05 maio 2015

FanFic Passado Distorcido - Capitulo 4 - Destino, o maior sádico

 

Autora(o): Kelly Domingos - Whatsername no Nyah!
Gênero: Angst, Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Censura: +18 
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo


Destino, o maior sádico


POV Bella


“Você está brincando com a minha cara!” Alice disse surpresa.
Nós estávamos em minha cama, era manhã de sábado e eu estava contando a ela meu encontro formidável que tive com um bêbado. Não poupei detalhes.
“Ali, é sério! Ele mora aqui, nesse prédio!” Falei feliz pelo fato.
“Bella, como você não sabe o nome nem o andar do cara?” Ela perecia inconformada com a minha falha.
“Sei lá Ali, juro que me esqueci! E eu só falei que ele era bonito e gentil, e se ele tiver uma namorada, e se ele for um porre sóbrio?” Lancei para ela, todas essas hipóteses poderiam se confirmar.
“Bella, não seja bobinha! Você disse que suspirou por ele, e você sabe o que isso quer dizer, você nunca suspirou por ninguém, e eu te conheço deste o berçário.” Ela tinha um divertimento em sua voz.


Eu sabia onde ela queria chegar. “Eu não estou afim dele, se é isso que você quer saber!” Falei certa de minhas palavras. Eu tinha tido uma excelente primeira impressão e não passava disso, eu estava convicta que primeiras impressões são facilmente destruídas depois de um tempo.

“Atraída talvez?” Alice perguntou presunçosa.

Ele tinha um bom físico, seu corpo era longilíneo e definido, mesmo coberto por suas roupas desbotadas eu via isso. Eu conseguia me imaginar dando uns amassos naquele homem. “Talvez!” Eu disse depois de ponderar muito.

“Eu sei que você está me enrolando!” Ela disse rindo ainda mais.
“Alice, eu não mentiria para você! Não adianta nada eu me iludir, daqui a pouco eu descubro que ele é casado e tem quatro filhos para criar.” Falei debochada, a conversa mudou de rumo.
“Você ficou mais agitada essa noite!” Ali falou casualmente.
Eu sabia disso, meu sono tinha sido mais turbulento e o pesadelo parecia mais real, era de se estranhar, pois nos últimos dias minhas noites estavam mais tranqüilas e a ameaça parecia mais distante.
“Foi como antigamente?” Perguntei querendo saber o grau de meu desespero.
“Eu diria um pouco pior.” A voz de Alice não passou de um murmúrio.

Meu corpo estremeceu com violência, e um turbilhão de lembranças veio em minha cabeça. “Eu sabia que isso nunca iria deixar de me perseguir!” Falei derrotada. 
Alice me confortou rapidamente. “Calma Bella, você me tem! Eu e Jasper vamos te ajudar mesmo sabendo que nada pode te acontecer.”
A menção de Jasper me fez sorrir, ele tinha sido tão agradável comigo ontem à noite. “Ele me disse que você contou para ele!” Falei ainda em seus braços.

“Eu sabia que você não iria se importar, Jasper gosta de você. Ele ficou um pouco possesso e enojado, mas ele sabe que tudo já está resolvido.” Alice alisou minhas costas ternamente.
“Aproveitaram a noite?” Perguntei mudando de novo de assunto, Alice e Jasper pareciam empolgados na pista.
“Só uns amassos no banheiro, ele viajou para ver seus pais em Boston!” Ela falou perdidas em pensamentos lascivos com seu namorado bombeiro.
Bombeiro. Como eu sou lerda! Claro que Jasper conhecia o bêbado, com certeza ele trabalhava com ele. “ALICE?” Saiu um pouco desesperado.
“O QUÊ?” Ela devolveu no mesmo tom, seu rosto estava um pouco assustado.
“Como nós somos bobas, não fizemos a ligação mais óbvia: Jasper conhece o cara!” Eu disse contente por minha constatação.
Ela deu um tapa em sua própria testa. “Claro que conhece! Como não pensamos nisso antes?”

Eu queria que ela ligasse para Jasper e pedisse o nome do cara e se possível sua ficha completa, mas não, somente falei o esperado. “Isso é interessante!”
“Isso não é apenas interessante, isso é mágico!” Eu ri de sua escolha de palavras, a hipérbole foi engraçada.
“Alice, eu não quero nada, esqueceu? Seria bom eu saber seu nome para talvez agradecê-lo adequadamente.” Respondi de um modo convincente.
“Sabe o que é estranho? Toda hora nossa conversa converge para esse cara!” Ela falou tentando decifrar o mistério aparente.
Eu não tinha um por que para tal situação. “Novidade é assim mesmo.” Era um motivo idiota e esfarrapado.
“Fato é que você passou a manha inteira falando dessa cara, e ainda revelou que suspirou por ele, ou seja, eu vejo uma Bella quase apaixonada na minha frente!” Alice disse saindo da cama, eu sabia que ela estava rindo de minha cara.
O quase poderia se transformar em totalmente apaixonada ou em totalmente decepcionada. Expulsei as duas hipóteses, eu estava não apaixonada e conseqüentemente não me decepcionaria.

O resto do fim de semana continuou pacato, na tarde de sábado limpamos o apartamento ao som de uma estação de rádio teen qualquer, as músicas tinham refrões melosos e sempre com a mesma temática. No domingo almoçamos fora e depois cinema, optamos por um filme infantil, sempre são os melhores!

A manhã de segunda-feira foi terrível, eu tinha duas explicações para tal circunstância. Era segunda-feira e minha noite foi assustadora. O pesadelo fora o mesmo, mas a intensidade das palavras tinha se acentuado. Eu recordava meus gritos me despertando, o choro incessante, e de Alice me falando palavras ternas.

“Bella, sua roupa está em cima da cadeira, não se atrase, você já perdeu uns vinte minutos!” Alice disse da porta de meu quarto, olhei para o relógio e pulei da cama, eu estava muito atrasada.

O banho foi em tempo recorde, minhas roupas foram colocadas de qualquer jeito, o cabelo amarrado com um elástico qualquer, nem quis ver meu rosto. Eu sabia que as olheiras estavam debaixo de meus olhos.

“Alice, até mais tarde! Amo você!” Falei já passando pela porta. Assim que passei pela porta lembrei-me que tinha esquecido a chave do carro. Ônibus atrasaria ainda mais meu dia.

Não ouvi sua resposta, eu já estava correndo para o elevador. Vi de longe que ele estava fechando e meu atraso não permitiria esperar o próximo. “Segura pra mim, por favor!” Gritei aflita para que alguém me ouvisse e me atendesse.

Felizmente uma alma bondosa me fez este favor, quando entrei no elevador quase desfaleci.



POV Edward


A ressaca não tinha sido muito forte. Acordei no sábado com uma dor de cabeça usual, um café bem preto resolveria meu problema, sai da cama e percebi que eu não tinha tomado banho, as roupas permaneceram em mim. A calça suja de sangue me trouxe boas recordações. Eu tinha salvado a pequena mulher. Eu ri sozinho indo para a cozinha, eu conseguia lembrar cada olhar e cada sorriso. Tudo parecia perfeito em seu rosto. Repassei a noite de um modo mais lento absorvendo as informações. Ela tinha vinte e um, lembro alguma sobre a morte de seus pais, e ela morava no quarto andar. E eu não tinha seu nome. Pensei em alguns nomes que combinasse com ela, matutei por alguns instantes e não encontrei nenhum a altura.

Poderei sobre armar acampamento em seu andar, esperar ela aparecer e perguntar seu nome e talvez conhecê-la melhor. Ela me pareceu inteligente e um pouco tímida na noite escura. Sua inteligência me instigava e sua timidez me despertava, seus sorrisos tímidos e beirando a inocência e seus olhares curiosos a deixavam encantadora como uma menina, e seu corpo, bom... Seu corpo me despertava nos mais sujos sentidos. Encostei-me ao balcão agora rindo de mim mesmo. Eu estava pensando na pequena mulher deste a hora que acordei e hora nenhuma eu cogitei que ela tivesse um namorado, e com certeza ela tinha, garota bonita e simpática não estaria sozinha. O café ficou pronto rápido, depois de alguns goles e já me sentia melhor. O sábado passou como um borrão. Eu fiz as mesmas coisas durante todo o dia: dormir, comer porcaria, e pensar nela. A ordem mudava às vezes.

O domingo foi um martírio, lento com uma tartaruga. Os pensamentos não saíram da pequena mulher, mas meu cérebro concentrou num assunto mais denso. Eu estava fracassando no projeto vingança. Lembrei de meu irmão e de meu amor fraterno por ele, eu tinha lido leal a ele durante toda minha vida e não seria agora que eu iria deixar de ser, eu iria realizar seu pedido e descobrir tudo o que tinha por de trás desses últimos quatro anos.

Isabella Marie Swan. Estava sendo tão difícil achá-la.

Ficar sozinho também não era agradável; almoçar sozinho e passar as tardes de um domingo ensolarado sem ninguém eram um pouco melancólico. E não poderia ser suprido com uma presença feminina qualquer, eu sentia falta de Chicago e de meus pais. Os telefonemas estavam levando meu salário para o ralo. Disquei para minha casa, Esme atendeu no primeiro toque.

“Mãe?” Certifiquei-me.
“Oi Edward, saudades de você!” Ela disse com uma ponta de tristeza.
“Eu também estou, como vai você e meu pai?” Perguntei e aproveitei para deitar no sofá.
“Estamos ótimos! E você? Está comendo direito, e o batalhão?” Suas perguntas protetoras faziam meu coração inflar.
“Mãe, eu estou bem sim. Preciso de uma cozinheira, minha cota de pizza e congelados já se esgotou.” Brinquei e ganhei uma reprovação por tarde dela. “O trabalho está bem!”
“Você está machucado ou com alguma queimadura?” Ela perguntou no melhor extinto maternal.
Olhei para meu corpo, eu não tinha nenhuma fratura, olhei para minha mão, ela ainda estava inchada. “Só minha mão está meio ruim!” Seria divertido conversar sobre isso com Esme.
“O que aconteceu? Tá quebrada ou ferida aberta?” Ela conseguiu ser muito dramática em sua fala.
“Hum... Eu entrei numa briga de rua.” Esperei ansioso sua resposta.
“O QUÊ VOCÊ FEZ?” Ela estava descrente de minha atitude, guardei meu sorriso.
“Calma, foi por um bom motivo!” Falei pausadamente.

Ouvi sua respiração aliviada. “Dê-me bons motivos então!” Ela pediu quase presunçosa.

“Era por causa de uma mulher, uns caras foi para cima dela, e eu não poderia deixar que a violentasse!” Falei me lembrando dela, de seu desespero por estar sendo tocada por um estranho.
“Isso foi muito gentil, fico orgulhosa por você! Valeu estar com a mão dolorida!” Sua voz estava terna de novo.
“Valeu sim!” Falei com a voz quente, minha energia se deu por ter conseguido bons momentos perto da pequena mulher.
“Posso arriscar dizer que ela está dormindo na sua cama neste momento?” Minha mãe perguntou divertida.

Engoli em seco, eu construí uma bela imagem: ela estava dormindo calmamente em meus braços, seu vestido estava em algum lugar no chão. Do mesmo modo que a imagem veio ela se foi. “Eu não a levei para a cama.” Falei sem saber se eu estava irritado por ter perdido esta oportunidade.

“Isso é novo!” Esme falou surpresa. “Você salvou uma mulher sem pensar em tê-la em sua cama. Sei, você faria isso por qualquer outra.” Ela falou antes que eu fizesse esta ressalva. “Mas você falou diferente sobre ela, eu te conheço, você nunca falou assim sobre ninguém.”

Ouvi suas palavras calmamente sem saber o que responder. “Talvez realmente seja!” Respondi de um modo completamente evasivo.
O assunto tinha ficado estranho subitamente, falar da pequena mulher com minha mãe tinha me deixado confuso. “Meu pai estar por aí?” Mudei a vertente da ligação.

“Carlisle está chegando com as compras para o almoço, vou fazer lasanha!” Ela disse propositalmente, era meu prato favorito.
“Guarde um pedaço para mim!” Brinquei, minha memória olfativa e gustativa me trouxe e cheiro e o sabor exato da lasanha de minha mãe.
“Tchau mãe, depois ligo mais, saudades de você e de meu pai.” Desliguei logo em seguida.
Realizar um telefone não era difícil e era reconfortante, me perguntei por que Sebastian nunca o fez.


O fim de semana acabou e a segunda chegou. Acordei disposto, tomei meu café forte de sempre, limpei o que eu tinha sujado na cozinha, tomei um banho rápido e vesti meu uniforme. Tudo metodicamente. Peguei o elevador com as mesmas pessoas de sempre, lancei meu bom dia cordialmente e fui para o fundo do compartimento, o painel eletrônico avisava que estávamos no quinto andar, meu peito inflou, estávamos perto do andar dela, mas seria impossível vê-la ali, eu sempre pego o mesmo elevador e ela nunca apareceu e não seria hoje que isso aconteceria.

Quarto andar. As pessoas de sempre entraram. Ela realmente não estava no bolo de pessoas.

“Segura pra mim, por favor!” Alguém que corria pelo corredor pediu desesperada, uma senhora realizou seu pedido.

Eu estava de frente para a porta, e tive uma visão perfeita de quando ela entrou. Ela estava apressada, suas bochechas vermelhas evidenciavam sua pequena corrida. Seu rosto estava impecável, eu tiraria as olheiras se possível. Ela tinha roupas diferentes, uma calça ajustada em seu corpo e uma camisa de botões. Carregava mil coisas em suas mãos, eu vi um tablet e uma agenda. E ela tinha um sorriso. Um sorriso para mim. Eu sabia que eu também tinha um sorriso restritamente para ela.

Nunca acreditei em destino, acaso, essas coisas. Mas naquela instante eu agradeci ao destino, agradeci por ela ter entrado naquele elevador. A porta se fechou atrás dela, tinha muita gente e não seria educado engatar uma conversa ali, chegamos ao térreo rapidamente, as pessoas saíram apressadas.

“Ei, você!” Ela disse com um sorriso quente. “Coincidência te encontrar!”
“Pois é! Como você está?” Perguntei iniciando com perguntas fáceis.
“Melhor agora!” Ela disse ainda com seu sorriso bonito, seus olhos estavam intensos e sem brilho como na noite escura. Tinha sido um flerte delicado, e eu sorri em resposta.
“Hãn... Eu estou, tipo, muito atrasada para meu trabalho! Mas qual é seu nome e seu andar? Podemos conversar depois, preciso te agradecer direito!” Não tinha malícia em seu tom, ela estava sendo educada comigo.
Ela estava atrasada por isso pegou o mesmo elevador que eu, o destino estava sendo bondoso comigo. “Sem problemas.” Estendi minha mão para ela.
“Edward Cullen! Décimo sexto andar, apartamento 1608!” Sua mão na minha causou choques desconhecidos, porém intimamente reconfortante.
“Isabella Swan, prazer!” Ela disse soltando minha mão. “Preciso ir, a gente se vê!”

Antes de perguntar se aquilo era uma brincadeira ela já tinha corrido para fora do prédio. Meu corpo vacilou e minha boca secou de um jeito que nunca antes aconteceu.

Isabella Swan. Era ela. A víbora.

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