Por Michael Hogan
A estrela da franquia de filmes aclamados internacionalmente de adolescentes chega no tapete vermelho do festival de cinema de prestígio para promover um retrato cinematográfico da Geração Beat - um que dá a estrela em questão desempenho sexual explícito aparentemente projetado para desenhar uma linha grossa entre o passado e o futuro adulto.
Estou falando de Kristen Stewart, cuja as cenas de nudez em On the Road dominam um dia de negociações na última edição do Festival Internacional de Cinema de Toronto? Ou eu estou falando de Daniel Radcliffe, cuja cena de sexo gay em Kill Your Darlings é atualmente objecto de sussurros excitados entre os participantes do Festival de Cinema de Sundance aqui em Park City, Utah?
Na verdade, eu estou falando de ambos - e a única maneira que poderia fazer um paralelo se Radcliffe fosse exatamente da mesma idade de Stewart, em vez de nove meses a mais.
On the Road, dirigido por Walter Salles, estreou no Festival de Cannes em maio passado, mas Stewart foi destaque do mês em Toronto, em setembro.
Radcliffe, claro que não é a primeira estrela em um filme a representar as aventuras sexuais de Ginsberg na tela nos últimos anos. James Franco intepretou poeta em Howl, que estreou no Festival de Sundance em 2010, mas aquele filme deixa mais à imaginação que Kill Your Darlings, e Franco, apesar de seus sucessos, não tem uma base de fãs de adolescentes talvez que gostem - ou talvez o apoiem - por Stewart e Radcliffe.
E sobre os Beats, em particular, o que atrai essas estrelas a assumir riscos como este? Bem, provavelmente não é um acidente que On the Road é e tem sido uma escolha popular para crianças do ensino médio que aspiram pôr de lado as coisas infantis e testar os limites de sua nova independência. Visto desta perspectiva, um filme sexualmente explícito sobre Ginsberg e seus amigos William S. Burroughs e Jack Kerouac é um passo natural para os atores cansados de encarnar fantasias pré-púberes na grande tela.
Porque escrever poemas e romances, os Beats também têm uma pátina de credibilidade literária e apelos, certamente não apenas para estes jovens atores, mas gestores, agentes e publicitários que fazem a sua vida na formação de suas carreiras e reputações. Kristen Stewart não vai ficar de topless em uma adaptação de 50 tons de cinza, mas quando o material de referência é tão icónica como On The Road, ela tem todo o direito de dizer: "Este livro celebra estar vivo e celebra o ser humano, e se você quer cobrir-se e negar qualquer aspecto disso, você pode negar o espírito do livro. "
Radcliffe, por sua vez, simplesmente ignora perguntas sobre sua cena de sexo gay. "Foi algo novo", ele disse a um repórter do E! ontem à noite. "Mas você sabe que, rodamos a cena como um todo talvez uma hora e meia, portanto, foi incrivelmente rápido. Eu realmente não tenho tempo para parar e pensar e me preocupar com isso. "Ele também foi visto, por coincidência ou não, beijandi uma mulher co-estrela, Erin Darke, em um jantar em homenagem ao filme.
Eu sei que, infelizmente, vivemos em um mundo onde se pretende que as ações corajosas de Stewart para ser imortalizada em alambiques (sites) de Internet de baixa qualidade, atrevo-me a esperança de que ainda vivemos em um mundo em que Radcliffe não tem de lidar com a especulação sobre sua vida pessoal após este desempenho. Mas também acredito que os dois atores tomaram esses papéis, e correm os riscos envolvidos, por uma razão.
Pode até ser a mesma razão. Depois de anos sendo jovens de entretenimento e engordando a linha de fundo dos estúdios de Hollywood, Stewart e Radcliffe estão testando sua coragem como artistas - e seguindo o exemplo de Ginsberg mesmo, que dá conselhos aos jovens escritores , e disse a famosa frase: "Siga sua lua interior, não escondam a loucura."
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