Para os recém-chegados (talvez você seja um vampiro), “Twilight” é a história de uma jovem adolescente chamada Bella Swan (interpretada no filme por Kristen Stewart), que se muda para a pacata cidade de Forks, Washington, onde ela se apaixona pelo vampiro de 104 anos de idade chamado Edward Cullen (vivido por Robert Pattinson). O elenco inclui o rival romântico de Edward, um lobisomem adolescente nativo americano chamado Jacob Black (Taylor Lautner), assim como o resto do clã Cullen (“vegetariano”) amigável com humanos.
Alice Cullen, a irmã vampira adotada de Edward, talvez seja a mais popular dos irmãos Cullen, e atingiu um acorde entre os fãs de “Twilight” por sua personalidade alegre, sentido de moda, gentil por natureza e sua aceitação firme por Bella. Nas telas, a atriz de 25 anos, Ashley Greene (“Butter,” “The Apparition”) levou a popularidade de Alice as alturas, enquanto também fazia seu nome em Hollywood.
Em “Breaking Dawn – Part 2,” Alice e marido vampiro Jasper (Jackson Rathbone) saem em uma missão para recrutar sugadores de sangue de todo o mundo para lutar contra o clã de vampiros líderes chamado Volturi, que, erroneamente marcaram a sobrinha meio-vampira de Alice, Renesmee (Mackenzie Foy) para a morte. Ah, e Bella agora também é uma vampira.
Em celebração do “Twilight” à transformação de Bella, eu procurei Greene para falar sobre “Breaking Dawn,” sobre dizer adeus à Alice, o “pote do juramento” nos sets e a vida após interpretar a vampira.
David Onda: Então, esse é o fim! Você finalmente chegou ao final de toda a Saga. Deve ser feliz e triste para você.
Ashley Greene: Um, definitivamente é. Eu acho que essa é uma palavra apropriada porque é animador seguir em frente e aproveitar as oportunidades que “Twilight” nos ofereceu, mas também é meio que triste. Eu trabalhei e me tornei muito próxima desses personagens e as pessoas que os interpretam e é meio que, eu acho, uma rede de segurança que tivemos, e vai ser estranho não ter que voltar ao set com essas pessoas com quem eu me tornei tão próxima.
Onda: Quem é a pessoa mais difícil de dizer adeus?
Greene: Kellan [Lutz] e eu ficamos muito próximos, e nós somos bons amigos antes mesmo de “Twilight” acontecer – nós temos o mesmo agente. E, então eu continuo próxima dele e em contato com ele. Por conta dos membros do elenco terem se tornado tão próximos, eu acho que todos meio que sabem e fazem esforço para veem uns aos outros e convidar as pessoas para churrascos e outras coisas. Eu acho que foi difícil, provavelmente, dizer adeus à Alice Cullen. Provavelmente foi a coisa mais difícil, porque é a única pessoa que eu não verei novamente.
Onda: Como sua interpretação da Alice mudou durante o percurso desses cinco filmes?
Greene: Eu meio que comecei com um fundamento e tentei fazer todas as pesquisas que pude por Alice, e então, toda vez que um novo diretor vinha, eles tinham suas próprias técnicas artísticas e adicionavam novos elementos. E muitas vezes eles perguntavam “O que você amou interpretar e o que você deseja poder mostrar?” Então eu sinto que com cada filme, eu tive a oportunidade de adicionar algo. Eu acho que ela foi muito – você sabe, doce, [risadas] um pouco estranha no primeiro filme. E então, durante o percurso, você consegue ver um pouco mais de seu lado vampiro, porque eu acho que ela é essa vampira com coração de ouro e foi divertido – mostrar ela sendo um pouco dura e com força, e mostrar que ela tinha um pouco um lado ousado quando está lidando com lobisomens ou com Jacob. Então eu sinto que eu consegui mostrar vários lados dela muito bem.
Onda: Você humanizou a personagem Alice de um jeito que a fez tão popular quanto os fãs de Bella, Edward e Jacob.
Greene: Eu fiquei muito nervosa quando eu consegui esse papel porque eu senti como se fosse importante fazer a Alice tão adorável quanto eu li nos livros, e meio que, cheia de vitalidade. Na minha cabeça ela é aquela luz e respiro de ar fresco em ambientes extremamente dramáticos nesse filme. Eu queria que as pessoas fossem capazes de ser relacionar com ela.
Onda: Kristen veio até você para pedir conselhos de como agir como uma vampira ou ela ficou tão próxima dos vampiros que ela já tinha uma ideia?
Greene: [risadas] Sim, eu sinto que provavelmente ela podia fazer isso dormindo, porque ela sempre estava rodeada por um vampiro. Ela tinha mais interações com vampiros, com certeza, do que interações com humanos. Eu acho que ela estava empolgada para finalmente interpretar uma vampira, então ela estava pronta.
Onda: Como foi ter Mackenzie no set? Os filmes não tinham muitas crianças nele, mas ela deve ter sido tão animadora.
Greene: Ela foi, mas ela é uma daquelas crianças que – eu tenho que parabenizar sua mãe, seus pais, que fizeram um trabalho maravilhoso com ela. Ela é uma atriz fantástica e muito profissional, mas ela ainda é uma criança e é legal ver que, sempre há uma balança e ela é capaz de se divertir e interpretar no set, mas ainda vai para casa e sai com amigos da sua idade. Eu fiquei impressionada com ela. Eu acho que a maior mudança para nós foi que nós tivemos um “pote do juramento”. E ela ficou rica – ela fez mais dinheiro que nós. Nós somos não acostumados a não ter crianças no nosso redor que nós tínhamos que fazer um esforço para tentar e segurar nossa língua.
Onda: Você é muito próxima a sua mãe e a menciona com frequência em entrevistas. Como ela lidou com sua fama?
Greene: Eu acho que ela achou esquisito, algumas vezes, ter pessoas sabendo muito sobre mim ou pessoas sempre questionando-a. Ela é ótima comigo e por mim, porque eu acho que ela faz um esforço para haja normalidade em minha vida, e ela e meu pai não me tratam de modo diferente. Exceto, eu acho, é mais sobre eu crescendo e me tornando adulta que eu tenho esse tipo de relacionamento de melhor amiga com minha mãe. Mas logo quando a fama veio, eles se certificaram de que iriam me manter pé no chão. Eles ainda me fazem lavar louça.
Onda: O que mais te surpreendeu sobre o nível de fama que essa franquia te deu?
Greene: Eu acho que na velocidade que as pessoas começaram a se preocupar e chamar atenção, porque é simplesmente algo que eu não acho que você pode se preparar para – não há nenhum livro sobre isso. Simplesmente a quantidade de interesse que as pessoas tem em mim e em Alice e na série “Twilight” e no resto do elenco. Eu sinto como se nunca fosse o suficiente, e é interessante pra mim porque eu não acho que eu seja interessante. Eu posso trazer algo a mesa, mas é sempre incrível que nossos fãs sejam tão dedicados e interessados no que estamos fazendo.
Onda: Em que cena da “Part 2” os fãs vão espumar pela boca?
Greene: Há uma batalha final épica. É envolvente e levou algumas semanas para filmar, porque havia muitos de nós e foi uma guerra muito grande e massiva. Eu acho que eles vão amar. Eu sinto como se estivéssemos trabalhando nela durante a série inteira e havia um pouco de confronto, mas você nunca nunca viu todos os vampiros irem com força total.
Onda: E Alice vê a ação?
Greene: Sim, definitivamente. Ela desaparece por um tempo para reunir algumas pessoas para ajudar na causa, mas quando ela volta ela fica muito presente e, sim, me diverti muito fazendo isso.
Onda: Com a Saga “Twilight” chegando ao fim, você já imaginou como a história de Alice continua além dos livros e filmes?
Greene: Eu sinto que, após Renesmee, ela vai querer ter seu próprio bebê – dela e de Jasper. E eu acho que ela vai ficar constantemente com Renesmee e levando-a para fazer compras e vestindo-a e essas coisas. Mas eu acho que, talvez, isso daria à ela um desejo ardente de encontrar seu próprio bebê.
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