia.
–Eu sou grata. Você me ajudou. Estava disposta a cuidar dos meus filhos. Isto era nobre, mas... você deturpou tudo. Começando por mentir pra sua família.
–Isto é problema meu!
–Não, é problema meu. Porque usou meus filhos.
–Não são mais seus filhos!
–São sim. E não foi porque saíram de dentro de mim. E sim porque os amei como tal o tempo inteiro, mesmo quando era apenas a babá.
–E por isso se acha no direito de voltar atrás e levá-los embora?
–Eu acho que nunca teria feito isto. Eu nunca pensei em fazer isto, mas agora não sou só eu. Edward é o pai dos bebês, Rose. Será que não pensa nisto?
–Ele nunca ia ficar sabendo! Você nunca pensou em contar...
–Eu não sabia quem ele era! E ele aparecer bem aqui, sendo seu irmão... parece que estava escrito, entende? Tinha que ser! Eu tinha que encontrar você naquele banheiro. Eu tinha que desistir do aborto. E eu tinha que vir morar aqui com eles. Só assim eu ia rever o Edward. Só assim nós poderíamos ficar juntos.
–Nossa, que romântico. Tudo isto não passam de bobagens! Eu escolhi estes bebês. Você me deu e eu não vou abrir mão deles.
–Por quê?
–Porque são meus filhos.
–Não, não são. Você não quer estes bebês pela razão certa, Rosalie. Nunca quis. Eu demorei para perceber, mas é verdade.
–Não....
–E no fundo você sabe disto.
–Eu quero apenas minha família de volta.
–Você tem o Emmett. Que está disposto a ficar com você, mesmo depois de ter mentido tão gravemente pra ele. Acho que você já tem muito.
–Não. – gritou, perturbada e os bebês começaram a chorar, assustados.

Meu coração doeu. Eu me aproximei e Rose os abraçou, mas eu não ia me afastar.
–Me dê os bebês, Rose.
Ela começou a chorar também.
–Não vai roubá-los de mim de novo...
–Eles estão chorando. Precisam de cuidados.
–Eu posso cuidar deles...
–Não pode e nem sabe.
–Claro que posso. Posso contratar as melhores babás...
–Não, Rose. Bebês precisam de mães. E você não sabe ser isto.
Agora Noah e Sophie, ao me verem, começaram a sacudir os bracinhos em minha direção, o choro ficando mais forte.
Rose os embalou.
–Shi, bebês... shi...

Mas de nada adiantava, eles apenas gritavam mais. Eu me obriguei a não fazer nada. Meus punhos fechados contra o corpo. Até que finalmente Rose cedeu.
–Está bem, dê um jeito nisto! – pediu, me passando os bebês.
Eu os peguei, aliviada, os abraçando contra o corpo.
–Está tudo bem, queridos... a mamãe está aqui...
Eles foram se acalmando pouco a pouco, enquanto eu os embalava. Rosalie apenas me encarava com um olhar perdido.
–Vai levá-los embora, não é?
–Sim.
–Isto não acabou ainda, eu...
A porta se abriu e Emmett entrou, seguido por Edward.
–Acabou sim, Rosalie. – Emmett falou.
Edward se aproximou.
–Eles estão bem?
–Estão...
Rose encarava Emmett.
–Em, não pode fazer isto...
–Rose, chega. Eu só queria os bebês porque você queria. Sempre foi assim. Mas agora eu percebo que você está apenas obcecada com esta ideia...
–Não é verdade...
–Rose, acabou. Eles estarão melhores com Edward e Bella...
Rosalie começou a chorar descontrolada.
–Eu não vou aceitar isto, eu vou lutar até o fim...
Emmett a segurou enquanto ela se debatia.
–Vamos sair daqui. – Edward falou, me puxando para fora.

Eu respirei fundo, quando finalmente os gritos de Rosalie ficaram para trás.
Lá embaixo, Carlisle nos encarou.
–Como ela está?
–Descontrolada... – Edward murmurou ainda tenso.
–Eu vou subir e ajudar Emmett.
Carlisle subiu e Esme nos encarou. Seus olhos estavam vermelhos.
–Eu sinto muito, Esme. – falei.
Ela era mãe também, afinal. Não devia ser fácil ver Rose daquele jeito.
–Eu espero que ela fique bem.
–Nós vamos embora. – Edward falou e Esme concordou.
–Sim, podem ir. Os bebês precisam de descanso.
Nós saímos e eu só me senti verdadeiramente aliviada, quando estávamos finalmente indo para casa com Noah e Sophie em segurança.

**Pov Edward**

Olhei os bebês pelo espelho retrovisor. Eles pareciam tranqüilos em suas cadeirinhas. Alheios a todos os problemas ao seu redor.
Mas eu ainda me sentia mal, mesmo depois de tudo estar resolvido. Porque de alguma maneira, estar resolvido, não queria dizer que estavam bem.
Não que eu não estivesse extremamente aliviado de ter os bebês ali de volta. Ali era a casa deles. Comigo e com Bella. Era onde eles deveriam estar sempre.
Chegar em casa naquela noite depois da festa de Alice e saber que alguém os tinha levado fora como ceifar a vida dentro de mim.
O pior sentimento do mundo. E eu devia ter ficado aliviado quando soubera que fora apenas Rose em sua loucura que os levara de volta.
Mas era pior.

Não porque ela estava obviamente perturbada. Mas porque ela era minha irmã. E doía saber que ela estava daquele jeito. Rose sempre fora egoísta e vaidosa. Mas nunca pensei que ela chegaria àquele ponto.
Estacionei na garagem subterrânea e saí do carro para pegá-los. Bella fez menção de pegar um deles, mas eu disse que não precisava.
–Deixa que eu os levo.
Eu precisava senti-los perto de mim agora. Ter certeza que estavam realmente bem. Nós subimos e os seguranças ainda estavam lá com Angela. Ela pareceu aliviada ao nos ver com os bebês.
–Nossa, eu estava tão preocupada! Eles estão bem?
–Sim, estão bem.
–Bella, nunca poderei me desculpar por isto...
–Está tudo bem, Angela. – falei. – Não foi sua culpa.

Bella abraçou Angela garantindo mais uma vez que os bebês estavam bem e Angela foi embora.
Levei os bebês para o quarto e enquanto Bella fazia as mamadeiras, eu os troquei.
Eles estavam sonolentos, e adormeceram logo depois de mamarem e nós os colocamos no berço, saindo do quarto em silêncio.
–Você está bem? – Bella perguntou.
O que eu poderia dizer? Eu me sentia péssimo.
–Acho que preciso de uma bebida. – murmurei, indo até o bar e me servindo.
Eu me sentei ao seu lado na sala semi-escura.
–Rose vai ficar bem? – ela disse baixinho.
–Eu não tenho tanta certeza.
–Ela tem sua família. Eles sempre vão apoiá-la.
–Talvez seja disto que eu tenha medo.
–Eles agora sabem o que está acontecendo. Tenho certeza que Carlisle vai ajudá-la.
–É horrível saber que minha irmã seja assim.
Bella segurou minha mão.
–Eu sinto muito.
–Quando eu vi os bebês com ela... – respirei fundo, relembrando meu medo.
A vontade de me aproximar e arrancá-los de perto de Rosalie.
–Ela não faria mal, eu te disse.

Eu ri, sem humor.
–Você confia demais nas pessoas.
–Rose tem uma visão distorcida do que é ser mãe, mas ela achava realmente que os bebês eram dela.
–Ela cortou os pulsos. Ela mentiu patologicamente pra todo mundo. Ela ficava ligando aqui...
–Era ela? – Bella arregalou os olhos, surpresa.
–Sim, era. – suspirei pesadamente. – Não sei como isto tudo pode se resolver.
–Nós já passamos pelo pior. Noah e Sophie estão aqui. E pelo o que eu entendi, Emmett abriu mão deles.
–Sim, ele me disse isto na festa. Ele tinha finalmente entendido.
–Isto é bom.
–Basta apenas convencer Rose.
–Ela irá entender com o tempo. - Bella murmurou, mas eu podia sentir a incerteza em sua voz.

A puxei para mais perto e a abracei, sua cabeça em meu peito, meus lábios em seus cabelos. Aspirei seu cheiro de frésias.
Ela tinha sido tão corajosa hoje. Tão forte. E fora capaz de convencer Rose a deixar os bebês. Estávamos naquilo juntos. E eu queria que continuássemos assim.
Mas havia uma parte de mim que se perguntava se era totalmente justo. Bella era tão jovem e poderia querer tantas coisas...
Muita coisa havia sido tirada dela com a gravidez inesperada dos gêmeos. Eu não queria ser aquele a tirar mais nada.Eu queria dar coisas a ela.
–Bella? - a chamei baixinho. Talvez fosse o momento de termos uma conversa séria.
Mas ela apenas suspirou e eu percebi que adormecera. Bom, a conversa teria que ficar pra depois.Eu levantei a levei pra cama.

Eu fui até a casa dos meus pais no dia seguinte.
–Rose foi internada. – Esme comunicou e eu senti uma mistura de alívio e tristeza.
–Ela precisa ser tratada.
–Sim, será o melhor pra ela.– Carlisle comentou.
–Emmett está em casa?
–Está no quarto dos bebês.
Eu subi para encontrá-lo e, para minha surpresa, ele estava com dois homens ali que retiravam tudo do quarto dos bebês.
–O que está fazendo?
–Não precisamos mais disto.
–Emmett...
–Não peça desculpas e nem diga que sente muito, vamos fazer o que tem que ser feito.
–Como está Rose?
–Mal. Mas ela vai melhorar com o tratamento certo.
–Eu fico triste de vê-la deste jeito, não queria que as coisas fossem assim.
–Nem eu. Mas foi Rose quem causou tudo. Agora tudo vai voltar ao lugar. .. Eu já tratei de tudo judicialmente. Sobre os gêmeos. Em breve eles serão legalmente seus.
–Obrigado.
–Apenas cuide bem deles.
–Nós cuidamos. Noah e Sophie são nossas vidas agora
–E você dois? Estão juntos mesmo? Ou é só por causa dos gêmeos?
Eu ri, meio tenso.

–Eu dei muitas voltas no mundo. Mas nunca encontrei alguém como ela. Acho que sempre soube. Desde aquele dia no clube.
–Bom, pelo menos podemos dizer que Rose fez alguma coisa certa achando a Bella, não é?
Eu ri.
–Vendo por este lado... Bom, eu vou embora.
–Antes de ir, venha comigo até o escritório.
Quando chegamos lá, ele me deu um envelope.
–Você tinha pedido uma investigação mais detalhada sobre a morte da tal Victoria. Aí está.
Eu abri o envelope, o lendo rapidamente.
–Parece que Aro Volturi é realmente inocente, pelo menos nisto! A amiga de Bella era uma viciada e abusou naquela noite. O tal político estava com ela quando morreu. Foi realmente overdose.
–Isto me deixa mais tranqüilo. Mas não sei se Aro está disposto a me deixar em paz.
–Se vai desistir de te contratar eu não sei, mas ele viajou de volta à Itália ontem, pelo o que fiquei sabendo. Já foi tarde.
–É bom saber que ele está longe.
–Então devo acreditar que você quer realmente continuar com a família?
Eu sorri.
–Se vocês ainda me quiserem...
Emmett me deu um soco no peito de brincadeira.
–A questão é se ainda vai querer continuar viajando, agora tem mulher e filhos...
Eu fiquei sério.
–Sim, eu preciso resolver isto.
–Então vamos conversar. Acho que tenho uma proposta boa pra você...

**Pov Bella**

Eu estava começando a alimentar os bebês quando Edward voltara da casa dos pais e me contara que Rose estava internada.
Eu me senti mal por ela e ao mesmo tempo feliz por estarem finalmente vendo que Rose tinha um problema sério e que precisava ser tratado.
E eu ficara aliviada mesmo, quando Edward me contara sobre Aro.
–Então James estava mesmo sendo paranóico. – falei aliviada.
–Sim, é o que parece.
–E Aro foi embora mesmo.
Edward riu.
–Não fique mais preocupada com isto. Estamos bem.
Eu queria que ele tivesse razão.Estava cansada de tantos problemas. Só queria ter paz agora. Meus bebês lindos finalmente comigo.Edward finalmente comigo.
Era isto que importava. Depois de toda a confusão, nós voltamos para uma espécie de rotina tranqüila que preenchia nossos dias.

Alice Cullen aparecera com Jasper, trazendo presentes para os bebês e pedindo imensas desculpas e prometendo que, da próxima vez, Tanya não seria convidada.
Eu quase rira. Tanya me odiava por razões óbvias, mas eu tinha muito mais medo de ter que encarar Rosalie de novo.
O que seria inevitável uma hora, já que era da família de Edward.
Mas apesar de toda a tranqüilidade, eu me perguntava até quando as coisas ficariam assim, em suspense. E apesar da aparente tranqüilidade algo me incomodava.
E eu não sabia o que era. Os bebês estavam cada dia mais lindos. E eu nunca os sentira tão meus. Edward ainda me deslumbrava e eu queria poder dizer a mesma coisa. Que eu nunca o sentira tão meu.
Mas bem lá no fundo, eu não tinha esta certeza...

Ele me beijava de surpresa, fazendo meu coração disparar e meu corpo derreter todas às vezes. Eu dormia todas as noites com seus braços a minha volta, invariavelmente depois de ter passado horas fazendo amor de mil maneiras diferentes.
E eu sempre queria dizer algo mais. Mas não tinha coragem. O anel ainda estava no meu dedo. A questão da guarda dos bebês parecia praticamente resolvida.
Mas tudo continuava em espera. Eu só não sabia do quê. Até que uma manhã, eu acordei com risadas de bebê.
Abri os olhos, sonolenta, e me deparei com os gêmeos sobre a cama. Ele riam na incrível missão de tentar me acordar, puxando meus cabelos, ou batendo no meu rosto.
Ouvi a risada de Edward e me sentei, esfregando os olhos.
–Deus, Edward, o que eles estão fazendo aqui? – murmurei, me espreguiçando.
–Vieram te acordar.
–Precisamos cortar as unhas deles, acho que me arranharam.
Edward riu enquanto saía da cama.
–Temos um presente pra você.
Eu ri, rolando os olhos.
–Odeio presentes, Edward...
Ele voltou pra cama e me deu um envelope.
–Vai gostar deste.
Eu abri o envelope, curiosa, e então meu coração parou por um momento.
Era uma certidão de nascimento. De Sophie e Noah. Onde dizia que eles eram nossos filhos. Havia meu nome ali. Agora era oficialmente a mãe deles.
Minha garganta se fechou e minhas mãos tremiam quando encarei Edward.
Ele sorria.
–Agora eles são oficialmente nossos.
–Oh, Edward.
Eu comecei a chorar, sem me conter.
–Shi... Não assuste os bebês... – ele secou meu rosto com um sorriso indulgente.
–Eu estou tão... feliz. Achei que isto nunca ia acontecer. Era um sonho... E agora é real. Meus bebês são realmente meus!
–Sim... – de repente ele ficou sério. - Bella, não precisa... se casar comigo se não quiser, apenas por causa deles. Você é mãe deles.

Eu prendi a respiração. O que ele estava querendo dizer?
–Eles são seus. Se você quiser... podemos alugar uma casa para você, se quiser fazer a faculdade, se...
–Você não se importaria? Se fossemos embora, se eu fosse? – murmurei.
–Se eu me importo? Claro que sim. Mas estou tentando agir certo.
–Me mandando embora? – eu estava tentando não ficar apavorada.
–Não estou te mandando embora!
–Você acabou de dizer que eu podia ir, se quisesse.
–Você quer?
Eu mordi os lábios com força, desviando o olhar. Dei de ombros. –Acho que eu posso dizer a mesma coisa... Este anel... o pedido de casamento... Nós precisávamos fazer pelos bebês...
–Acha que quero casar com você por causa dos bebês?
Eu o encarei.
–Você ainda quer se casar comigo?
–Eu te pedi em casamento, não pedi?
–Mas eu achei...
–Deus, você realmente achou isto? – ele parecia indignado agora e isto me irritou.
–Como eu posso saber? Eu não sei se eu... se eu sou realmente importante aqui, ou se... se sou apenas um acessório que vem com os bebês!
Desta vez Edward riu.
Suas mãos enquadraram meu rosto.
–Bella, eu nunca me senti completo na minha vida. Eu sempre busquei algo, sem saber o que era. E nestes dias que você está aqui... Com os bebês. Eu me sinto completo. Acho que não sei mais como seria viver sem acordar durante a noite esperando ouvir um choro de bebê, ou porque você roubou minha coberta. Ou sentir seu cheiro de frésias em todos os lugares. Ver você enquanto amamenta os bebês. Ter vontade de beijá-la toda vez que você sorri... Você é minha vida agora. Você e os bebês. Não tem como dizer quem é mais importante.
–Sério? – murmurei, sentindo meu coração derretendo.
–Você não está aqui porque é a mãe deles. Está aqui porque eu quero viver com você.
–Devia ter me dito isto antes...
Ele riu e me beijou devagar.
E agora era meu corpo que se aquecia também.
Mas eu o afastei.

–Os bebês...
Mas quando nós olhamos para o lado, eles tinham adormecido.
–Vou levá-los para o quarto. Não saia daí.
Eu ri, me sentindo flutuando.
–Não vou a lugar algum!
E quando ele voltou e deitou ao meu lado, eu automaticamente me enrosquei nele, as roupas desaparecendo, minha boca encontrando o caminho para sua e então ele estava sobre mim, me fitando com um sorriso delicioso.
–Eu não queria dizer na frente dos bebês, mas se você fosse embora eu ia sentir falta de ter você embaixo de mim assim, seus olhos chocolate que ficam escuros quando eu faço isto. – eu gemi alto ao sentir seus dedos deslizando para dentro de mim. – O jeito que você se abre pra mim... só pra mim.... – e então ele estava dentro de mim e não havia mais necessidade de palavras. Era sempre a mesma coisa. O mesmo prazer perfeito.
E eu esquecia de tudo mais.
Queria que fosse assim pra sempre.

–Ainda não me disse se vai ficar. – abri os olhos e Edward ainda estava pairando sobre mim.
Eu respirei fundo.
–Quando você entrou naquele clube e olhou pra mim... Eu deixei de ser dona de mim. Por alguns momentos, eu passei a pertencer àquele estranho de olhos dourados. Eu não sabia seu nome. Não conhecia seu rosto. Mas não importava... Eu nunca esqueci... – minhas palavras foram engolidas por seus beijos e eu senti que finalmente eu podia dizer. – Eu te amo, Edward.
Seus dedos retiraram o cabelo do meu rosto e seu olhar era tão intenso que trazia redemoinhos pra dentro de mim.
–Agora pode dizer o mesmo. – sussurrei e ele sorriu e me beijou.
–Eu amo você, Isabella Swan. Vai casar comigo?
Foi a minha vez de sorrir e responder.
–Mil vezes sim.

**

–O que você acha se nos mudarmos para a América do Sul?
Eu arregalei os olhos
–Está falando sério?
–Sim, nossas empresas estão se expandindo pra lá. Eu ainda teria que viajar algumas vezes, mas ainda ficaríamos juntos a maior parte do tempo.
–Eu gosto do calor.
Edward riu.
–Então vai gostar do Brasil. Nós temos até uma ilha lá.
–Ilha?
–Sim, Ilha Esme, podemos passar a lua-de-mel lá.
–Acho que seria perfeito...
Qualquer lugar com Edward seria perfeito.


--Quatro anos depois--

Viajar com criança nunca é fácil. Mas viajar com duas da mesma idade é pior ainda. E eu me sentia muito aliviada quando finalmente chegamos em Chicago naquela manhã fria de outono.
–Aqui é muito frio, mamãe. - Noah reclamou e eu ri.
–Vai se acostumar.
–Não vou não. Por que não podemos passar férias na Ilha Esme? Lá tem golfinhos!
–Mentira, não tem golfinhos no Brasil, você inventa isto. – Sophie falou.
–Mas eu vi sim, você que é menina e não vê...
–Ei, chega vocês dois! – Edward pediu com firmeza.
Nós estacionamos em frente à casa da Alice e uma menina que era uma miniatura dela saiu correndo da casa.
–O tio Edward e a tia Bella chegaram!
Nós saímos do carro e Emma pulava feliz, agarrando a mão de Sophie.
–Vem ver minha casa de boneca nova, Sophie!
–Eu não quero ver uma casa de boneca, é coisa de menina! – Noah reclamou.
Mas mesmo assim, a curiosidade falou mais alto e ele as seguiu correndo para dentro da casa.
Alice saiu em seguida e nos abraçou.
–Como foi a viagem?
–Cansativa.
–Imagino. – ela me mediu. – Hum... precisamos fazer umas compras hein, Bella.
–Não começa, Alice! - Edward reclamou, enquanto entrávamos.
–Não seja chato! Levou a Bella pra morar no fim do mundo! Ela precisa de um banho de civilização.
–Todo ano você nos visita e leva toda a civilização até nós em suas sacolas de grife!
–Não importa! Ainda não é suficiente! Venham, todos já chegaram.
Eu e eu Edward trocamos olhares tensos.

Desde que tínhamos ido viver no Brasil, não vimos mais Rosalie. Edward eventualmente viajava a negócios e encontrava Emmett. Alice, Jasper, Carlisle e Esme, já tinham ido nos visitar algumas vezes.
Mas na maioria do tempo, vivíamos uma vida separada dos Cullens. E de Rosalie.
Ela ficara várias semanas internada e depois tivera alta. Ainda passou por muitos meses de terapia e, segundo Esme, tinha melhorado muito, ou totalmente.
Ela não falava mais nos gêmeos como seus filhos pelo menos. Mas também nunca tentara uma aproximação. E nem nós tentamos.
Agora nós estávamos voltando para os EUA, e Alice inventara que tínhamos que nos reunir para um almoço de boas vindas.E que Rosalie estaria lá.
Nós entramos na sala e todos estavam reunidos ali e vieram nos cumprimentar. Mas todas as atenções estavam em Rosalie.
Ela continuava linda e parecia a mesma Rosalie que eu encontrara naquele banheiro da clínica há tanto tempo.

–Oi. – ela disse, se aproximando e nos cumprimentando. – Vocês estão ótimos.
–Você também, Rose. – murmurei.
Então ouvimos passos correndo e risos infantis, quando Emma, Sophie e Noah entraram correndo na sala.
A tensão agora era visível.
–Mamãe, Sophie tem quatro casas de bonecas!
–E eu vou ganhar mais uma...
–Não sei pra que tanta casa... – Noah resmungou. – Podia pedir um videogame...
Meus olhos estavam em Rosalie, esperando sua reação ao encarar os gêmeos.
Mas ela sorriu.
–Olá. – falou calmamente.
Os gêmeos a encararam.
–Eu sou a tia Rosalie.
Edward apertava minha mão, enquanto os gêmeos se aproximavam daquela moça loira linda e arrumada que abria os braços para eles.
Rose os abraçou.
–Vocês estão lindos.
–Ficarão mais lindos com as roupas lindas que eu comprei pra eles. - Alice quebrou o silêncio.
–Eu falei pra ela não exagerar. – Jasper comentou. – E então, vamos comer?

Os gêmeos já se afastavam, brincando com Emma, e eu respirei aliviada. Depois do almoço, Emmett nos chamou para conversar. Noah e Sophie estavam no quarto de Emma brincando.
–Então, Edward contou para Bella?
–O quê? – indaguei curiosa.
Edward riu.
–Ainda não.
–Não contou o quê? – insisti.
–Emmett quer que nos mudemos pra Inglaterra.
–Inglaterra.
–Temos uma filial lá agora, sabe como é... – Emmett comentou.
–Eu acho que a Bella vai querer ficar um pouco com a família dela.
–Nós iremos conversar sobre isto. – falei. – Agora acho melhor irmos embora. Os gêmeos precisam descansar.
–Sim, vamos.
–Fico feliz que tenham visto Rosalie. – Emmett disse e eu sorri.
–Eu fico feliz dela estar bem.
–Sim, esta ótima. Nos estamos até conversando sobre adoção...
–Que bom pra vocês. – comentei, mas tinha dúvidas se isto faria realmente algum bem, conhecendo o jeito de Rose.
Mas não era mais da minha conta.

Nós conseguimos convencer Sophie e Noah a ir embora com muito custo, e embora estivessem agitados, no carro eles dormiram. Quando chegamos no apartamento, eles estavam acordados e agitados de novo.
Eu os deixei no quarto deles, todo redecorado por Alice, desfazendo as malas. Ou bagunçando as malas, seria a palavra certa, mas pelo menos estavam distraídos.
Edward estava desligando o telefone quando cheguei na sala.
–Era seu pai, avisei que vamos pra Phoenix primeiro e depois para Forks.
Eu sorri.
–Ele deve estar ansioso pra rever os gêmeos, já faz mais de um ano que ele nos visitou.
–Sim, é verdade. E ele me disse que Jacob está ansioso para te ver. – Edward falou. irônico.
–Ainda isto? Jacob estava namorando da última vez que falei com ele.
–Bom pra ele...
–E esta história de Inglaterra. O que acha?
–Você que decide. Eu mordi os lábios. Eu gostaria de viver em Chicago de novo... Mas havia uma parte de mim que ainda preferia viver longe dos Cullens.
Eu não sabia dizer o que era. Talvez fosse algum trauma. Mas eu preferia assim
–Inglaterra parece ótimo pra mim!
Edward se aproximou e me beijou levemente.
–Então nos vamos...
Passos se aproximando nos fez parar
–Mamãe, manda a Sophie me dar! – Noah reclamava.
–Dar o quê?

Então eu arregalei os olhos horrorizada, ao ver Sophie entrar na sala vestindo uma máscara.
–Olha mamãe o que eu achei na sua mala!
–Sophie tira já isto! – gritei, me aproximando e tirando a máscara do rosto dela - Isto não é brinquedo de criança!
–Mas...
–Mas nada! O que eu falei sobre mexer nas minhas coisas? Já para o quarto de vocês!
Eles saíram cabisbaixos e Noah resmungando.
–Eu mandei você não pegar.
–Você está com inveja...
Eu respirei aliviada quando eles se afastaram.
–Não acredito que eles acharam isto.
–Relaxa Bella, eles nem sabem o que é! – Edward riu me abraçando.
–Ainda bem!
–Eles estão ficando independentes.
Eu gemi desalentada. Às vezes era difícil ver os filhos crescerem.
–Queria que fossem bebês pra sempre.
–Podemos ter outro bebê então.
Eu o encarei surpresa.
–Está falando sério?
–Por que não? Eles já vão pra escola no próximo ano. E eu gostaria de passar tudo com você desta vez.
Eu sorri lentamente com a perspectiva de ter outros bebês. Curtir tudo com Edward, desta vez sabendo que eles eram realmente meus... E então algo me ocorreu.
–Mas Edward, e se forem gêmeos de novo?
Ele sorriu.
–Acha que teremos esta sorte?
Eu sorri também.
Não sei se chamaria de sorte.
Mas seja lá quantos fossem. Eles seriam muito amados.


**Fim**


Epílogo

Ela caminhou pela alameda de cascalho se sentindo como há muito não sentia.
A perspectiva de seus filhos estarem finalmente chegando a enchia de felicidade.
Entrou na sala branca e a mulher a cumprimentou.
–Eu vim tratar da adoção.
–Sim, senhora Cullen. Vou pedi pra trazê-los.
Ela esperou ansiosa.
Até que uma senhora se aproximou, empurrando um carrinho.
Elas eram loiras como ela. E lindas.
Um menino e uma menina.
Deviam ter uns seis meses.
Eram perfeitos. Gêmeos perfeitos.
–Olá, eu sou Rosalie Cullen. Vou ser a mãe de vocês!
–Eles são lindos, não são? – a mulher falou.
Rose sorriu.
–Sim. São perfeitos. Acho que chamarei vocês de Noah e Sophie...


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