Autora(o): Kelly Domingos - Whatsername no Nyah!
Gênero: Angst, Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
Vampiros comendo hot dog.
POV Bella
O cheiro
parecia bom, a aparência nem tanto. Encarei o creme de avelã e comi um pedaço
da barra de chocolate. Não tinha sido uma boa ideia tentar fazer aquele bombom.
Suspirei meio frustrada, mas mesmo assim fiz os pequenos e redondos doces. O
tamanho também não era uniforme. Alguma música preenchia o silêncio de meu
apartamento. Era uma mescla divertida; chocolate, avelã e música. Olhei os
ponteiros do relógio, assustei-me ao ver o horário. Já se passava das oito e,
intimamente, eu sabia que estava me esquecendo de um fato importante.
Chequei meu
celular para ver se tinha alguma mensagem de Edward, não tinha nenhuma. Pelo
horário, ele já estaria em casa. Foquei-me nos bombons e na música alta, no
final, as vinte e quatro guloseimas estavam perfiladas sobre o mármore. Eu comi
um com certa apreensão. O chocolate derreteu na boca e os pedacinhos de avelã
eram crocantes na medida certa. Sim! Aquilo estava bom, independente da
aparência disforme.
Olhei-os
antes dar as costas para a cozinha, eu quis nomear aquela pequena invenção.
Bom, todo mundo já comera bombom de avelã, mas aquele tinha alguma coisa
diferente. Talvez, Edward me ajudasse com isso.
Aumentei
ainda mais a música, o rock pesado embalou minha queda no sofá. Joguei as
pernas para cima e abri meu computador, matei meu tempo ocioso na internet. Fiz
download das séries que eu acompanhava e algumas músicas também. Meu iphone
vibrou em algum lugar debaixo de minha bunda.
Abra a porta
para mim, Bella!
E.
Estranhei a
mensagem, mas consegui sorrir um pouquinho. Percebi que o som estava alto
demais para ouvir qualquer batida na madeira. Pulei do sofá e corri para a
porta, ansiosa para vê-lo. Antes corri o olhar por minhas roupas. Camisa velha,
calça velha, o cabelo estava limpo e obediente, pelo menos. Pedi que Edward
estivesse também desleixado. Eu odiava a discrepância entre nós.
Abri a porta
e não vi ninguém, a não ser o meu vizinho da frente saindo descalço. Olhei para
o lado e encontrei a personificação da beleza. Edward estava encostado na
parede, olhando para a tela do celular. Ele não estava desleixado. Ele estava
arrumado demais. Céus, Edward estava de camisa social e cabelos menos
bagunçados que o normal. Eu sabia que eu estava perdendo um detalhe importante.
“Edward?”
Chamei-o, quando ele ergueu a cabeça, ganhei um sorriso grande e feliz.
Ele deu dois
passos para ficar em minha frente. “Eu quase levei sua porta ao chão!”
“Eu estava
escutando música.” Falei vacilante, ainda querendo saber o motivo daquelas
roupas, peguei-o pela mão e nos guiei para dentro do apartamento. “Venha!”
Edward pousou
a mão em minha cintura, ele fez pequenos círculos. “Cheguei muito cedo?”
Cedo para
quê? “Não?” Respondi perguntando, senti
o calor característico subindo para o meu rosto. “O horário parece bom.”
E então
Edward sorriu para mim, os olhos brilharam e ruguinhas se formaram também.
“Baby, você se esqueceu?”
Era isso, eu
realmente estava me esquecendo alguma coisa muito importante. “Desculpe?”
Ganhei mais
um sorriso, Edward me abraçou forte e deixou a bochecha encostada na minha. Eu
amava aquele calor estranho que ele carregava. Afaguei-lhe as costas sob o
tecido preto. “Eu sou uma namorada esquecida, diga-me o que eu não consigo
lembrar.”
Talvez aquilo
soasse dramático demais, fiquei feliz quando Edward beijou delicadamente minha
bochecha, fazendo uma pequena trilha até meus lábios. “Você disse que jantaria
comigo hoje.”
Se eu fosse
masoquista, eu teria me dado umas 35468 chibatadas. Claro, o jantar! Edward
tinha me convidado antes de ontem, na última que vez que nos virmos. Eu gemi
irritada. “Desculpe-me, por favor? Eu me esqueci completamente.”
“Tudo bem,
baby!” Edward descansou os lábios sobre os meus. Ele aplicou uma pressão
mínima. “Podemos ficar aqui, se quiser.”
“Não!” Eu
falei alto contra os lábios finos e macios. “Eu quero jantar com você, espere
eu me arrumar, juro que não demoro!”
Edward me
beijou mais uma vez, nossos olhos se prenderam. Tinha um pouquinho de incerteza
no par de olhos claros.
“Está
irritado comigo?” Perguntei baixinho. “Eu não quero que você pense que você não
é importante para mim.”
Minhas pernas
bambearam com o olhar intenso que ele me lançou. “Bella, mesmo achando
impossível, sei que sou alguma coisa para você. Sei também que você não fez por
querer.”
“Obrigada,
Edward!” Falei ainda com meu rosto próximo ao dele. “Vou tomar um banho e
tentar ficar apresentável para você, a propósito, você está nada mal!”
Ouvi uma
risada gostosa. “Eu me sinto meio deslocado vestindo camisa social, fico feliz
por você apreciar.”
Sorri também
e aproveitei para beijá-lo de verdade. Rocei meus lábios delicadamente sobre os
de Edward. Ao passo que ele me dava passagem, as mãos se tornavam firmes e
dançantes em minha cintura. Minha língua foi completamente bem aceita por
Edward, o hálito fresco misturou-se ao gosto de chocolate.
“Chocolate?”
Ele disse lambendo os próprios lábios. “Eu gosto!” As palavras saíram
divertidas e ganhei uma lambidela em meus lábios úmidos.
Continuei com
as mãos no corpo de Edward, acarinhei-lhe nos braços, meus dedos correram pela
parte interna de seu antebraço. “Eu estava fazendo uns bombons, mas não deu
muito certo...”
“Sério? Tenho
certeza que ficaram bons!” Edward disse sorrindo e pegou minha mão e nos levou
para a cozinha. “Mostre-me, quero experimentá-los!”
Eu não
deveria corar, mas o fiz mesmo assim. Não era vergonha, era estranho. Eu não
queria que Edward fosse sincero, se ele fosse, ele diria que estava ruim e eu
ficaria triste, pois os bombons estavam bons para mim. Por outro lado, eu
estava curiosa. Eu gostava de dividir aquilo com Edward, ele sabia que eu
gostava de cozinhar. Era uma parte de mim.
Edward sorriu
ao ver os bombons sobre o mármore, ele tinha um semblante divertido. “Uh, tem
que esperar um pouco para guardá-los!” Apressei-me para responder.
Ele pegou o
primeiro que viu, antes de colocar na boca, Edward sorriu para mim. “Não fique
desse jeito, você sabe que eu vou gostar!”
Apenas
assenti ainda mais envergonhada. Edward não deu uma mordida delicada, quase
meio bombom entrou em sua boca. E depois eu ouvi um gemido, porra, Edward gemeu
por causa de um bombom!
Eu o encarei,
inteiramente envergonhada. “Bella, isso está... Está delicioso!”
“Está
crocante e macio, está doce na medida. Sério baby, está fodido de tão bom!”
Edward fez uma pequena análise e depois pegou mais um.
“Você vai
ficar com dor de barriga.” Adverti-lo e ganhei como resposta um dar de ombros.
Edward me
puxou delicadamente pela mão, ele brincou meus dedos. Repentinamente, os olhos
passaram de divertidos para sérios. “Você nasceu para isso!”
A pequena
declaração fez meu peito inflar, quase emocionada. Fiquei absurdamente feliz
por ele partilhar de minha opinião. “Obrigada!”
Recebi um
pequeno beijo, um selinho demorado. “Você gosta de cozinhar, explore isso. Você
tem futuro!”
Assenti
calmamente, ainda sem palavras. Eu o abracei como agradecimento. “Posso fazer
uma crítica?”
“Uhum.” Falei
contra o peito tonificado, senti os dedos entrando em meus cabelos.
“Acho que eu
faço bolinhas melhor que você.” A crítica pertinente veio junto de uma risada
gostosa. Eu sabia que aqueles bombons estavam completamente sem padrão.
“É culpa de
minha fodida coordenação motora!” Sorri também, beijei-lhe a camisa, pedindo
para que eu não a sujasse.
“Eu posso
modelá-los para você, seríamos uma boa dupla!” Edward disse entre mastigadas.
Ele deveria parar de comer os meus bombons.
“Vou tomar um
banho, sim? Aonde nós vamos?” Perguntei, querendo saber o que vestir.
Edward olhou
o relógio de pulso. “Nós já perdemos nossas reservas, podemos dirigir até
encontrarmos uma mesa.”
Aquilo me
deixou irritada, irritada comigo. Edward tinha feito reservas e eu tinha
estragado tudo. “Eu ainda não me perdoo pelo meu esquecimento.”
“Não se
martirize, eu já disse, podemos ficar aqui, se quiser.” Ele disse sorrindo, eu
sorri ao perceber quais eram as intenções de Edward.
“O que você
pretende com essa noite?” Perguntei calmamente, embora estivesse curiosa com a
resposta.
Fora tímido,
mas vi o rubor tingindo as bochechas de Edward. “Oras, jantar e te namorar um
pouquinho!”
“Eu gosto da
parte do namorar.” Falei e beijei-o, tudo ao mesmo tempo. “Senti sua falta!”
Edward me
correspondeu prontamente, era bom senti o gosto da avelã pelos lábios dele. “Eu
também, é ruim ficar sem te ver.”
Nossos
horários eram ingratos, Edward chegava tarde e tinha que acordar cedo, enquanto
eu não tinha horário certo para estar em casa. Aquilo era um puto empata
amassos.
“Então vamos
aproveitar esse tempo juntos, certo? Vou tomar banho, fique a vontade.” Falei e
segui para o meu quarto, passei pela sala e abaixei o volume da música, o
computador ficou com todas as páginas abertas. Pedi para Edward não criar
curiosidade em ver o que eu fazia. Não seria legal se ele descobrisse que eu
era viciada em séries de vampiros. Sim, Ian Somerhalder e Alexander Skarsgard
me faziam pensar coisas absurdas. Absurdas e quentes.
Sempre era
difícil pensar no que vestir, ainda mais tendo como parâmetro a personificação
da beleza tão perto. Decidi por um vestido de manga longa, afinal fazia um
pouco de frio. Meia calça não era necessária, encarei meus saltos, eu precisava
de um que ficasse bom com o vestido de rendinhas pretas. Depois de muito
analisar e chegar a nenhuma conclusão, arrisquei-me com uma ancke boot com
taxinhas. Joguei as peças sobre a cama e fui para o banheiro, o espelho me
dizia que meu cabelo estava bom, eu pensaria nele depois. A água quente caiu
sobre minhas costas, não demorei muito. A última coisa que eu precisava era estar
feito um maracujá.
Voltei para o
quarto dentro da toalha que mal cobria minhas coxas, o cabelo estava no alto de
minha cabeça. Eu cambaleei ao ver Edward sentado tranquilamente em minha cama.
Ele fazia alguma coisa em meu computador, eu não tinha nada muito comprometedor
ali, para minha sorte.
Ele ergueu o
rosto ao notar meus passos. “Eu tenho a concorrência de dois vampirinhos?”
Eu sorri com
o comentário, Edward era incrivelmente bobo. “As séries são legais, sim? Eu ainda tenho um espírito muito adolescente!”
“É ridículo o
jeito com o qual esse cara fica arqueando a sobrancelha, a todo instante!” A
voz de Edward estava carregada de desdém e, talvez, ciúmes.
“Eu acho
completamente sexy!” Falei sem pensar, apenas me veio a imagem de Damon
Salvatore.
Aquilo
despertou um sorriso diferente em Edward, era atrevido e, incrivelmente,
quente. Ele saiu da cama e veio até mim. Eu tremi quando ele me puxou pela
nuca, nossos rostos colados. Ofeguei quando ele lambeu os próprios lábios, gemi
quando ganhei o beijo mais quente do universo. Edward não foi delicado, a
língua morna serpenteou dentro de minha boca, fazendo meu corpo amolecer e
arrepiar. Estar de toalha era tão bom e constrangedor. Senti uma mão puxando
minha cintura, enquanto a outra fez ainda mais pressão em minha nuca. Sai de
meu transe particular e corri minhas mãos pelas costas largas, senti uma
necessidade descomunal de apertá-lo e deixar minhas unhas fazer pequenas
marcas.
Senti a mão
de Edward descendo para minha coxa, ele correu os dedos por baixo da toalha, eu
não fazia nada além de tremer e ofegar. Os beijos desceram para minha
clavícula, os lábios queimaram contra minha pele. Eu não me importei sobre o
fato de eu estar coberta apenas por uma toalha, eu simplesmente amava ter as
mãos de Edward em mim. Aquilo era bom pra caralho. Os lábios voltaram para
minha boca, mas pararam pouco, pois senti meu lóbulo entre os dentes de Edward.
“Ainda o prefere, baby?” A voz quente mandou vibrações para todo meu corpo.
“Será que ele vai te deixar toda mole, do jeito que eu te deixo?”
Segurei para
não gemer, Edward tinha um poder sobrenatural para me deixar completamente
molhada. Eu precisava atiçá-lo mais vezes! Era descabido ele implicar com um
cara que eu jamais irei ver. Eu o empurrei pelo peito. “Você é um idiota
ciumento!” Falei e biquei-lhe os lábios, Edward sorriu também.
“Existem fãs
loucas, sabia? E se você decidir ir até L.A implorar por ele?” Edward continuou
com o carinho em minha nuca, ele tinha o rosto vermelho.
“Sem chance,
acho que me contento com você!” Lancei-lhe divertida. “Eu preciso trocar de
roupa.”
Edward tirou
as mãos de mim e caiu novamente na cama, eu gostava de ver quão a vontade ele
parecia. Peguei minhas roupas e segui para o banheiro.
“Baby, fique
aqui!” Edward disse meio manhoso, ele me deixou uma piscadela.
Eu corei por
puro reflexo, ainda me perguntava por que diabos eu tinha me trocado na frente
de Edward noites atrás. Dei passos em direção a cama, Edward sorria feito bobo.
“Por que não
me ver vestida? Eu vou dar alimento para sua imaginação!” À medida que as
palavras saiam, meu rosto pegava fogo.
Edward correu
os dedos pelos cabelos, desalinhando-os. “Vou ficar aqui imaginando, certo?”
Entrei no
vestido preto irritada com os botões, que eram difíceis de serem fechados. Dei
voltinhas em frente ao espelho para saber se estava tudo certo com a calcinha e
com o sutiã. Nada aparecia, eu não poderia estar mais feliz.
Puxei meus
cabelos para o lado, sem muita opção, fiz uma trança mal feita. Eu estava
disposta a usar um pouco mais de maquiagem, voltei para o meu quarto e procurei
por um curvex. Sentei-me na penteadeira, pelo espelho eu via Edward relaxado na
cama. Liguei o secador e apontei para o curvex, depois de alguns segundos
modelei meus cílios.
“Bella, que
merda você está fazendo?” Edward perguntou, ele tinha a confusão estampa no
rosto. Sorri abertamente. “Eu não estou me mutilando, fique tranqüilo!”
Terminei e passei algumas camadas de rimel. Aquilo seria difícil de tirar
depois, mas, enfim.
Passei o
blush mais claro que eu tinha e olhei para os batons. Eu deveria consultar
Edward sobre aquela parte. Nós nos beijaríamos durante a noite, eu não queria
tornar as coisas estranhas e pegajosas, batom não combinava muito com beijos.
“Edward?”
Chamei e o encarei pelo espelho. “Gosta de batom?”
Ele sorriu
meio nostálgico. “Nós já tivemos essa conversa, não lembra?”
Neguei com a
cabeça, com certeza acontecera na noite que eu estivera bêbada. Perguntei-me
por que eu falaria de batom com Edward.
“Se você
gostar, use, oras!” Ele disse frente minha indecisão.
Eu gostava,
mas não era a situação. Batom não seria usado quando Edward estivesse tão
perto. Ignorei minha boca e procurei por minhas bijuterias. Escolhi alguns
anéis e um discreto par de brincos.
Praguejei
meio mundo quando me esqueci do hidratante. Peguei o primeiro que vi e
deslizei, com minhas mãos, por minhas pernas.
“A visão está
me matando, Bella!” Edward disse abafado, eu perdi o ar ao ver o rosto perfeito
corado.
Eu fiquei
apenas o encarando, sem saber o que dizer. Era fácil saber que ele estava cheio
de vontade, estava estampado nos olhos verdes. A excitação estava saindo pelos
poros de Edward. E, internamente, eu me senti a mulher mais poderosa do mundo.
Levantei-me
da cadeira, me olhei pela última vez no espelho e calcei meus sapatos. “Vamos?”
Edward também
saiu da cama, ele me estendeu a mão, eu a peguei,evidentemente. Ele me puxou
para fora do quarto. O salto fez um barulho chato ao bater contra o piso que
imitava a madeira. Antes que eu chegasse à sala, Edward nos parou. Tão
delicadamente, ele moveu os lábios sobre os meus. O beijo continuou devagar,
gostoso e íntimo. “Eu não sei onde nós pararíamos se eu te beijasse dentro
daquele quarto!”
Na minha
cama, eu aposto!
Sorri e
peguei o lábio inferior dele com meus dentes, mordi devagarzinho. “Desculpe por
ser irresistível!”
Ganhei uma
risada quente e par de esmeraldas brilhando. “Amo você!” Ele disse pela
primeira vez na noite. “Aliás, você está maravilhosa e com cheiro de morango!”
“Obrigada!”
Falei simplesmente. Beijei-lhe a bochecha, Edward sorriu quando eu fiquei tempo
demais com meus lábios contra a pele branquinha. “Você me deixa completamente
apaixonada.”
Nós dois
trocamos sorrisos cúmplices, peguei meu celular e o molho de chaves, pedi
envergonhada para Edward os colocassem no bolso de sua calça jeans. Talvez
tivesse sido melhor pegar a carteira.
Nada me fazia
rir mais que sempre pegar Edward me olhando. Eu não sabia se ele tentava ser
discreto, mas ele sempre desviava quando meu olhar seguia para onde ele estava
olhando. “O que quer comer?”
Eu ponderei
por um breve instante. A verdade era que eu estava com muita fome, eu poderia
comer um boi sem problemas, mas jantares significavam comer poções pequenas que
não enchiam a barriga.
“Massa?”
Falei e pedi para que Edward concordasse. Pelo menos macarrão iria me saciar
momentaneamente.
“Parece bom,
eu só preciso de uma vaga!” Edward disse olhando pela janela, nós não tínhamos
pensado sobre aquela parte. A logística estava contra nós, era noite de sexta e
isso significava que as ruas estariam tão cheias quanto os restaurantes.
Edward
dirigiu por algumas quadras, quando ele encontrou uma vaga, nós dois suspiramos
aliviados. “Se eu voltar e não tiver nenhum arranhado, já fico feliz!”
Eu deveria
dizer que eu tinha um pouco de medo daquela rua, embora tivesse muito
movimento. Sai do carro para encontrar um buraco na rua, eu tinha ganhado uns
bons arranhados no meu salto, não que aquilo me descabelasse, mas, porra, eu
gastei meu dinheiro comprando-o. Edward me mandou um olhar cheio de desculpas,
eu sorri abertamente para ele. Embora não parecesse, nossa noite estava sendo
divertida.
Ele passou um
braço em minha cintura, a outra mão afundou dentro de seu bolso. O toque era
polido, a força era ausente. Deixei minha mão no meio das costas dele, também
não fiz nada muito brusco. Nossos passos eram coordenados, eu sabia que Edward
estava se esforçando para caminhar devagar.
“Hoje eu
estou quase de seu tamanho!” Falei depois ele me colocou do lado dentro da
calçada e me segurou mais firme quando o calçamento tornou-se irregular.
Edward sorriu
de lado, a mão apertou mais minha cintura. “Eu não sei como você não cai com
esse salto!”
“Eu também
acho incrível saber que meus pés me obedecem, embora eu sempre tropece quando
estou de tênis.” Falei e sorri para ele.
Criei
expectativas quando vi um pequeno restaurante. Nós já tínhamos passado por
vários, todos lotados. Talvez, aquele fosse diferente. Edward entrou pela pequena
porta, eu seguindo os passos dele. O cheiro de comida entrou por minhas
narinas, meu estômago estava perto de roncar. “Tudo cheira tão bem!”
Edward
conversou rapidamente com uma hostess, que o olhava descaradamente. Eu a
encarei até ela perceber que ele estava comigo. Edward ficaria com marcas se eu
continuasse apertando-lhe as costas.
“Não tem
mesas disponíveis, mas ela disse que logo vão desocupar, quer esperar?” Edward
me explicou a situação, a vadia da menina sem graça ainda estava ao nosso lado.
“Por que não
procuramos outro?” Perguntei apenas para Edward ouvir, ele assentiu confuso.
“Eu estou
cansado de andar!” Edward disse depois de soltar uma respiração pesada.
“Quer voltar
para casa? Posso fazer alguma coisa para gente comer!” Propus e dedilhei os
cabelos dourados que invadiam-lhe a nuca.
“Noite
desastrosa, certo?” Ele disse com tom irritado.
“Claro que
não, Edward!” Falei prontamente. Parei com meus passos e me virei para ele.
“Olhe, a noite está linda e lua também, nós estamos morrendo de fome, meus pés
estão começando a doer, você está perfeitamente bonito dentro dessas roupas e
eu quero te beijar. A noite parece boa para mim!”
Fui calada
com um selinho demorado e um afago em minha mão. Era o jeito perfeito de
demonstrar carinho quando se tem muita gente olhando. Edward pressionou
delicadamente meus lábios, ele repetiu o gesto um par de vezes. “Você é tão
incrível!”
“Casa?”
Perguntei antes de afastar meus lábios. Como resposta, ganhei um sorriso de,
talvez, admiração.
Fizemos o
percurso de volta para o Volvo. Edward analisou o estado do carro, ele parecia
inteiro. Eu escorreguei cansada para o banco do carona. “Eu acho que corri uma
maratona!”
“Eu preciso
de comida, sério!” Edward disse depois de ligar a ignição. A música que
provinha do rádio embalou nossos pequenos carinhos, meus dedos brincando com as
mechas que teimavam em cair na testa de Edward, ele traçando padrões em minha
coxa despida.
Tombei meu
rosto contra o vidro gelado, eu gemi pelo contato repentino. A rua estava cheia
e um tanto congestionada. Eu salivei quando vi a barraquinha de hot dog.
“Edward?”
Chamei baixinho, me sentindo uma completa idiota.
“Sim?” Ele
tirou os olhos da pista por um breve instante.
“Por que não
comemos hot dog?” Perguntei corada, eu realmente gostava de comer aquilo. Como
muita maionese, de preferência.
Edward me deu
seu melhor sorriso, um sorriso de deleite. “Você gosta? Posso comprar pra
gente!”
“Uh, vamos
lá?” Propus animada, eu era dada a comida de rua. Eu não me importava com a
procedência daquilo. Eu ainda não tinha conhecido ninguém que morrera por causa
de Salmonella sp.
Nós
atravessamos a rua apressadamente, meu salto estava virando com uma freqüência
irritante. O cheiro do molho de tomate fez valer a pequena corrida de
obstáculos. Edward cumprimentou o homem de meia idade, depois, ele fez nossos
pedidos. “Refrigerante ou cerveja, Bella?”
“Pode ser
coca.” Falei ao lado dele. O senhor simpático parecia benevolente aquela noite,
pois ele tinha caprichado em nossos lanches. Eu sabia que iria me lambuzar
comendo aquilo.
Edward veio
com os pães, enquanto eu carregava o copo de cerveja e de refrigerante. Ele se
atrapalhou todo ao abrir a porta para mim, nós rimos juntos quando começamos a
comer dentro do carro. Edward não fazia bagunça para comer, embora tivesse um
pouco de milho no colo dele. Tentei não sujar minhas mãos e minha roupa, eu
limpava discretamente meus dedos no banco de couro. Edward não poderia nem
pensar em descobrir aquilo. Beberiquei meu refrigerante, gelado e perdendo o
gás. Edward dava goles pequenos na cerveja. Ele tinha uma postura relaxada no
banco, nossos olhos se encontravam às vezes.
“Por que você
está me olhando assim?” Perguntei também o encarando.
“Porque você
é indescritível, Bella!” Ele disse sorrindo, a mão suja brincou com a ponta de
minha trança.
Absorvi as
poucas palavras com atenção. Edward tinha a capacidade de me intrigar com uma
fala com menos de cinco palavras.
Eu arqueei
minha sobrancelha para ele. Edward sorriu e, assim como eu, ele se lembrou do
que tinha acontecido mais cedo. “Eu não sou tão inteligente a ponto de entender
suas meias palavras.”
Ganhei outro
sorriso bonito, Edward pegou um dropes de bala no porta-luvas. Ele se serviu de
uma de eucalipto. “Venha cá!”
Antes que eu
pensasse em como realizar aquele pequeno pedido, Edward me puxou para eu me
sentar de lado em suas coxas. Eu ganhei um beijo superficial quando me ajeitei
na nova posição.
“Eu nunca sei
me expressar, baby, você já sabe dessa parte!” Edward beijou minha bochecha.
“Só estou
tentando dizer que não existe ninguém mais perfeita que a menina que me olha
corada neste exato momento.” Eu pisquei completamente absorta e,
inexplicavelmente, feliz.
“Bella, eu
nunca imaginei estar tão apaixonado e pode parecer estranho, mas eu não sei
quando isso começou!” As palavras de Edward bateram contra meus lábios, o roçar
foi breve.
“Eu amo saber
que você não é fresca e chata, que adora comida mal feita!” Ganhei um afago em
minha bochecha, o toque foi quente e demorado. “Amo o fato de você andar de
salto por ruas esburacadas sem reclamar.”
Eu o beijei
na falta de palavras de agradecimento. Edward não me deixou aprofundar, ele
segurou meu rosto delicadamente. “Sabe qual é meu medo, Bella?”
Subi meus
olhos para os dele. O verde estava cheio de felicidade, eu fiz que não com a
cabeça. “Fale-me qual é!” Pedi sem desviar o olhar, eu queria saber tudo sobre
Edward.
Ele sorriu
meio sem jeito. “Eu tenho medo do dia em que você descobrir que você é mil vezes
mais perfeita do que você pensa, então você vai querer um cara mil vezes melhor
que eu e, claro, existem homens perfeitos por ai.”
“Eu só quero
você, Edward!” Eu lhe assegurei convicta. “Eu te amo, simples!”
“Meu lado
possessivo quer que esse dia nunca chegue.” Ele falou e dedilhou minha
bochecha, indo até minha têmpora.
“Lado
possessivo?” Repeti baixinho, sendo inebriada pelo aroma de eucalipto que saia
a cada palavra dita por Edward.
Ele sorriu
baixinho, as vibrações fizeram cócegas em meu rosto. “Eu não conhecia esse meu
lado, eu juro que vou melhorar.”
“Não melhore,
eu gosto de você assim.” Pedi e rocei nossos lábios, eu queria beijá-lo até me
faltar o fôlego.
“Eu só quero
ser digno de você, Bella; nada mais.” Edward disse meio sofrido. “Eu ainda me
pergunto o que eu tenho que te chamou atenção.”
Edward era o
homem mais cego do mundo, eu poderia listar mil coisas. “Você ama sua família,
você arrisca sua vida para salvar gente que você nunca viu, você vive me
dizendo coisas bonitas, me faz carinho, me faz ficar com vergonha e sorrir. Eu
amo sua preocupação, saber que você vai me acalmar depois de meu pesadelo
idiota. Edward, você é um homem incrível, aceite!”
Os olhos
verdes piscaram duas vezes, Edward estava com as lentes, eu podia ver a curva
discreta. “Não mais que você!”
Eu peguei o
rosto quadrado com minhas mãos. “Uh, somos duas pessoas incríveis, por isso
devemos ficar juntos!”
Edward sorriu
minimamente antes de me oferecer os lábios. Retardei o início de nosso beijo,
segurei mais um pouco nossa troca de olhares. A sensação era uma das melhores,
eu via tanta coisa naquele mar verde, os cílios longos e escuros bateram
delicadamente. Suspirei baixinho, me deleitando com a visão. Meus dedos
traçaram a pele descoberta do pescoço de Edward, eu não tinha pressa. O carinho
persistiu, ora, eu estendia até nuca, ora, eu subia até a mandíbula. Nossos
olhos não se desprenderam, mas vi Edward fechando os olhos, esperando meu
próximo passo.
Subi para
beijar-lhe a face, salpiquei beijos castos no queixo e no canto da boca de
Edward, minhas mãos enlaçaram o pescoço; ele manteve as mãos em minha cintura. Nós
dois sorrimos em sintonia quando deixei uma lambidela nos lábios finos, refiz o
toque mais vezes até que Edward entreabrisse os lábios para mim. Eu amava a
boca daquele homem e tudo que ela fazia. Indo desde as palavras doces até os
carinhos mais íntimos. Prendi os lábios entre meus dentes, aquilo era bom para
mim e para Edward, minha língua vibrou quando toquei os lábios finos e úmidos.
“Sem
brincadeirinhas, baby.” A voz arrastada me estimulou ainda mais.
Sorri para as
palavras e procurei mais uma vez os lábios macios e com gosto duvidoso. Sem
aviso, lancei minha língua para dentro da boca de Edward. Deixei o beijo
tornar-se desesperado e profundo. A língua de Edward também foi rude com a
minha, as duas estavam afoitas e enérgicas, tornou-se também mais molhando e
sem cuidado. Nossos dentes bateram algumas vezes, mas a dor era boa e eu não
conseguia parar. Ajeitei-me no colo de Edward, eu precisava de contato entre
minhas pernas, gemi desesperada ao senti a ereção gloriosa de Edward contra
minha coxa.
“Você gosta,
né?” Edward falou abafado, voltando a beijar segundos depois.
Eu corei de
corpo inteiro, sem saber o que dizer. Talvez Edward tivesse percebido minha
reação, pois o beijo frenético deu espaço para mil beijinhos pequenos.
“Desculpe?”
Não tinha
motivos para Edward pedir desculpas, meu rosto ainda queimava. “Você não fez
nada de errado.”
Edward me
beijou delicadamente. “Eu não queria falar desse jeito com você.”
Eu sorri sem
jeito. “Você queria sim! A culpa não é sua, mas você me pega de surpresa.”
“Ninguém
mandou você me beijar desse jeito, Bella!” Ele também sorriu, um sinal que o
momento inoportuno tinha acabado.
Guiei meus
lábios para o bico que Edward fez, depois, segui para perto da orelha dele.
“Desculpe por eu ser tão insegura na maioria das vezes.”
Os dedos
longos afagaram meus cabelos. “Você não é, ok?” Delicadamente, ele pousou os
lábios sobre os meus.
Sentei de
frente no colo de Edward e deixei que ele me beijasse, eu deveria agradecer o
espaço daquele carro. Contornei o pescoço com minhas mãos e, em troca, senti os
dedos pressionando minha nuca.
“Relaxe,
sim?” Edward pediu perto de minha orelha. Os beijos começaram lentos e curtos.
Meu corpo amolecia ao passo que Edward subia a mão por minha lateral. Eu sabia
que nós não chegaríamos tão longe, embora a fricção ainda fosse uma
necessidade.
Só consegui
gemer abafado quando Edward subiu a mão até meu peito e deixou uma apalpada
forte, carregada de desejo. Minha boca estava seca apesar dos beijos úmidos, eu
deitei minha cabeça no ombro de Edward quando ele me sentou em cima de sua coxa
e subiu meu vestido. E então uma vontade enorme de me esfregar até a morte na
coxa de Edward me aplacou. Ele sabia que eu precisava daquilo.
“Leve-me para
casa, por favor!” Pedi sem forças. Minha entrada coberta pela calcinha preta
esfregou timidamente contra o jeans de Edward.
Aquilo era
praticamente um pedido para Edward me foder até cansar quando chegarmos em
casa, mas, ignorando a hipocrisia, eu ainda não sabia se queria ir para cama
tão cedo com Edward. Eu sabia que nós poderíamos fazer tanta coisa antes. Edward
me colocou delicadamente no banco do carona, ele tinha suor por todo o rosto.
Passei a mão por meu pescoço e descobri que eu também pingava um pouco daquele
líquido salgado.
“Desculpe?”
Pedi baixinho e envergonhada.
“Pelo o que
exatamente?” Edward se ajeitou no banco, a ereção nunca seria disfarçada.
“Por sempre
te deixar com vontade e nunca fazer nada.” Admiti ainda mais baixo, eu não
queria que Edward pensasse que eu fosse egoísta, mas eu ainda precisava de
coragem para fazer todas aquelas coisas que eu morria de vontade de fazer.
Ganhei um
afago calmo em minha bochecha. “Podemos falar sobre isso em casa?”
“Uhum.” Falei
incerta, aquele não era um assunto que queria discutir. Não com Edward.
(...)
Eu me olhei
no espelho antes de sair do carro, eu estava completamente descabelada e rubra,
ajeitei meu vestido. Olhei para Edward, embora estivesse à noite e aquela
garagem estivesse vazia, ele se posicionou atrás de mim. Ele me segurou pela
cintura e me fez amassar a ereção que não tinha se dissipado. Aquilo era
injusto, ter todo aquele volume cutucando minha bunda. Quase impensadamente,
joguei meu quadril contra Edward. Ele soltou um gemido primitivo contra meus
cabelos. O elevador vazio foi benéfico. Edward nos posicionou no canto. Eu
ganhava beijos molhados em minha orelha e mãos firmes em minha cintura, eu
gemia rendida e me movia contra o que Edward tinha de melhor.
“Seja
boazinha, baby!” Edward segurou minha cintura, parando minhas tímidas
reboladas.
Saí do
elevador com Edward perfeitamente encaixado em mim, ele me deu a chave da
porta. A primeira coisa que fiz foi tirar meus sapatos.
“Vai voltar
para sua pequenez?” Edward perguntou encarando os sapatos no chão.
“Eu pagaria o
que fosse por uma massagem!” Falei ao ver meus pés vermelhos e senti-los
doloridos.
“Eu posso
fazer isso por você, Bella.” A voz de Edward saiu despretensiosa. Era um
convite e tanto.
Virei para
vê-lo, ele segurava um sorriso grande. “Eu vou aceitar, sim?” Se Edward
quisesse, eu poderia tentar alguma coisa nos ombros dele também.
Ele enlaçou
minha cintura. “Quer um banho primeiro? Eu posso esperar.”
“Vai ficar
aqui comigo?” Perguntei ansiosa por uma réplica positiva.
“Você quer?”
Ele me lançou mais sério. “A gente pode conversar outra hora.”
“Não, Edward!
Eu quero que você faça massagem em meus pés, converse e durma em minha cama.”
Falei atropelado e nos levei para o quarto.
Edward
sentou-se em minha cama e tirou os sapatos, procurei no armário um pijama
qualquer, eu ainda não tinha investido no projeto rendas e transparências.
“Quer comer
alguma coisa? Tem os bombons na cozinha...” Falei antes de entrar no banheiro.
Ele sorriu
tranquilamente e se deitou no lado direito da cama. O lado dele. Eu balancei
minha cabeça para dissipar os pensamentos impróprios. Dessa vez, eu demorei
debaixo do chuveiro. Tirei toda a maquiagem e esfreguei com vontade meus pés,
eu teria as mãos de Edward neles mais tarde. Escovei meus dentes e vesti meu
pijama. A blusa era de algodão enquanto o short mal tampava a curva de meu
bumbum.
Encontrei
Edward na mesma posição, ele jogara os pés para cima e encarava alguma coisa no
teto, não tinha nada saliente em sua virilha, perguntei-me o que ele tinha
feito com aquela virilidade toda. Deitei-me ao lado dele, decidi que seria
melhor manter certa distância entre nossos corpos. “Você parece com sono,
Edward.”
“Só um pouco
cansado, venha cá!” Ele me puxou pela cintura. “Eu amo esse seu cheiro, seu
cabelo lembra morangos e seu corpo, baunilha.”
Sorri contra
o rosto dele. “É creme! Eu gosto de seu cheiro de sabonete.”
Ele também
sorriu. “Dê-me seus pés, Bella.”
Tive que
sentar, Edward fez o mesmo. Nós ficamos lado a lado e ele puxou meus pés para
seu colo. Pedi para que ele não ficasse muito tempo na planta de meu pé, pois
eu teria um acesso de cócegas. Edward começou lentamente, os dedos massagearam
toda parte. Edward era bom naquilo. Eu suspirava baixinho. Mal senti as mãos
subindo por minhas pernas.
“Como você
consegue ser tão bom em tudo?” Perguntei debilmente.
Edward abriu
uma risada contagiante. “Você me superestima, sério!”
“Acho que já
está bom...” Falei incerta, deitei-me novamente e esperei Edward fazer o mesmo.
Ele veio de
bom grado para o meu lado, recebi um carinho polido em minha bochecha. “Por que
você está tão assustada?”
A pergunta
fora inesperada, era incrível como Edward conseguia entender meus pequenos
sinais. “É tudo tão novo para mim.”
“Eu não quero
te apressar, ok?” Edward disse baixinho. “Você é, apenas, quente demais.”
“Eu não tenho
medo de você, Edward. É que eu nunca vivi nada parecido, sabe?” Falei também
baixo, ele era meu namorado e então aquela conversa não pareceu tão estranha.
“Eu fiquei
triste quando você não acordou ao meu lado aquela manhã...” Eu simplesmente não
choraria por aquilo novamente, eu esqueceria aquele pequeno detalhe.
Eu vi a culpa
passando nos olhos de Edward, ouvi um suspiro baixo. “Eu me arrependo
brutalmente por aquilo.”
Afaguei-lhe
os cabelos, enrolei as mechas em meus dedos. “Esqueça aquilo, sim? O que
importa é saber que estamos bem agora.”
“Foi uma droga,
não foi?” Edward perguntou baixinho, o rosto corou levemente.
“Pra mim foi
muito bom, eu gostei de cada parte.” Falei apressada, antes que o vermelho
atingisse meu rosto.
“Eu fiquei
nervoso quando percebi que nós não pararíamos.” A confidência saiu baixa,
Edward brincou com a pele que cobria minhas costelas.
“Sério?” Eu
não sabia se ficava feliz por saber daquela parte.
“Eu queria
que aquela fosse a melhor noite de sua vida, que você descobrisse o que era
prazer de verdade, eu tinha certa responsabilidade.” Ele disse procurando meus
olhos.
“Você me
mostrou Edward. Eu me senti tão mulher a cada toque feito por você.” Revelei
para ele, Edward pareceu satisfeito com minha resposta.
“E agora nós
nos assemelhamos a dois adolescentes!” A voz saiu mais quente, quase divertida.
“Eu tenho
vontade de fazer muita coisa com você, mas, sei lá, você já foi tocado de todos
os jeitos, por todos os tipos de mulheres. Uma a mais não vai mudar muita
coisa.” Falei, dessa vez, sem olhá-lo.
“Eu não gosto
quando você fala assim, Bella! Você é especial para mim, você me tocou de um
jeito que mulher nenhuma vai conseguir fazer, eu quero tudo que seja sobre
você, eu quero todos seus toques, seus beijos, seus olhares!” A voz de Edward
veio convicta e quente. Eu não poderia estar mais feliz pelas palavras.
“Eu vou te
esperar, sim? Vai ser a tarefa mais difícil, mas eu costumo ser paciente, às
vezes.” Ele finalizou com beijos pudicos em meus lábios.
“O que você
fez com sua ereção de mais cedo?” Perguntei por perguntar, embora eu sentisse
alguma coisa entre minhas pernas.
“Fique
tranquila, eu não usei seu lavado. É só pensar em coisas escrotas.” Ganhei mais
um beijo em meus lábios, Edward aprofundou um pouquinho e a língua vibrou
contra a minha.
“Eu tenho a
sensação que você um dia vai me expulsar dessa cama, eu sempre venho parar aqui
suado e com mau hálito, enquanto você está toda cheirosa e com um gosto bom.”
Edward traçou meu lábio com a ponta dos dedos.
“Tem uma
escova sem usar no banheiro, pode usá-la.” Beijei-o sem me atentar para o gosto
que ele tinha.
Edward
pareceu contente com o fato. “Vou usá-la, sim?” Ele saiu da cama logo depois.
Ouvi a água
da pia, Edward voltou sorrindo. “Agora eu posso te beijar de verdade.”
Senti o
frescor característico contra meus lábios, o beijo foi lento e longo, do jeito
que Edward e eu gostávamos. Nós dois terminamos ofegantes e sorridentes.
“Você beijava
todas as outras desse jeito?” Perguntei enquanto salpicava beijos em seu queixo
marcado.
Edward mordeu
e puxou meu lábio. “Eu só te beijo assim porque você me dar o melhor beijo que
já experimentei.”
A resposta me
satisfez por hora, aconcheguei contra o corpo de Edward. “Eu odeio saber que
você é tão experiente.”
“Sexo não é
só experiência, sabia? Tem que ter intimidade, respeito. Eu sei que vou
descobrir muito com você.” Edward disse contra meu rosto, vi os olhos cansados
pedindo por horas de sono.
“Eu estou
ansiosa para descobrir com você também.” Minha voz saiu cheia de vergonha.
“Vai ser
gostoso, pode apostar.” Edward disse mais baixo, meio sonolento.
“Isso inclui
muitos bons momentos?” Perguntei sem olhá-lo, aproveitei para deixar beijos em
seu ombro ainda coberto pela camisa.
“Se você está
tentando dizer orgasmos, acredite, eu vou te dar muitos deles.” A resposta de
Edward veio acompanhada de uma pequena risada.
Desabotoei a
camisa preta, evitei me perder no abdômen definido. “Resolveu ficar
convencido?”
“Eu honro o
que eu carrego entre as pernas!” Ele disse sorrindo, o que me fez sorrir ainda
mais.
“Seu humor me
deixa excitada, Edward.” Falei completamente divertida e irônica.
“Quer
transar? Já estou duro!” Ele usou o mesmo tom que eu usara, inteiramente
humorado.
“Idiota!”
Falei por último. “Tire essa camisa e essa calça.”
“Deixei-me com
minha calça, vai ser mais fácil.” Ele disse antes de tirar a camisa para fora
do corpo. “É mais fácil quando se tem roupas entre nós.”
Desci minha
mão pela barriga branca e sem pêlos. Escorreguei timidamente minhas mãos para
dentro da calça, decidi ignorar a parte rígida de Edward, eu sorri ao apertar a
bundinha sobre a cueca. “O que você está tentando pegar, não existe, Bella!” A
voz de Edward poderia ser classificada como divertida e, esquisatamente,
envergonhada.
Apertei mais
um pouquinho, tentando não deixar marcas com minhas unhas. “Lógico que existe
bunda aqui! É durinha, Edward!”
Edward sorriu
contra meu rosto, o semblante era nada além de leve. Inesperadamente, ganhei
uma apalpada firme em minha carne também. Não tirei a mão de Edward de mim, o
contato me deixava completamente acesa. Deleitei-me com as sensações que eu
ainda estava me acostumando. Minha vontade de beijá-lo veio forte e assim eu
fiz. Edward me recebeu em sua boca quente, nós dois gememos juntos.
“Eu me sinto
tão bem quando estou com você.” Soltei entre nosso beijo. Edward me abraçou
ainda mais forte.
Ele enfiou as
pernas sem inibição entre as minhas, nossos corpos quase se fundiram. “Ninguém
me deixou desse jeito, Bella! Só você! Isso é só para você, sim?” Edward soltou
roucamente, só me concentrei na ereção tocando minha parte quente. Abafei meu
gemido mordendo o ombro de Edward, agora eu era responsável por,
aproximadamente, uns 18 centímetros. Eu sabia que eu estava meio descontrolada,
mas gemi feito uma cadela quando me lembrei da grossura.
“A gente
precisa dormir, Edward.” Falei tonta, era melhor fecharmos nossos olhos e
cairmos na inconsciência.
“Amanhã se
você acordar e eu não estiver por aqui, é porque eu fui trabalhar, sim?” Edward
disse contra meus lábios entreabertos.
“Amanhã é
sábado!” Falei um pouco mais alto.
Edward
suspirou pesadamente. “Eu tenho que trabalhar, mas o meu domingo é livre.”
“Vamos fazer
alguma coisa juntos?” Perguntei baixinho. “Boa noite, Edward!”
Edward bateu
a mão no abajur e desligou as lâmpadas. Eu fiz o mesmo com o abajur ao meu
lado. O quarto ficou escuro logo depois. “Durma bem, baby! Amo você!”
Senti os
lábios sendo pressionados contra os meus, depois senti um beijo em minha testa.
“Obrigado por existir.”
Sorri fraquinho,
completamente com sono. “Também amo você, Edward! Obrigada por me amar.”
Edward
segurou minha mão. “Quem dormir primeiro, dê um grito!” Ele disse sorrindo já
letárgico.
“Idiota!”
Falei contra o peito tonificado. Puxei o edredom para cima de nós. Edward
passou minhas pernas sobre seu quadril. Eu gostava de dormir daquele jeito.
“Idiota
apaixonado, baby!” Ele fez um biquinho adorável, visto até no escuro.
“Apaixonado por você!”
Apenas sorri,
completamente encantada por aquele homem que,impressionantemente, também me
amava. Antes de dormi, eu agradeci por aquele pequeno milagre.
Continua..
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