11 outubro 2015

FanFic Passado Distorcido - Capitulo 32 - Vampiros comendo hot dog.

 

Autora(o): Kelly Domingos - Whatsername no Nyah!
Gênero: Angst, Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Censura: +18 
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo


Vampiros comendo hot dog.


POV Bella



O cheiro parecia bom, a aparência nem tanto. Encarei o creme de avelã e comi um pedaço da barra de chocolate. Não tinha sido uma boa ideia tentar fazer aquele bombom. Suspirei meio frustrada, mas mesmo assim fiz os pequenos e redondos doces. O tamanho também não era uniforme. Alguma música preenchia o silêncio de meu apartamento. Era uma mescla divertida; chocolate, avelã e música. Olhei os ponteiros do relógio, assustei-me ao ver o horário. Já se passava das oito e, intimamente, eu sabia que estava me esquecendo de um fato importante.
  
Chequei meu celular para ver se tinha alguma mensagem de Edward, não tinha nenhuma. Pelo horário, ele já estaria em casa. Foquei-me nos bombons e na música alta, no final, as vinte e quatro guloseimas estavam perfiladas sobre o mármore. Eu comi um com certa apreensão. O chocolate derreteu na boca e os pedacinhos de avelã eram crocantes na medida certa. Sim! Aquilo estava bom, independente da aparência disforme.
 Olhei-os antes dar as costas para a cozinha, eu quis nomear aquela pequena invenção. Bom, todo mundo já comera bombom de avelã, mas aquele tinha alguma coisa diferente. Talvez, Edward me ajudasse com isso.
  

Aumentei ainda mais a música, o rock pesado embalou minha queda no sofá. Joguei as pernas para cima e abri meu computador, matei meu tempo ocioso na internet. Fiz download das séries que eu acompanhava e algumas músicas também. Meu iphone vibrou em algum lugar debaixo de minha bunda.


Abra a porta para mim, Bella!
E.


Estranhei a mensagem, mas consegui sorrir um pouquinho. Percebi que o som estava alto demais para ouvir qualquer batida na madeira. Pulei do sofá e corri para a porta, ansiosa para vê-lo. Antes corri o olhar por minhas roupas. Camisa velha, calça velha, o cabelo estava limpo e obediente, pelo menos. Pedi que Edward estivesse também desleixado. Eu odiava a discrepância entre nós.

Abri a porta e não vi ninguém, a não ser o meu vizinho da frente saindo descalço. Olhei para o lado e encontrei a personificação da beleza. Edward estava encostado na parede, olhando para a tela do celular. Ele não estava desleixado. Ele estava arrumado demais. Céus, Edward estava de camisa social e cabelos menos bagunçados que o normal. Eu sabia que eu estava perdendo um detalhe importante.


“Edward?” Chamei-o, quando ele ergueu a cabeça, ganhei um sorriso grande e feliz.


Ele deu dois passos para ficar em minha frente. “Eu quase levei sua porta ao chão!”
“Eu estava escutando música.” Falei vacilante, ainda querendo saber o motivo daquelas roupas, peguei-o pela mão e nos guiei para dentro do apartamento. “Venha!”
Edward pousou a mão em minha cintura, ele fez pequenos círculos. “Cheguei muito cedo?”
Cedo para quê?  “Não?” Respondi perguntando, senti o calor característico subindo para o meu rosto. “O horário parece bom.”
E então Edward sorriu para mim, os olhos brilharam e ruguinhas se formaram também. “Baby, você se esqueceu?”
Era isso, eu realmente estava me esquecendo alguma coisa muito importante. “Desculpe?”

Ganhei mais um sorriso, Edward me abraçou forte e deixou a bochecha encostada na minha. Eu amava aquele calor estranho que ele carregava. Afaguei-lhe as costas sob o tecido preto. “Eu sou uma namorada esquecida, diga-me o que eu não consigo lembrar.”
Talvez aquilo soasse dramático demais, fiquei feliz quando Edward beijou delicadamente minha bochecha, fazendo uma pequena trilha até meus lábios. “Você disse que jantaria comigo hoje.”
Se eu fosse masoquista, eu teria me dado umas 35468 chibatadas. Claro, o jantar! Edward tinha me convidado antes de ontem, na última que vez que nos virmos. Eu gemi irritada. “Desculpe-me, por favor? Eu me esqueci completamente.”
“Tudo bem, baby!” Edward descansou os lábios sobre os meus. Ele aplicou uma pressão mínima. “Podemos ficar aqui, se quiser.”
“Não!” Eu falei alto contra os lábios finos e macios. “Eu quero jantar com você, espere eu me arrumar, juro que não demoro!”

Edward me beijou mais uma vez, nossos olhos se prenderam. Tinha um pouquinho de incerteza no par de olhos claros.
“Está irritado comigo?” Perguntei baixinho. “Eu não quero que você pense que você não é importante para mim.”
Minhas pernas bambearam com o olhar intenso que ele me lançou. “Bella, mesmo achando impossível, sei que sou alguma coisa para você. Sei também que você não fez por querer.”
“Obrigada, Edward!” Falei ainda com meu rosto próximo ao dele. “Vou tomar um banho e tentar ficar apresentável para você, a propósito, você está nada mal!”
Ouvi uma risada gostosa. “Eu me sinto meio deslocado vestindo camisa social, fico feliz por você apreciar.”
Sorri também e aproveitei para beijá-lo de verdade. Rocei meus lábios delicadamente sobre os de Edward. Ao passo que ele me dava passagem, as mãos se tornavam firmes e dançantes em minha cintura. Minha língua foi completamente bem aceita por Edward, o hálito fresco misturou-se ao gosto de chocolate.
“Chocolate?” Ele disse lambendo os próprios lábios. “Eu gosto!” As palavras saíram divertidas e ganhei uma lambidela em meus lábios úmidos.

Continuei com as mãos no corpo de Edward, acarinhei-lhe nos braços, meus dedos correram pela parte interna de seu antebraço. “Eu estava fazendo uns bombons, mas não deu muito certo...”
“Sério? Tenho certeza que ficaram bons!” Edward disse sorrindo e pegou minha mão e nos levou para a cozinha. “Mostre-me, quero experimentá-los!”


Eu não deveria corar, mas o fiz mesmo assim. Não era vergonha, era estranho. Eu não queria que Edward fosse sincero, se ele fosse, ele diria que estava ruim e eu ficaria triste, pois os bombons estavam bons para mim. Por outro lado, eu estava curiosa. Eu gostava de dividir aquilo com Edward, ele sabia que eu gostava de cozinhar. Era uma parte de mim.
Edward sorriu ao ver os bombons sobre o mármore, ele tinha um semblante divertido. “Uh, tem que esperar um pouco para guardá-los!” Apressei-me para responder.
Ele pegou o primeiro que viu, antes de colocar na boca, Edward sorriu para mim. “Não fique desse jeito, você sabe que eu vou gostar!”
Apenas assenti ainda mais envergonhada. Edward não deu uma mordida delicada, quase meio bombom entrou em sua boca. E depois eu ouvi um gemido, porra, Edward gemeu por causa de um bombom!

Eu o encarei, inteiramente envergonhada. “Bella, isso está... Está delicioso!”
“Está crocante e macio, está doce na medida. Sério baby, está fodido de tão bom!” Edward fez uma pequena análise e depois pegou mais um.
“Você vai ficar com dor de barriga.” Adverti-lo e ganhei como resposta um dar de ombros.
Edward me puxou delicadamente pela mão, ele brincou meus dedos. Repentinamente, os olhos passaram de divertidos para sérios. “Você nasceu para isso!”
A pequena declaração fez meu peito inflar, quase emocionada. Fiquei absurdamente feliz por ele partilhar de minha opinião. “Obrigada!”
Recebi um pequeno beijo, um selinho demorado. “Você gosta de cozinhar, explore isso. Você tem futuro!”
Assenti calmamente, ainda sem palavras. Eu o abracei como agradecimento. “Posso fazer uma crítica?”
“Uhum.” Falei contra o peito tonificado, senti os dedos entrando em meus cabelos.
“Acho que eu faço bolinhas melhor que você.” A crítica pertinente veio junto de uma risada gostosa. Eu sabia que aqueles bombons estavam completamente sem padrão.
“É culpa de minha fodida coordenação motora!” Sorri também, beijei-lhe a camisa, pedindo para que eu não a sujasse.
“Eu posso modelá-los para você, seríamos uma boa dupla!” Edward disse entre mastigadas. Ele deveria parar de comer os meus bombons.
“Vou tomar um banho, sim? Aonde nós vamos?” Perguntei, querendo saber o que vestir.
Edward olhou o relógio de pulso. “Nós já perdemos nossas reservas, podemos dirigir até encontrarmos uma mesa.”

Aquilo me deixou irritada, irritada comigo. Edward tinha feito reservas e eu tinha estragado tudo. “Eu ainda não me perdoo pelo meu esquecimento.”
“Não se martirize, eu já disse, podemos ficar aqui, se quiser.” Ele disse sorrindo, eu sorri ao perceber quais eram as intenções de Edward.
“O que você pretende com essa noite?” Perguntei calmamente, embora estivesse curiosa com a resposta.
Fora tímido, mas vi o rubor tingindo as bochechas de Edward. “Oras, jantar e te namorar um pouquinho!”
“Eu gosto da parte do namorar.” Falei e beijei-o, tudo ao mesmo tempo. “Senti sua falta!”
Edward me correspondeu prontamente, era bom senti o gosto da avelã pelos lábios dele. “Eu também, é ruim ficar sem te ver.”

Nossos horários eram ingratos, Edward chegava tarde e tinha que acordar cedo, enquanto eu não tinha horário certo para estar em casa. Aquilo era um puto empata amassos.
“Então vamos aproveitar esse tempo juntos, certo? Vou tomar banho, fique a vontade.” Falei e segui para o meu quarto, passei pela sala e abaixei o volume da música, o computador ficou com todas as páginas abertas. Pedi para Edward não criar curiosidade em ver o que eu fazia. Não seria legal se ele descobrisse que eu era viciada em séries de vampiros. Sim, Ian Somerhalder e Alexander Skarsgard me faziam pensar coisas absurdas. Absurdas e quentes.

Sempre era difícil pensar no que vestir, ainda mais tendo como parâmetro a personificação da beleza tão perto. Decidi por um vestido de manga longa, afinal fazia um pouco de frio. Meia calça não era necessária, encarei meus saltos, eu precisava de um que ficasse bom com o vestido de rendinhas pretas. Depois de muito analisar e chegar a nenhuma conclusão, arrisquei-me com uma ancke boot com taxinhas. Joguei as peças sobre a cama e fui para o banheiro, o espelho me dizia que meu cabelo estava bom, eu pensaria nele depois. A água quente caiu sobre minhas costas, não demorei muito. A última coisa que eu precisava era estar feito um maracujá.

Voltei para o quarto dentro da toalha que mal cobria minhas coxas, o cabelo estava no alto de minha cabeça. Eu cambaleei ao ver Edward sentado tranquilamente em minha cama. Ele fazia alguma coisa em meu computador, eu não tinha nada muito comprometedor ali, para minha sorte.

Ele ergueu o rosto ao notar meus passos. “Eu tenho a concorrência de dois vampirinhos?”
Eu sorri com o comentário, Edward era incrivelmente bobo. “As séries são legais, sim? Eu ainda tenho um espírito muito adolescente!”
“É ridículo o jeito com o qual esse cara fica arqueando a sobrancelha, a todo instante!” A voz de Edward estava carregada de desdém e, talvez, ciúmes.
“Eu acho completamente sexy!” Falei sem pensar, apenas me veio a imagem de Damon Salvatore.

Aquilo despertou um sorriso diferente em Edward, era atrevido e, incrivelmente, quente. Ele saiu da cama e veio até mim. Eu tremi quando ele me puxou pela nuca, nossos rostos colados. Ofeguei quando ele lambeu os próprios lábios, gemi quando ganhei o beijo mais quente do universo. Edward não foi delicado, a língua morna serpenteou dentro de minha boca, fazendo meu corpo amolecer e arrepiar. Estar de toalha era tão bom e constrangedor. Senti uma mão puxando minha cintura, enquanto a outra fez ainda mais pressão em minha nuca. Sai de meu transe particular e corri minhas mãos pelas costas largas, senti uma necessidade descomunal de apertá-lo e deixar minhas unhas fazer pequenas marcas.

Senti a mão de Edward descendo para minha coxa, ele correu os dedos por baixo da toalha, eu não fazia nada além de tremer e ofegar. Os beijos desceram para minha clavícula, os lábios queimaram contra minha pele. Eu não me importei sobre o fato de eu estar coberta apenas por uma toalha, eu simplesmente amava ter as mãos de Edward em mim. Aquilo era bom pra caralho. Os lábios voltaram para minha boca, mas pararam pouco, pois senti meu lóbulo entre os dentes de Edward. “Ainda o prefere, baby?” A voz quente mandou vibrações para todo meu corpo. “Será que ele vai te deixar toda mole, do jeito que eu te deixo?”


Segurei para não gemer, Edward tinha um poder sobrenatural para me deixar completamente molhada. Eu precisava atiçá-lo mais vezes! Era descabido ele implicar com um cara que eu jamais irei ver. Eu o empurrei pelo peito. “Você é um idiota ciumento!” Falei e biquei-lhe os lábios, Edward sorriu também.

“Existem fãs loucas, sabia? E se você decidir ir até L.A implorar por ele?” Edward continuou com o carinho em minha nuca, ele tinha o rosto vermelho.
“Sem chance, acho que me contento com você!” Lancei-lhe divertida. “Eu preciso trocar de roupa.”
Edward tirou as mãos de mim e caiu novamente na cama, eu gostava de ver quão a vontade ele parecia. Peguei minhas roupas e segui para o banheiro.
“Baby, fique aqui!” Edward disse meio manhoso, ele me deixou uma piscadela.
Eu corei por puro reflexo, ainda me perguntava por que diabos eu tinha me trocado na frente de Edward noites atrás. Dei passos em direção a cama, Edward sorria feito bobo.
“Por que não me ver vestida? Eu vou dar alimento para sua imaginação!” À medida que as palavras saiam, meu rosto pegava fogo.
Edward correu os dedos pelos cabelos, desalinhando-os. “Vou ficar aqui imaginando, certo?”

Entrei no vestido preto irritada com os botões, que eram difíceis de serem fechados. Dei voltinhas em frente ao espelho para saber se estava tudo certo com a calcinha e com o sutiã. Nada aparecia, eu não poderia estar mais feliz.
Puxei meus cabelos para o lado, sem muita opção, fiz uma trança mal feita. Eu estava disposta a usar um pouco mais de maquiagem, voltei para o meu quarto e procurei por um curvex. Sentei-me na penteadeira, pelo espelho eu via Edward relaxado na cama. Liguei o secador e apontei para o curvex, depois de alguns segundos modelei meus cílios.

“Bella, que merda você está fazendo?” Edward perguntou, ele tinha a confusão estampa no rosto. Sorri abertamente. “Eu não estou me mutilando, fique tranqüilo!” Terminei e passei algumas camadas de rimel. Aquilo seria difícil de tirar depois, mas, enfim.
Passei o blush mais claro que eu tinha e olhei para os batons. Eu deveria consultar Edward sobre aquela parte. Nós nos beijaríamos durante a noite, eu não queria tornar as coisas estranhas e pegajosas, batom não combinava muito com beijos.

“Edward?” Chamei e o encarei pelo espelho. “Gosta de batom?”
Ele sorriu meio nostálgico. “Nós já tivemos essa conversa, não lembra?”
Neguei com a cabeça, com certeza acontecera na noite que eu estivera bêbada. Perguntei-me por que eu falaria de batom com Edward.
“Se você gostar, use, oras!” Ele disse frente minha indecisão.
Eu gostava, mas não era a situação. Batom não seria usado quando Edward estivesse tão perto. Ignorei minha boca e procurei por minhas bijuterias. Escolhi alguns anéis e um discreto par de brincos.

Praguejei meio mundo quando me esqueci do hidratante. Peguei o primeiro que vi e deslizei, com minhas mãos, por minhas pernas.
“A visão está me matando, Bella!” Edward disse abafado, eu perdi o ar ao ver o rosto perfeito corado.
Eu fiquei apenas o encarando, sem saber o que dizer. Era fácil saber que ele estava cheio de vontade, estava estampado nos olhos verdes. A excitação estava saindo pelos poros de Edward. E, internamente, eu me senti a mulher mais poderosa do mundo.
Levantei-me da cadeira, me olhei pela última vez no espelho e calcei meus sapatos. “Vamos?”
Edward também saiu da cama, ele me estendeu a mão, eu a peguei,evidentemente. Ele me puxou para fora do quarto. O salto fez um barulho chato ao bater contra o piso que imitava a madeira. Antes que eu chegasse à sala, Edward nos parou. Tão delicadamente, ele moveu os lábios sobre os meus. O beijo continuou devagar, gostoso e íntimo. “Eu não sei onde nós pararíamos se eu te beijasse dentro daquele quarto!”
Na minha cama, eu aposto!

Sorri e peguei o lábio inferior dele com meus dentes, mordi devagarzinho. “Desculpe por ser irresistível!”
Ganhei uma risada quente e par de esmeraldas brilhando. “Amo você!” Ele disse pela primeira vez na noite. “Aliás, você está maravilhosa e com cheiro de morango!”
“Obrigada!” Falei simplesmente. Beijei-lhe a bochecha, Edward sorriu quando eu fiquei tempo demais com meus lábios contra a pele branquinha. “Você me deixa completamente apaixonada.”
Nós dois trocamos sorrisos cúmplices, peguei meu celular e o molho de chaves, pedi envergonhada para Edward os colocassem no bolso de sua calça jeans. Talvez tivesse sido melhor pegar a carteira.
Nada me fazia rir mais que sempre pegar Edward me olhando. Eu não sabia se ele tentava ser discreto, mas ele sempre desviava quando meu olhar seguia para onde ele estava olhando. “O que quer comer?”
Eu ponderei por um breve instante. A verdade era que eu estava com muita fome, eu poderia comer um boi sem problemas, mas jantares significavam comer poções pequenas que não enchiam a barriga.
“Massa?” Falei e pedi para que Edward concordasse. Pelo menos macarrão iria me saciar momentaneamente.
“Parece bom, eu só preciso de uma vaga!” Edward disse olhando pela janela, nós não tínhamos pensado sobre aquela parte. A logística estava contra nós, era noite de sexta e isso significava que as ruas estariam tão cheias quanto os restaurantes.

Edward dirigiu por algumas quadras, quando ele encontrou uma vaga, nós dois suspiramos aliviados. “Se eu voltar e não tiver nenhum arranhado, já fico feliz!”
Eu deveria dizer que eu tinha um pouco de medo daquela rua, embora tivesse muito movimento. Sai do carro para encontrar um buraco na rua, eu tinha ganhado uns bons arranhados no meu salto, não que aquilo me descabelasse, mas, porra, eu gastei meu dinheiro comprando-o. Edward me mandou um olhar cheio de desculpas, eu sorri abertamente para ele. Embora não parecesse, nossa noite estava sendo divertida.

Ele passou um braço em minha cintura, a outra mão afundou dentro de seu bolso. O toque era polido, a força era ausente. Deixei minha mão no meio das costas dele, também não fiz nada muito brusco. Nossos passos eram coordenados, eu sabia que Edward estava se esforçando para caminhar devagar.

“Hoje eu estou quase de seu tamanho!” Falei depois ele me colocou do lado dentro da calçada e me segurou mais firme quando o calçamento tornou-se irregular.
Edward sorriu de lado, a mão apertou mais minha cintura. “Eu não sei como você não cai com esse salto!”
“Eu também acho incrível saber que meus pés me obedecem, embora eu sempre tropece quando estou de tênis.” Falei e sorri para ele.
Criei expectativas quando vi um pequeno restaurante. Nós já tínhamos passado por vários, todos lotados. Talvez, aquele fosse diferente. Edward entrou pela pequena porta, eu seguindo os passos dele. O cheiro de comida entrou por minhas narinas, meu estômago estava perto de roncar. “Tudo cheira tão bem!”

Edward conversou rapidamente com uma hostess, que o olhava descaradamente. Eu a encarei até ela perceber que ele estava comigo. Edward ficaria com marcas se eu continuasse apertando-lhe as costas.

“Não tem mesas disponíveis, mas ela disse que logo vão desocupar, quer esperar?” Edward me explicou a situação, a vadia da menina sem graça ainda estava ao nosso lado.
“Por que não procuramos outro?” Perguntei apenas para Edward ouvir, ele assentiu confuso.
“Eu estou cansado de andar!” Edward disse depois de soltar uma respiração pesada.
“Quer voltar para casa? Posso fazer alguma coisa para gente comer!” Propus e dedilhei os cabelos dourados que invadiam-lhe a nuca.
“Noite desastrosa, certo?” Ele disse com tom irritado.
“Claro que não, Edward!” Falei prontamente. Parei com meus passos e me virei para ele. “Olhe, a noite está linda e lua também, nós estamos morrendo de fome, meus pés estão começando a doer, você está perfeitamente bonito dentro dessas roupas e eu quero te beijar. A noite parece boa para mim!”

Fui calada com um selinho demorado e um afago em minha mão. Era o jeito perfeito de demonstrar carinho quando se tem muita gente olhando. Edward pressionou delicadamente meus lábios, ele repetiu o gesto um par de vezes. “Você é tão incrível!”
“Casa?” Perguntei antes de afastar meus lábios. Como resposta, ganhei um sorriso de, talvez, admiração.
Fizemos o percurso de volta para o Volvo. Edward analisou o estado do carro, ele parecia inteiro. Eu escorreguei cansada para o banco do carona. “Eu acho que corri uma maratona!”
“Eu preciso de comida, sério!” Edward disse depois de ligar a ignição. A música que provinha do rádio embalou nossos pequenos carinhos, meus dedos brincando com as mechas que teimavam em cair na testa de Edward, ele traçando padrões em minha coxa despida.
Tombei meu rosto contra o vidro gelado, eu gemi pelo contato repentino. A rua estava cheia e um tanto congestionada. Eu salivei quando vi a barraquinha de hot dog.
“Edward?” Chamei baixinho, me sentindo uma completa idiota.
“Sim?” Ele tirou os olhos da pista por um breve instante.
“Por que não comemos hot dog?” Perguntei corada, eu realmente gostava de comer aquilo. Como muita maionese, de preferência.
Edward me deu seu melhor sorriso, um sorriso de deleite. “Você gosta? Posso comprar pra gente!”
“Uh, vamos lá?” Propus animada, eu era dada a comida de rua. Eu não me importava com a procedência daquilo. Eu ainda não tinha conhecido ninguém que morrera por causa de Salmonella sp.

Nós atravessamos a rua apressadamente, meu salto estava virando com uma freqüência irritante. O cheiro do molho de tomate fez valer a pequena corrida de obstáculos. Edward cumprimentou o homem de meia idade, depois, ele fez nossos pedidos. “Refrigerante ou cerveja, Bella?”
“Pode ser coca.” Falei ao lado dele. O senhor simpático parecia benevolente aquela noite, pois ele tinha caprichado em nossos lanches. Eu sabia que iria me lambuzar comendo aquilo.
Edward veio com os pães, enquanto eu carregava o copo de cerveja e de refrigerante. Ele se atrapalhou todo ao abrir a porta para mim, nós rimos juntos quando começamos a comer dentro do carro. Edward não fazia bagunça para comer, embora tivesse um pouco de milho no colo dele. Tentei não sujar minhas mãos e minha roupa, eu limpava discretamente meus dedos no banco de couro. Edward não poderia nem pensar em descobrir aquilo. Beberiquei meu refrigerante, gelado e perdendo o gás. Edward dava goles pequenos na cerveja. Ele tinha uma postura relaxada no banco, nossos olhos se encontravam às vezes.

“Por que você está me olhando assim?” Perguntei também o encarando.
“Porque você é indescritível, Bella!” Ele disse sorrindo, a mão suja brincou com a ponta de minha trança.
Absorvi as poucas palavras com atenção. Edward tinha a capacidade de me intrigar com uma fala com menos de cinco palavras.
Eu arqueei minha sobrancelha para ele. Edward sorriu e, assim como eu, ele se lembrou do que tinha acontecido mais cedo. “Eu não sou tão inteligente a ponto de entender suas meias palavras.”
Ganhei outro sorriso bonito, Edward pegou um dropes de bala no porta-luvas. Ele se serviu de uma de eucalipto. “Venha cá!”
Antes que eu pensasse em como realizar aquele pequeno pedido, Edward me puxou para eu me sentar de lado em suas coxas. Eu ganhei um beijo superficial quando me ajeitei na nova posição.
“Eu nunca sei me expressar, baby, você já sabe dessa parte!” Edward beijou minha bochecha.
“Só estou tentando dizer que não existe ninguém mais perfeita que a menina que me olha corada neste exato momento.” Eu pisquei completamente absorta e, inexplicavelmente, feliz.
“Bella, eu nunca imaginei estar tão apaixonado e pode parecer estranho, mas eu não sei quando isso começou!” As palavras de Edward bateram contra meus lábios, o roçar foi breve.
“Eu amo saber que você não é fresca e chata, que adora comida mal feita!” Ganhei um afago em minha bochecha, o toque foi quente e demorado. “Amo o fato de você andar de salto por ruas esburacadas sem reclamar.”
Eu o beijei na falta de palavras de agradecimento. Edward não me deixou aprofundar, ele segurou meu rosto delicadamente. “Sabe qual é meu medo, Bella?”
Subi meus olhos para os dele. O verde estava cheio de felicidade, eu fiz que não com a cabeça. “Fale-me qual é!” Pedi sem desviar o olhar, eu queria saber tudo sobre Edward.
Ele sorriu meio sem jeito. “Eu tenho medo do dia em que você descobrir que você é mil vezes mais perfeita do que você pensa, então você vai querer um cara mil vezes melhor que eu e, claro, existem homens perfeitos por ai.”
“Eu só quero você, Edward!” Eu lhe assegurei convicta. “Eu te amo, simples!”
“Meu lado possessivo quer que esse dia nunca chegue.” Ele falou e dedilhou minha bochecha, indo até minha têmpora.
“Lado possessivo?” Repeti baixinho, sendo inebriada pelo aroma de eucalipto que saia a cada palavra dita por Edward.

Ele sorriu baixinho, as vibrações fizeram cócegas em meu rosto. “Eu não conhecia esse meu lado, eu juro que vou melhorar.”
“Não melhore, eu gosto de você assim.” Pedi e rocei nossos lábios, eu queria beijá-lo até me faltar o fôlego.
“Eu só quero ser digno de você, Bella; nada mais.” Edward disse meio sofrido. “Eu ainda me pergunto o que eu tenho que te chamou atenção.”

Edward era o homem mais cego do mundo, eu poderia listar mil coisas. “Você ama sua família, você arrisca sua vida para salvar gente que você nunca viu, você vive me dizendo coisas bonitas, me faz carinho, me faz ficar com vergonha e sorrir. Eu amo sua preocupação, saber que você vai me acalmar depois de meu pesadelo idiota. Edward, você é um homem incrível, aceite!”
Os olhos verdes piscaram duas vezes, Edward estava com as lentes, eu podia ver a curva discreta. “Não mais que você!”
Eu peguei o rosto quadrado com minhas mãos. “Uh, somos duas pessoas incríveis, por isso devemos ficar juntos!”

Edward sorriu minimamente antes de me oferecer os lábios. Retardei o início de nosso beijo, segurei mais um pouco nossa troca de olhares. A sensação era uma das melhores, eu via tanta coisa naquele mar verde, os cílios longos e escuros bateram delicadamente. Suspirei baixinho, me deleitando com a visão. Meus dedos traçaram a pele descoberta do pescoço de Edward, eu não tinha pressa. O carinho persistiu, ora, eu estendia até nuca, ora, eu subia até a mandíbula. Nossos olhos não se desprenderam, mas vi Edward fechando os olhos, esperando meu próximo passo.

Subi para beijar-lhe a face, salpiquei beijos castos no queixo e no canto da boca de Edward, minhas mãos enlaçaram o pescoço; ele manteve as mãos em minha cintura. Nós dois sorrimos em sintonia quando deixei uma lambidela nos lábios finos, refiz o toque mais vezes até que Edward entreabrisse os lábios para mim. Eu amava a boca daquele homem e tudo que ela fazia. Indo desde as palavras doces até os carinhos mais íntimos. Prendi os lábios entre meus dentes, aquilo era bom para mim e para Edward, minha língua vibrou quando toquei os lábios finos e úmidos.

“Sem brincadeirinhas, baby.” A voz arrastada me estimulou ainda mais.

Sorri para as palavras e procurei mais uma vez os lábios macios e com gosto duvidoso. Sem aviso, lancei minha língua para dentro da boca de Edward. Deixei o beijo tornar-se desesperado e profundo. A língua de Edward também foi rude com a minha, as duas estavam afoitas e enérgicas, tornou-se também mais molhando e sem cuidado. Nossos dentes bateram algumas vezes, mas a dor era boa e eu não conseguia parar. Ajeitei-me no colo de Edward, eu precisava de contato entre minhas pernas, gemi desesperada ao senti a ereção gloriosa de Edward contra minha coxa.

“Você gosta, né?” Edward falou abafado, voltando a beijar segundos depois.
Eu corei de corpo inteiro, sem saber o que dizer. Talvez Edward tivesse percebido minha reação, pois o beijo frenético deu espaço para mil beijinhos pequenos. “Desculpe?”
Não tinha motivos para Edward pedir desculpas, meu rosto ainda queimava. “Você não fez nada de errado.”
Edward me beijou delicadamente. “Eu não queria falar desse jeito com você.”
Eu sorri sem jeito. “Você queria sim! A culpa não é sua, mas você me pega de surpresa.”
“Ninguém mandou você me beijar desse jeito, Bella!” Ele também sorriu, um sinal que o momento inoportuno tinha acabado.
Guiei meus lábios para o bico que Edward fez, depois, segui para perto da orelha dele. “Desculpe por eu ser tão insegura na maioria das vezes.”
Os dedos longos afagaram meus cabelos. “Você não é, ok?” Delicadamente, ele pousou os lábios sobre os meus.
Sentei de frente no colo de Edward e deixei que ele me beijasse, eu deveria agradecer o espaço daquele carro. Contornei o pescoço com minhas mãos e, em troca, senti os dedos pressionando minha nuca.
“Relaxe, sim?” Edward pediu perto de minha orelha. Os beijos começaram lentos e curtos. Meu corpo amolecia ao passo que Edward subia a mão por minha lateral. Eu sabia que nós não chegaríamos tão longe, embora a fricção ainda fosse uma necessidade.

Só consegui gemer abafado quando Edward subiu a mão até meu peito e deixou uma apalpada forte, carregada de desejo. Minha boca estava seca apesar dos beijos úmidos, eu deitei minha cabeça no ombro de Edward quando ele me sentou em cima de sua coxa e subiu meu vestido. E então uma vontade enorme de me esfregar até a morte na coxa de Edward me aplacou. Ele sabia que eu precisava daquilo.

“Leve-me para casa, por favor!” Pedi sem forças. Minha entrada coberta pela calcinha preta esfregou timidamente contra o jeans de Edward.

Aquilo era praticamente um pedido para Edward me foder até cansar quando chegarmos em casa, mas, ignorando a hipocrisia, eu ainda não sabia se queria ir para cama tão cedo com Edward. Eu sabia que nós poderíamos fazer tanta coisa antes. Edward me colocou delicadamente no banco do carona, ele tinha suor por todo o rosto. Passei a mão por meu pescoço e descobri que eu também pingava um pouco daquele líquido salgado.

“Desculpe?” Pedi baixinho e envergonhada.
“Pelo o que exatamente?” Edward se ajeitou no banco, a ereção nunca seria disfarçada.
“Por sempre te deixar com vontade e nunca fazer nada.” Admiti ainda mais baixo, eu não queria que Edward pensasse que eu fosse egoísta, mas eu ainda precisava de coragem para fazer todas aquelas coisas que eu morria de vontade de fazer.
Ganhei um afago calmo em minha bochecha. “Podemos falar sobre isso em casa?”
“Uhum.” Falei incerta, aquele não era um assunto que queria discutir. Não com Edward.

(...)

Eu me olhei no espelho antes de sair do carro, eu estava completamente descabelada e rubra, ajeitei meu vestido. Olhei para Edward, embora estivesse à noite e aquela garagem estivesse vazia, ele se posicionou atrás de mim. Ele me segurou pela cintura e me fez amassar a ereção que não tinha se dissipado. Aquilo era injusto, ter todo aquele volume cutucando minha bunda. Quase impensadamente, joguei meu quadril contra Edward. Ele soltou um gemido primitivo contra meus cabelos. O elevador vazio foi benéfico. Edward nos posicionou no canto. Eu ganhava beijos molhados em minha orelha e mãos firmes em minha cintura, eu gemia rendida e me movia contra o que Edward tinha de melhor.
“Seja boazinha, baby!” Edward segurou minha cintura, parando minhas tímidas reboladas.
Saí do elevador com Edward perfeitamente encaixado em mim, ele me deu a chave da porta. A primeira coisa que fiz foi tirar meus sapatos.
“Vai voltar para sua pequenez?” Edward perguntou encarando os sapatos no chão.
“Eu pagaria o que fosse por uma massagem!” Falei ao ver meus pés vermelhos e senti-los doloridos.
“Eu posso fazer isso por você, Bella.” A voz de Edward saiu despretensiosa. Era um convite e tanto.
Virei para vê-lo, ele segurava um sorriso grande. “Eu vou aceitar, sim?” Se Edward quisesse, eu poderia tentar alguma coisa nos ombros dele também.
Ele enlaçou minha cintura. “Quer um banho primeiro? Eu posso esperar.”
“Vai ficar aqui comigo?” Perguntei ansiosa por uma réplica positiva.
“Você quer?” Ele me lançou mais sério. “A gente pode conversar outra hora.”
“Não, Edward! Eu quero que você faça massagem em meus pés, converse e durma em minha cama.” Falei atropelado e nos levei para o quarto.

Edward sentou-se em minha cama e tirou os sapatos, procurei no armário um pijama qualquer, eu ainda não tinha investido no projeto rendas e transparências.
“Quer comer alguma coisa? Tem os bombons na cozinha...” Falei antes de entrar no banheiro.
Ele sorriu tranquilamente e se deitou no lado direito da cama. O lado dele. Eu balancei minha cabeça para dissipar os pensamentos impróprios. Dessa vez, eu demorei debaixo do chuveiro. Tirei toda a maquiagem e esfreguei com vontade meus pés, eu teria as mãos de Edward neles mais tarde. Escovei meus dentes e vesti meu pijama. A blusa era de algodão enquanto o short mal tampava a curva de meu bumbum.

Encontrei Edward na mesma posição, ele jogara os pés para cima e encarava alguma coisa no teto, não tinha nada saliente em sua virilha, perguntei-me o que ele tinha feito com aquela virilidade toda. Deitei-me ao lado dele, decidi que seria melhor manter certa distância entre nossos corpos. “Você parece com sono, Edward.”
“Só um pouco cansado, venha cá!” Ele me puxou pela cintura. “Eu amo esse seu cheiro, seu cabelo lembra morangos e seu corpo, baunilha.”
Sorri contra o rosto dele. “É creme! Eu gosto de seu cheiro de sabonete.”
Ele também sorriu. “Dê-me seus pés, Bella.”

Tive que sentar, Edward fez o mesmo. Nós ficamos lado a lado e ele puxou meus pés para seu colo. Pedi para que ele não ficasse muito tempo na planta de meu pé, pois eu teria um acesso de cócegas. Edward começou lentamente, os dedos massagearam toda parte. Edward era bom naquilo. Eu suspirava baixinho. Mal senti as mãos subindo por minhas pernas.

“Como você consegue ser tão bom em tudo?” Perguntei debilmente.
Edward abriu uma risada contagiante. “Você me superestima, sério!”
“Acho que já está bom...” Falei incerta, deitei-me novamente e esperei Edward fazer o mesmo.
Ele veio de bom grado para o meu lado, recebi um carinho polido em minha bochecha. “Por que você está tão assustada?”
A pergunta fora inesperada, era incrível como Edward conseguia entender meus pequenos sinais. “É tudo tão novo para mim.”
“Eu não quero te apressar, ok?” Edward disse baixinho. “Você é, apenas, quente demais.”
“Eu não tenho medo de você, Edward. É que eu nunca vivi nada parecido, sabe?” Falei também baixo, ele era meu namorado e então aquela conversa não pareceu tão estranha.
“Eu fiquei triste quando você não acordou ao meu lado aquela manhã...” Eu simplesmente não choraria por aquilo novamente, eu esqueceria aquele pequeno detalhe.
Eu vi a culpa passando nos olhos de Edward, ouvi um suspiro baixo. “Eu me arrependo brutalmente por aquilo.”
Afaguei-lhe os cabelos, enrolei as mechas em meus dedos. “Esqueça aquilo, sim? O que importa é saber que estamos bem agora.”
“Foi uma droga, não foi?” Edward perguntou baixinho, o rosto corou levemente.
“Pra mim foi muito bom, eu gostei de cada parte.” Falei apressada, antes que o vermelho atingisse meu rosto.
“Eu fiquei nervoso quando percebi que nós não pararíamos.” A confidência saiu baixa, Edward brincou com a pele que cobria minhas costelas.
“Sério?” Eu não sabia se ficava feliz por saber daquela parte.
“Eu queria que aquela fosse a melhor noite de sua vida, que você descobrisse o que era prazer de verdade, eu tinha certa responsabilidade.” Ele disse procurando meus olhos.
“Você me mostrou Edward. Eu me senti tão mulher a cada toque feito por você.” Revelei para ele, Edward pareceu satisfeito com minha resposta.
“E agora nós nos assemelhamos a dois adolescentes!” A voz saiu mais quente, quase divertida.
“Eu tenho vontade de fazer muita coisa com você, mas, sei lá, você já foi tocado de todos os jeitos, por todos os tipos de mulheres. Uma a mais não vai mudar muita coisa.” Falei, dessa vez, sem olhá-lo.

“Eu não gosto quando você fala assim, Bella! Você é especial para mim, você me tocou de um jeito que mulher nenhuma vai conseguir fazer, eu quero tudo que seja sobre você, eu quero todos seus toques, seus beijos, seus olhares!” A voz de Edward veio convicta e quente. Eu não poderia estar mais feliz pelas palavras.
“Eu vou te esperar, sim? Vai ser a tarefa mais difícil, mas eu costumo ser paciente, às vezes.” Ele finalizou com beijos pudicos em meus lábios.
“O que você fez com sua ereção de mais cedo?” Perguntei por perguntar, embora eu sentisse alguma coisa entre minhas pernas.
“Fique tranquila, eu não usei seu lavado. É só pensar em coisas escrotas.” Ganhei mais um beijo em meus lábios, Edward aprofundou um pouquinho e a língua vibrou contra a minha.
“Eu tenho a sensação que você um dia vai me expulsar dessa cama, eu sempre venho parar aqui suado e com mau hálito, enquanto você está toda cheirosa e com um gosto bom.” Edward traçou meu lábio com a ponta dos dedos.
“Tem uma escova sem usar no banheiro, pode usá-la.” Beijei-o sem me atentar para o gosto que ele tinha.

Edward pareceu contente com o fato. “Vou usá-la, sim?” Ele saiu da cama logo depois.
Ouvi a água da pia, Edward voltou sorrindo. “Agora eu posso te beijar de verdade.”
Senti o frescor característico contra meus lábios, o beijo foi lento e longo, do jeito que Edward e eu gostávamos. Nós dois terminamos ofegantes e sorridentes.
“Você beijava todas as outras desse jeito?” Perguntei enquanto salpicava beijos em seu queixo marcado.
Edward mordeu e puxou meu lábio. “Eu só te beijo assim porque você me dar o melhor beijo que já experimentei.”
A resposta me satisfez por hora, aconcheguei contra o corpo de Edward. “Eu odeio saber que você é tão experiente.”
“Sexo não é só experiência, sabia? Tem que ter intimidade, respeito. Eu sei que vou descobrir muito com você.” Edward disse contra meu rosto, vi os olhos cansados pedindo por horas de sono.
“Eu estou ansiosa para descobrir com você também.” Minha voz saiu cheia de vergonha.
“Vai ser gostoso, pode apostar.” Edward disse mais baixo, meio sonolento.
“Isso inclui muitos bons momentos?” Perguntei sem olhá-lo, aproveitei para deixar beijos em seu ombro ainda coberto pela camisa.
“Se você está tentando dizer orgasmos, acredite, eu vou te dar muitos deles.” A resposta de Edward veio acompanhada de uma pequena risada.
Desabotoei a camisa preta, evitei me perder no abdômen definido. “Resolveu ficar convencido?”
“Eu honro o que eu carrego entre as pernas!” Ele disse sorrindo, o que me fez sorrir ainda mais.
“Seu humor me deixa excitada, Edward.” Falei completamente divertida e irônica.
“Quer transar? Já estou duro!” Ele usou o mesmo tom que eu usara, inteiramente humorado.
“Idiota!” Falei por último. “Tire essa camisa e essa calça.”
“Deixei-me com minha calça, vai ser mais fácil.” Ele disse antes de tirar a camisa para fora do corpo. “É mais fácil quando se tem roupas entre nós.”

Desci minha mão pela barriga branca e sem pêlos. Escorreguei timidamente minhas mãos para dentro da calça, decidi ignorar a parte rígida de Edward, eu sorri ao apertar a bundinha sobre a cueca. “O que você está tentando pegar, não existe, Bella!” A voz de Edward poderia ser classificada como divertida e, esquisatamente, envergonhada.
Apertei mais um pouquinho, tentando não deixar marcas com minhas unhas. “Lógico que existe bunda aqui! É durinha, Edward!”

Edward sorriu contra meu rosto, o semblante era nada além de leve. Inesperadamente, ganhei uma apalpada firme em minha carne também. Não tirei a mão de Edward de mim, o contato me deixava completamente acesa. Deleitei-me com as sensações que eu ainda estava me acostumando. Minha vontade de beijá-lo veio forte e assim eu fiz. Edward me recebeu em sua boca quente, nós dois gememos juntos.

“Eu me sinto tão bem quando estou com você.” Soltei entre nosso beijo. Edward me abraçou ainda mais forte.

Ele enfiou as pernas sem inibição entre as minhas, nossos corpos quase se fundiram. “Ninguém me deixou desse jeito, Bella! Só você! Isso é só para você, sim?” Edward soltou roucamente, só me concentrei na ereção tocando minha parte quente. Abafei meu gemido mordendo o ombro de Edward, agora eu era responsável por, aproximadamente, uns 18 centímetros. Eu sabia que eu estava meio descontrolada, mas gemi feito uma cadela quando me lembrei da grossura.

“A gente precisa dormir, Edward.” Falei tonta, era melhor fecharmos nossos olhos e cairmos na inconsciência.

“Amanhã se você acordar e eu não estiver por aqui, é porque eu fui trabalhar, sim?” Edward disse contra meus lábios entreabertos.
“Amanhã é sábado!” Falei um pouco mais alto.
Edward suspirou pesadamente. “Eu tenho que trabalhar, mas o meu domingo é livre.”
“Vamos fazer alguma coisa juntos?” Perguntei baixinho. “Boa noite, Edward!”
Edward bateu a mão no abajur e desligou as lâmpadas. Eu fiz o mesmo com o abajur ao meu lado. O quarto ficou escuro logo depois. “Durma bem, baby! Amo você!”
Senti os lábios sendo pressionados contra os meus, depois senti um beijo em minha testa. “Obrigado por existir.”
Sorri fraquinho, completamente com sono. “Também amo você, Edward! Obrigada por me amar.”
Edward segurou minha mão. “Quem dormir primeiro, dê um grito!” Ele disse sorrindo já letárgico.
“Idiota!” Falei contra o peito tonificado. Puxei o edredom para cima de nós. Edward passou minhas pernas sobre seu quadril. Eu gostava de dormir daquele jeito.
“Idiota apaixonado, baby!” Ele fez um biquinho adorável, visto até no escuro. “Apaixonado por você!”
Apenas sorri, completamente encantada por aquele homem que,impressionantemente, também me amava. Antes de dormi, eu agradeci por aquele pequeno milagre.


Continua..

Nenhum comentário:

Postar um comentário


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
Image and video hosting by TinyPic