13 setembro 2015

FanFic Passado Distorcido - Capitulo 30 - All we need is love

 

Autora(o): Kelly Domingos - Whatsername no Nyah!
Gênero: Angst, Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Censura: +18 
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo


All we need is love


POV Edward


Alguns dias eram o suficiente para mudar toda uma vida. Mudar todas suas escolhas. E não tinha sido diferente comigo. Eu me sentia leve e culpado, a contradição era o que me deixava puto. Também tinha uma boa dose de frustração e raiva. Ainda era difícil assimilar tudo o que eu descobrira, eu sentia nojo em apenas me lembrar das palavras dele.

As duas cartas também vieram para Nova Iorque, eu não as mostraria a Bella. Aquilo seria demais para ela, eu ainda procurava uma maneira de contar-lhe tudo, mas, eu não poderia negar, eu sabia exatamente as reações que ela teria. Não seria um acesso de raiva. Ela teria nojo, repulsa, me acharia um monstro. Ela me acharia igual à Sebastian. E eu não poderia viver com aquilo. Eu não poderia ser igual a ele. Diferente dele, eu faria o impossível para ver Bella feliz.

Minha mente viajou para Bella em seu suéter vermelho. Ela não sabia o quão bonita era. Eu gostava de coincidências, encontrá-la naquele restaurante fizera meu coração vir à garganta e minha nuca suar. Eu também gostava do jeito que ela mexia comigo. Eu me sentia como um adolescente vivendo a primeira paixão. Embora eu não pertencesse mais àquela fase, Bella ainda era minha primeira em tudo. A primeira por quem me apaixonei, a primeira que me roubava sorrisos com uma facilidade descomunal. Meus sorrisos iam de graça para ela.
Ela tinha me dado um par de beijos e pedido para eu esquecer o passado. Era difícil esquecer algo que eu ainda remoía, mas eu faria aquilo por ela. Eu poderia esquecer tudo e começar de novo ao lado dela. Talvez não fosse tão difícil. E, se fosse, ela estaria comigo. E isto já tornaria tudo mais fácil.
Ficar fora tinha dado brecha para acontecimentos desnecessários. Otários, normalmente, não precisam ter seus nomes lembrados, mas eu já tinha gravado, era Carter. Um completo otário.

Ele queria Bella, eu via em cada ação dele. O maldito tinha colocado a porra da mão na coxa de Bella. Ele tinha tocado-a e aquilo foi o suficiente para eu querer capá-lo. Eu sentia raiva e outras coisas desconhecidas, mas tudo ficou melhor quando Bella enxotou a mão dele de seu corpo. Ela receberia meus agradecimentos.  Um fodido amigo do jornal. Ele parecia mais inteligente que eu, o que não era muito difícil. Talvez, com mais dinheiro. Meu Volvo parecia obsoleto perto da Mercedes. Dei um tapa em meu próprio rosto para encerrar aquele pensamento de derrotado. Bella me amava, isso era maior que qualquer outra merda. Não que o amor dela fosse uma merda. Enfim. E eu também a amava. Ela deveria saber daquela parte.

Encarei a tela de meu celular, ainda estava cedo para eu me arrumar. A sexta-feira estava menos fria. Era perto das sete, abri a pasta de mensagens e sorri para o meu último diálogo com Bella. Toda aquela coisa de cama tinha me feito imaginar cenas um tanto boas. Nós tínhamos trocado ligações e mensagens durante o dia, elas rondavam o que fizermos em nossos empregos. Eu praguejei para o nada quando ela respondeu indo tomar café com Carter, existiam outras mais fofas e algumas que fizeram Bella corar, com certeza. Antes de eu jogar o celular para o lado, vi o nome de Bella na tela e não pensei para atender.

“Oi!” Falei completamente enérgico.
“Oi, como você está?” A voz de Bella também parecia contente, embora eu sentisse uma pontada de ansiedade.
“Estava indo tomar banho, você já fez o meu jantar?” Perguntei rindo de minha própria escolha de palavras, ouvi um sorriso do outro lado da linha.
“Uh, será que podemos adiá-lo? Alice acabou de ligar dizendo que ela e Jazz estão vindo para cá.” Bella disse com certo pesar, eu realmente estava ansioso para vê-la.
“Está adiando nosso jantar ou minha visita?” Perguntei e sai do sofá.
Bella pareceu pensar, a ligação ficou muda. “Eu ficaria feliz em lhe ver esta noite, vai ser divertido comer e beber com Alice e Jazz, claro, se não for incomodo para você.”
“Por que seria incomodo?” Minha voz demonstrou toda minha curiosidade.
“Uh, o clima parece estranho entre Jasper e você.” Bella disse mais baixo, quase constrangida.

Eu soltei uma respiração pesada. Jasper ainda tinha sido camarada comigo, eu só tinha levado uma pequena lição de moral e não uma surra. Eu gostava daquilo nele, a proteção que ele tinha para com Bella. E eu merecia aquele comportamento. Ele já tinha avisado e apenas cumpriu. Eu tinha machucado Bella e ele tinha quebrado minha cara, embora a última não tivesse acontecido afetivamente.

“Bella, não se preocupe! Vai ser bom vê-lo!” Falei um pouco mais alto, eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, tudo voltaria ao normal entre mim e ele.
“Então tá, estou te esperando. Beijos.” Bella disse calmamente.
“Até, Bella.” Falei e desliguei logo em seguida. Eu não gostava de falar ao celular, o aparelho levava a conversa para um nível de impessoalidade incrível.

Antes de caminhar para o meu quarto, fui à cozinha averiguar o status do cãozinho, ainda era difícil chamá-lo por flip-flop. O nome era tosco e grande, talvez eu escolhesse apenas segunda parte do nome. O filhote, que cabia na palma de minha mão, dormia tranquilamente debaixo da mesa sobre minhas camisas velhas. Ele estava quentinho e alimentado. Depois de muito tentar, o fiz beber um pouco de leite. Flip-flop fez um barulho estranho perto de mim, ele acordou logo depois, eu ri sozinho quando ele ficou sobre as patas, buscando um pouco de equilíbrio.

“Ei, campeão!” Afaguei-lhe os pelos. “Eu preciso sair, comporte-se! Lembra de Bella? Então, eu vou encontrá-la!”

Eu fui ingênuo ao pensar que ele faria um sinal concordando, o cachorro apenas saiu em disparada pela casa. E o inferno começou. Ele já conhecia o caminho para o meu quarto, descobri que ele gostava do tapete que tinha lá. Flip-flop também gostava do tapete da sala. Eu iria retirar todos. Dedilhei meus cabelos, procurando uma solução para aquela hiperatividade. Primeiro, peguei-o em minhas mãos.

“Eu sei que você é um cão rebelde, mas eu vou te educar, sim? Existem áreas proibidas, e eu meu quarto é a primeira delas!” Eu não estava brigando com ele, só impondo limites.
“Olhe, você pode ficar com a cozinha, a lavanderia e com a sala. É muito espaço para um cachorro de seu tamanho!” Soltei-o na lavanderia, lá tinha jornal para ele fazer suas sujeiras. Eu teria que providenciar caixas de areia e casinhas, assim como ração e todas outras coisas que levariam meu dinheiro embora.
Eu fiquei feliz quando ele lambeu meu pé descalço. Seria um agradecimento?
“Por nada, flop!” Falei sorrindo, quando o olhei ele já não estava perto de mim. Ele brincava com minha camisa.

(...)


Olhei-me mais uma vez no espelho, decidi então fazer a barba. Espalhei um pouco de loção e passei o aparelho de barbear por meu rosto. Meus pés molhados deixaram marcas no chão, mas não me importei. Joguei para fora uma camisa e uma bermuda, sem usar qualquer tipo de critério. Era engraçado eu me arrumar para ver Bella, eu sorria para mim mesmo imaginado se ele iria gostar daquelas roupas. Encarei meu armário, eu sabia que eu precisava de roupas, mas eu tinha uma preguiça imensurável para comprá-las.

Eu poderia contar as exceções, minhas cuecas eram, na maioria, pretas e brancas. Existiam algumas vermelhas e duas azuis. Nada de estampas, listrinhas ou bolinhas. Elas estavam novas, mas não custava nada comprar algumas também.

Já vestido, voltei para o banheiro, molhando mais um pouco o chão. Meus cabelos pediam para serem cortados, os fios caiam sobre minha testa. Vi a caixinha com as lentes e lembrei-me de usá-las, os óculos ficariam para outra situação. Peguei minha chave e meu celular, conferi o que Flip-flop fazia. Coloquei mais leite na tigelinha improvisada. Fechei a porta de meu quarto por precaução. Pedi que, para quando eu voltasse, minha casa não estivesse uma bagunça. Ponderei sobre levar alguma coisa, um vinho, sei lá. Seria educado, mesmo se eu não o bebesse. Vasculhei o armário a procura de meu melhor vinho, peguei o único que tinha.

O elevador estava vazio, visto o horário. Eu não pensei antes de bater duas vezes contra a porta. Foquei no rótulo do vinho enquanto eu esperava para vê-la. A porta se abriu depois de um rangido chato. Eu ainda teria que aprender a controlar todas as reações que Bella causava em mim. Ela não só estava bonita, ela estava absurdamente bonita dentro daquela calça e camiseta.

“Você chegou cedo!” Bella disse com seu tom doce, eu não relutei em abraçá-la e deixar um beijo em sua bochecha.
Escorreguei minhas mãos por suas costas, eu gostava de descansar minhas mãos na base da coluna dela. “Eu trouxe vinho.”
Bella riu perto de meu rosto e traçou um caminho até meus lábios. “Isso vai contra as regras de sua mãe.”
O comentário me fez sorrir também. “Eu posso te embebedar, Bella!”
Ouvi mais um sorrisinho, Bella ergueu o rosto corado para mim. “Para depois se aproveitar de mim?”
Beijei-a superficialmente, puramente casto. “Hmm, não é uma má ideia!”
Ganhei um tapa de leve em meu braço, Bella estava completamente sorridente e com os olhos brilhando. Ela estava feliz. Encarei aquele par de olhos marrons, o brilho os deixava ainda mais encantadores. E não que eu fosse soberbo, mas eu sabia que aqueles olhos brilhavam por minha causa, em partes. Então, eu decidi continuar os fazendo brilhar.
“Alguma coisa errada comigo?” Bella tirou-me do transe, o tom ainda estava quente.
Afaguei-lhe a bochecha tingida de vermelho. “Tudo absolutamente certo com você!”

Entrelacei minha mão na dela, surpreendi-me quando vi Alice e Jasper sentados no sofá. Eu juro que não os tinha visto.
Jasper estendeu a mão para mim. “Como está, Edward?”
“Bem, e vocês?” Devolvi o aperto, fiquei aliviado quando vi menos frustração nos olhos de Jasper e Alice.
“Edward?” Bella me chamou ao meu lado, a voz fez meus pelos eriçarem.
“Oi?” Respondi baixinho, sorrindo.
“Quer me ajudar a terminar os aperitivos?” Ela disse sob os cílios, aquele olhar me persuadiria a fazer qualquer coisa.
“Vai ser engraçado!” Falei e segui os passos de Bella. Eu amava a combinação de pés descalços e quadril quebrado sem sutileza.



POV Bella


O cheiro de Edward ainda me causaria uma isquemia, isto era certo. Onde ele tinha aprendido ser tão, tão, irresistível? Ele era bom até picando queijo!  Eu o observei discretamente, às vezes, ele me pegava olhando. Nós dois riamos e voltávamos a atenção para nossas incumbências. As perguntas dançavam em minha cabeça, mas elas não seriam feitas essa noite. A presença de meu casal preferido atrapalhara meus planos. Pelo menos, Edward e Jasper não pareciam inimigos mortais, os dois iriam se entender a qualquer momento.

Era bom cozinhar com Edward ao meu lado, eu gostava dos pequenos empurrões que ele me dava com o quadril quando ele tinha que usar a pia. Ele era cuidadoso; mesmo não tendo habilidades notórias, Edward picava tudo do mesmo tamanho. Eu sorri para a pequena a tábua de frios que ele montou.

“Está tão ruim assim?” Ele perguntou meio ultrajado, Edward estava corando com uma facilidade imensa.
“Está encantadora!” Eu disse antes que ele entrasse em crise de inferioridade. “Você leva jeito!”
Edward estralou a língua. “Você é quem é a cozinheira aqui!”
Eu queria beijá-lo, ser lenta e fazer durar, mas me contive em apenas bicar os lábios finos. “O que quer beber?”

Edward não me respondeu, apenas levou a tábua para a sala, ele decidiu colocá-la sobre a mesa de centro. Gostei da escolha. Peguei os demais quitutes e segui para onde ele estava. Alice e Jasper estavam esparramados em meu sofá, ambos com uma garrafa de cerveja.
Alice puxou Jasper para sentar sobre o tapete, tinha algumas almofadas também. Eu tinha a leve sensação que os dois acabariam embriagados. Edward sentou encostado no sofá, eu apenas queria ficar perto dele. Talvez ele tivesse escutado meus pensamentos, pois Edward fez sinal para que eu me sentasse entre suas pernas, minhas costas contra o peito dele.

Conversar com pessoas alcoolizadas era engraçado. Jasper contava histórias desconexas enquanto Alice bebia sem intervalo entre um gole e outro. Eles teriam que dormir aqui, eu me culparia até a morte se colasse Jasper para dirigir. Edward ria alto atrás de mim, as mãos faziam um carinho bom em meus braços. Aquela posição era ingrata, era difícil fazer o mesmo nele. Deixei minhas mãos correrem pelas coxas de Edward, a princípio, sobre a bermuda. Senti o calor tomando conta de meu rosto quando decidi escorregar minha mão para dentro da bermuda. Eu odiava minha mente pervertida, perguntei-me qual parte de Edward não era dura, pois tudo nele era tonificado. A barriga, os braços, as coxas. Céus! Até a bunda de Edward era durinha!

Ele arfou baixo atrás de mim, o sinal que eu estava no caminho certo. As pontas de meus dedos continuaram em sua pele, Edward não era peludo. As panturrilhas eram cobertas por poucos pelos loiros, assim como as coxas. Desci meu olhar para os pés de Edward, os pés que eu tanto gostava. Eles também não tinham aqueles pelos nos dedos.

Sorrateiramente, meu cabelo foi colocado para o lado de meu pescoço. Eu suprimi um gemido baixinho quando senti os lábios de Edward brincando com minha nuca. O contato foi gelado por causa do suco que dividíamos. Era difícil prestar atenção em Alice quando se tem aquele tipo de provocação tão perto. Minha pele queimava a cada vez que Edward beijava a região, as mãos dele serpenteavam em minha cintura, eu daria tudo para elas migrarem para debaixo da camisa larga e velha. Eu estava amolecendo aos poucos, eu queria soltar alguns gemidos também, mas eu ainda tinha respeito por Alice e Jazz.

“Eu estou me lembrando de você bêbada, Bella.” Edward disse perto de minha orelha, a voz sussurrada vez meu corpo inteiro tremer, os choques nublavam meus pensamentos.
“Sério? Eu fiquei como Alice?” Perguntei debilmente, senti as mãos de Edward entrando por minha camisa. Ele explorou a pele que cobria minhas costelas e desceu até meu umbigo. Eu amava a porra daquelas mãos fortes. Edward sorriu atrás de mim, ainda perto de minha orelha. Antes ele beijou a parte de trás de minha cartilagem, não fora um beijo pudico, os lábios atrevidos sugaram a região, fazendo um barulhinho gostoso.
Senti um beijo abaixo de minha orelha, inclinei meu rosto para trás, eu precisava de um beijo de verdade. “Você ficou tão linda e gostosa!”
A fala veio carregada de desejo, criaram-se ondas de excitação em mim. Meus sentidos foram desconectados aos poucos, eu só me concentrava nos olhos brilhantes de Edward. Inclinei para beijá-lo, bufei quando ele desviou minimamente os lábios.
“Fazendo charminho para mim?” Perguntei e fui beijá-lo novamente. Segurei-lhe o queixo para evitar escapadelas.

Edward me deu uma piscadela de tirar o fôlego e me roubou um beijo. Ele me roubou a porra de um beijo! Foi repentino, senti os lábios amassando contra os meus. Ainda tinha alguma coisa gelada que me fez aprofundar. Quando nossas línguas se tocaram, o fogo ganhou força dentro de mim, as mãos de Edward rolaram para minhas costas, indo, perigosamente, para o sul. Minhas mãos trêmulas do caralho fizeram um trabalho jocoso no pescoço de Edward, mas o que importava mesmo era o beijo que estávamos trocando. Era intenso e quente e... E, inexplicavelmente, apaixonado. E eu queria que ele não acabasse tão cedo, por que eu, simples e desesperadamente, precisava sentir mais daquilo.

“Ei, tem crianças na sala!” A voz arrastada de Jasper me fez gemer contrariada.

Edward terminou nosso beijo de qualquer jeito, ele também parecia frustrado. Senti os dedos dele pastando sobre meus lábios, secando um pouco da umidade. Ganhei um sorriso bobo e um par de bochechas querendo corar. Eu o amava! Cada detalhe.
Olhei para Alice, ela me dava um sorriso retardado. Eles dormiriam a qualquer momento. Sai dos braços de Edward e levei o que nós tínhamos sujado para a cozinha. Eu ouvi passos atrás de mim.

“Desculpe por ter amigos inconvenientes!” Falei enquanto guardei os restos de mussarela de búfala na geladeira.
Edward riu e enlaçou minha cintura, ele pousou o queixo em meu ombro. “Sem pressa, lembra?”
Assenti apenas, eu sabia que falaria alguma coisa idiota. Era fácil perceber que Edward estava ansioso para discutir mil e um tópicos comigo. “Eu vou jogar Alice e Jasper no quarto, se quiser, podemos conversar depois.”
Dessa vez foi ele quem apenas movimentou a cabeça. “Precisa de ajuda com eles?”
Eu abri o quarto de Alice, tinha poeira, mas nada que não fosse superado por uma noite. Troquei os lençóis e fronhas. Alice dizia que não queria dormir e Jasper cantavaYellow Submarine. Eu lancei um olhar curioso para Edward quando ouvir o refrão ser cantado pela voz mais melodiosa que eu conhecia.
“Beatles! Quem não conhece?” Ele deu de ombros e continuou a cantar.
“Venha, eles se viram sozinhos!” Puxei Edward para fora do quarto, antes que eu trancasse a porta, Edward tirou meus pés do chão. Rosto com rosto.
“Feche os olhos e eu te beijarei!*” Edward disse perto de meus lábios, os olhos cravados nos meus.
Reconheci o trecho da música, Edward estava completamente musical aquela noite. “Essa é triste, Edward!”
“Eu estou absurdamente feliz agora, feche os olhos apenas.” A voz de Edward saiu baixinha, quase sussurrada. Nossos cílios batiam uns contra os outros.


Edward escovou os lábios contra os meus, meus olhos fechados seguraram as lágrimas. Eu queria chorar de felicidade, pois, naquele momento, aquele beijo estava me dizendo que Edward me amava. Ele sentia o mesmo que eu sentia por ele. Eu torci para que eu não estivesse errada.
Era delicado e puro, os lábios foram gentis sobre os meus. Não teve língua nem sons abafados. O silêncio imperava naquele apartamento, eu sentia meu coração batendo quase fora de meu corpo.
Fique quieto, coração! Não seja covarde!
O beijo doce terminou aos poucos, prendi meus olhos nos de Edward. O verde iria transbordar a qualquer momento, eu sabia exatamente o que ele sentia. Não esperei as palavras que eu tanto queria ouvir, apenas sorri verdadeiramente para ele. O sorriso fez Edward sorrir da mesma forma. E então ninguém disse nada.

Edward andou devagar até a sala, eu repetia os movimentos dele. Nós dois dividimos o sofá menor, Edward me pegou como um bebê em seu colo. Aproveitei a posição para afundar meu nariz no pescoço dele, eu inalei tudo que podia.

“Hoje só temos loção de barbear e desodorante.” Falei sem tirar meu rosto do lugar. “Sem suor.”
“Eu quero viver para sempre desse jeito com você, desculpe por tudo, baby!” Edward disse enquanto acariciava minhas costas sobre o tecido puído.
Suspirei baixinho, procurando as palavras. “Edward, vamos esquecer tudo. Esquecer as mágoas, as palavras que não deveriam ser ditas, eu juro, eu te perdôo por tudo, mas a culpa não é só sua.”
Edward riu meio debochado. “É única e exclusivamente minha!”
Levantei meu rosto para encará-lo. “Que seja então. Digamos que eu estou lhe dando uma segunda chance.”
“Eu vou fazer tudo diferente desta vez, acredite.” Ele disse segurando meu olhar e eu acreditei em cada palavra.
“Eu sei que vai, Edward. Posso ter perguntar o que você fez em Chicago?” Minha voz não saiu falha como imaginara.
Os olhos verdes chegaram a minha alma, nada era mais intenso que aquele olhar profundo. “Eu chorei por você, Bella!”
A declaração cheia de certeza fez meu corpo tremer de leve, a intensidade fez lágrimas idiotas escaparem. “Você me surpreende tanto, Edward!”
“Não chore, sim?” Edward beijou as lágrimas que nem chegaram ao meio de minha bochecha. “Eu pensei que eu iria perder você.”
“Por isso que você mudou tanto, só era o medo de me perder?” Perguntei e senti meu rosto queimando. As mãos de Edward estavam em minhas bochechas, era um toque estritamente afável.


Edward olhou para um ponto acima de minha cabeça. “Bella, eu sou um cara confuso, você já sabe dessa parte...” Ele me deu um sorriso fofo. “... Eu descontei tudo em você, eu não estava preparado para entender o que eu sentia, não queria ter te deixado aquela noite, mas eu precisava.” Agora, o semblante era um pouco dolorido, ainda assim, bonito.
“E ir para Chicago deixou tudo claro, jogou na minha o quão covarde, canalha e estúpido eu fui.” Edward disse um pouco mais alto.
“Promete nunca mais fazer isso? Deixar-me confusa, agir estranho comigo, promete?” Pedi baixinho, eu não me sentia idiota por aquilo, eu estava indo atrás das garantias. Eu não suportaria mais uma dose daquele comportamento estranho. Eu sabia que não.
“Eu vou te fazer feliz, Bella!” Edward disse firme, tudo transmitia uma certeza que eu nunca vira antes.

Eu concordei com a cabeça. Minha felicidade queria sair por meus poros. Edward e eu ficamos num olhar silencioso. Eu amava aquele brilho, a áurea leve que pairava sobre o homem que eu amava.
Mal senti aquele par de lábios indo de encontro aos meus. Beijamo-nos sem pressa, sem lasciva. Era um beijo calmo, mas meu corpo estava exatamente ao contrário. Era como se uma necessidade de ter Edward tomasse conta de mim.

Afaguei-lhe nos ombros, minha unhas o arranhavam de leve. Meu cabelo caiu também por meus ombros, Edward afagava minha nuca com certa pressão. Minha língua pediu passagem e a boca quente de Edward me recebeu prontamente. Eu poderia morrer sem ar, mas eu não deixaria de beijá-lo. Não tão cedo. Os toques estavam por toda a parte, as mãos passeavam por minha barriga e costas, desciam para minhas coxas e, às vezes, para minha bunda. Eu me surpreendia quando eu as sentia em meus braços, fazendo um caminho bom até meu pescoço. Era impossível Edward ter apenas duas mãos!

Eu gemi abafado quando os dentes de Edward pegaram meu lábio, subi minhas mãos para os cabelos revoltos, segurei as mechas em meus dedos. Abri meus olhos para encontrar os de Edward também abertos. A visão tirou minha sanidade. Ele tinha o rosto corado de excitação, os dentes ainda prendiam meu lábio, as mãos estavam firmes em minha cintura. Eu poderia chegar ao céu apenas admirando aquela imagem. Eu precisava de Edward, eu o queria dentro de mim me dando tudo que podia. Eu puxei a camisa pólo de qualquer jeito, nós sorrimos quando percebemos a velocidade de meu ato. Ele fez o mesmo, minha camisa caiu no chão quatro segundos mais tarde.

O par de olhos parou sem discrição em meus peitos cobertos pelo sutiã preto. Minha excitação foi a níveis desconhecidos quando o mesmo par de olhos subiu para os olhos. Edward não desviou o olhar, eu o fiz apenas para beijá-lo. Ninguém foi delicado, nós queríamos muito aquilo. Arqueei meu corpo quando as mãos se dedicaram os meus seios. Edward fazia tudo sobre aquele estúpido tecido, ele massageou usando a força e pressão que eu gostava. Do jeito que me fazia gemer e pedir por mais.
Quando meu gemido saiu muito alto, Edward me calou um beijo indescritível de tão gostoso. Ele continuou a me estimular, esfreguei minhas pernas, minha situação era lastimável, talvez eu fizesse poças de excitação no sofá.


“Bella...” Edward disse abafando quando ele puxou meu quadril para o dele.
Aquilo era demais para mim, senti a ereção de Edward cutucando minha virilha, enlacei minhas pernas no quadril dele e fiquei imensamente feliz quando Edward nos levou para o quarto.
Eu sorri debilmente quando ele pegou nossas camisas no chão. “Não quer deixar rastros?”
Ele também sorriu. “Cale a boca, Bella!”
Então Edward ficava nervosinho quando com tesão? Eu poderia usar aquilo ao meu favor. Seria em outra noite, pois nesta eu não estava a fim de enrolar nenhum pouco.
Eu amava estar daquele jeito no corpo de Edward, nossos centros quentes e pulsantes sendo separado dois jeans Calvin Klein. Nós precisávamos tirar aquelas malditas calças de nosso caminho. Ele não tinha dificuldades em andar e em me carregar. Edward dava passos rápidos e eu o beijava no pescoço e ombros, o resultado era uma ereção rígida entre nossos corpos. Quando passamos pelo quarto de Alice, Edward me olhou e eu suspirei baixinho.

“Merda!” Ralhei contra o rosto de Edward. Eu não sentia confortável em gemer como uma louca sabendo que meus amigos dormiam ao lado. E eu sabia que eu não conseguia esconder meus berros.

Edward abriu a porta de meu quarto, fechou-a e me beijou sem piedade. A língua explorando cada pedaço da minha. Eu estava amolecendo aos poucos, mas sabia que não daria para irmos muito longe aquela noite. O rosto de Edward me dizia que ele também estava puto com a situação, ele se sentou na cama. Fiz menção para sair de cima dele, mas fui impedida.

“Eu quero ficar assim para sempre com você.” Edward beijou minha clavícula e correu as mãos por minhas coxas. “Você envolta de mim.”
Eu procurei os olhos dele, pedi desculpas silenciosamente pela situação, que ele entendesse que seria uma droga se fossemos mais adiante.
Edward abriu um sorriso doce para mim. “A gente não precisa fazer isto agora.”
“Obrigada por ler meus pensamentos.” Falei e beijei-lhe a bochecha. “Desculpe, sim?”
Ele sorriu como um anjo. “Tem algo que eu preciso fazer.”
Olhei para Edward, meio confusa. Ele segurou meu olhar e ergueu o meu queixo. Não era como se sentir vulnerável, mas eu sentia Edward analisando cada detalhe de minha alma.
“Bella, eu amo suas bochechas coradas, seu cabelo desalinhado, seus sorrisos, cada parte de você.” A voz parecia de anjo, doce como favo de mel.
“Eu quero você para mim, menina! Acordar com você, secar suas lágrimas, aguentar seus surtos, viajar o país com você no meu carro fodido.” Edward intercalava sorrisos fofos e respirações rápidas. Eu ainda estava no estágio inicial. Apenas procurando as palavras.
Edward afagou minha bochecha, toque leve como pluma. “Eu sou enrolador do caralho, mas, eu amo você, Bella!”

Era a reação mais óbvia, mas foi a única que consegui esboçar. Eu o beijei. Como uma menina apaixonada pelo cara mais perfeito do mundo. Eu não era uma menina e Edward não era perfeito, mas tudo estava perfeitamente no lugar. O beijo foi aceito de bom grado por Edward. O contato foi estritamente apaixonado.

“Você já sabe como eu me sinto, certo?” Perguntei-lhe sobre os lábios.
“Uhum! Você me ama também. Obrigado por fazer este sacrifício.” Ele disse sorrindo e deixando selinhos em meus lábios.
Antes que tudo voltasse a esquentar, Edward me tirou de seu colo. Era um desperdício ver aquela ereção e não poder aproveitá-la. “Quer um banho?”
Edward deu de ombros e sorriu para própria excitação. “Eu sou acostumado!”
“Você vai ficar aqui, né?” Perguntei por perguntar, eu não aceitaria uma resposta negativa.
“O lado direito é meu, sim?” Ele me deu uma piscadela, Edward deveria controlar sua fonte de charme.
Eu sorri feito boba para ele. Decidi por um banho, eu precisava de água fria. Vi Edward se deitando em minha cama, antes ele alinhou os chinelos e dobrou nossas camisas.
TOC? Será?


O banho não demorou muito, ainda no banheiro praguejei meio mundo por não ter nada muito bonito para dormir. Só havia meus pijamas de algodão, Edward já conhecia todos. Calcinha e sutiã pareciam, sei lá, seria pele demais a mostra. Eu teria que comprar camisolas, eu até poderia me arriscar nas transparências e babados. Sai ainda de toalha do banheiro, eu teria que revirar aquele armário à procura de alguma coisa.

“Querendo deixar minha situação pior, Bella?” Edward disse sem tirar os olhos de minhas coxas quase despidas.

Ignorei o comentário e abri as portas do armário. Peguei uma calcinha e deixei o sutiã no mesmo lugar, era um porre ter que dormir com ele. Saquei também um vestidinho cinza de algodão. Ele parecia bom para dormir. Vesti tudo rapidamente, soltei meus cabelos, não passei hidratante nas pernas e cai ao lado de Edward na cama.

“Você tem noção que acabou de se trocar na minha frente?” Ele perguntou depois passar minhas pernas sobre as dele.
“Você gosta?” Perguntei e, para variar, meu rosto ficou rubro.
“Se eu gosto? Bella, você é tão gostosa!” Ele disse e, para minha completa felicidade e estranheza, ele corou divinamente.
Abracei-lhe a cintura. “Eu prometo comprar coisas legais para dormir, tá?”
“Eu vou tirar tudo do mesmo jeito, seja um moletom ou a menor calcinha do mundo!” Edward falou sorrindo, sua mão também foi para a minha cintura.
“Isso soa muito seguro de si.” Falei apenas para atiçá-lo.
“Eu não costumo ser muito convencido, mas quando eu sou é porque eu tenho todos os motivos para fazê-lo.” A fala veio carregada de arrogância e prepotência. E aquilo era afrodisíaco. Porra.
As mãos de Edward subiram por meu lado, esbarrando sem querer querendo na lateral de meu peito. “Sem sutiã?”
Senti uma apalpada de leve, os dedos fizeram todo o contorno. “Dói dormir com sutiã.”
“Você os usava quando estava em minha casa.” Edward agora o massageou com a palma da mão, soltei um gemido rendido.
“Oras, é claro, eu dividia a cama com você, seria estranho você ver meus peitos esparramados pela cama.” Falei e o olhei.
“Eu iria gostar! Eles são durinhos, não ficam esparramados!” Edward apertou de novo e eu tirei aquela mão de mim, aquilo só estava me deixando mais quente.
Bati minha mão no abajur e me aconcheguei ainda mais no corpo de Edward. “Boa noite.”
Senti cada pedaço daquele corpo contra o meu, a ereção ainda persistia. “Boa noite, amo você!”
A última frase me fez sorrir sozinha contra o peito de Edward. “Eu te amo, Edward.”
O sono demorou a vir, Edward também estava acordado, a respiração alta era o sinal. “Sem sono?”
“Eu deixei Flip sozinho.” Ele disse meio pensativo.
“Quem é esse?” Perguntei completamente perdida.
Ele riu no quarto escuro. “Meu cachorro, oras! Flip-flop!”
Também sorri. “Resolveu ser esse nome mesmo?”
“Acho que ele também gosta, ele é um bom cão.” Edward pegou uma mecha de meus cabelos, ele brincou de enrolá-la nos dedos.
“Bom dono, bom cão.” Falei e bocejei. Antes de dormi, ouvi Edward rindo baixinho e me cobrindo com a colcha.
O pesadelo veio com força total, eu apenas ouvi as palavras doces de Edward e senti os dedos secando minhas lágrimas. Ele era meu paliativo. O sono fora calmo e colorido depois.


(...)

Eu tinha uma visão privilegiada. O rosto de Edward estava pacifico e amassado, ele parecia já desperto.
“Bom dia?” Falei baixinho, minha voz saiu cortada. Era difícil acreditar que aquilo era verdade, que nós estávamos tão próximos e bem.
“Bom dia.” Edward disse roucamente, ainda com os olhos cerrados.
Subi para beijá-lo, deixei beijos castos na mandíbula quadrada e enrolei os cabelos com meus dedos. Quase como um raio, Edward virou o rosto.
“Fique longe me minha boca, para o seu próprio bem!” Ele disse sorrindo, eu não me preocupava muito com o hálito matinal de Edward.
Ignorei os lábios e beijei-lhe nas bochechas. “Não vai abrir os olhos?”
Edward deixou escapar mais um sorriso pequeno. “As lentes saíram do lugar, estou esperando elas voltarem!”
Também sorri, Edward deitou minha cabeça em seu peito nu, minhas mãos pastaram pelo abdômen definido, meus dedos correram pelo cós da bermuda jeans.
“Não sei como você consegue dormir de jeans!” Falei e aproveitei para correr meu polegar na região baixa da barriga dele.
Ouvi um arfado baixo, a mão de Edward pegou a minha. “Não brinque desse jeito comigo, baby.”
Sorri em resposta, ergui meu rosto e encontrei Edward de olhos abertos, as lentes pareciam no lugar, embora eu visse um pouco de irritação nos olhos verdes, agora, com os cantos vermelhos.
“Tudo bem com os olhos?” Perguntei e beijei-lhe o pescoço. Eu tinha forte inclinação pelo cheiro que provinha dali.
“Tudo embaçado, mas acho que vou conseguir andar sem tropeçar em nada.” Ele disse e afagou meus cabelos. Eu não queria levantar, mesmo sendo mais de nove da manhã. Alice e Jasper já teriam ido embora.
Pousei minha cabeça novamente no peitoral de Edward. Observei as pintinhas e as cicatrizes, pequeninas e claras. Elas se espalhavam também pelos ombros.
“Eu gosto delas.” Falei depois de muito observar, tracei algumas com as pontas dos dedos.
“Não dão um ar meio disforme, não?” Edward perguntou baixo, as mãos afundaram em meus cabelos, ele desfez os pequenos nós.
“Nada fica feio em você, Edward!” Eu corei sem motivos pela fala, preferi não olhá-lo nos olhos.

O silêncio confortável preencheu o quarto, nossas pernas estavam entrelaçadas e os pêlos de meu corpo se eriçavam quando qualquer parte de Edward encostava-se a mim. Meu vestido curto tinha subido, revelando a curva de meu bumbum. Edward não me deixou abaixá-lo.
O carinho continuou em meu cabelo, eu poderia dormir novamente daquele jeito. Relaxei meus membros e me deleitei com aquele afago, meus dedos fizeram uma linha na parte de dentro do braço de Edward.

“Bella?” Edward chamou com uma entonação diferente, ansiosa talvez.
“Hum?” Monossilabei minha resposta.
“Uh, quer namorar comigo?” A pergunta saiu calma, embora eu sentisse um pouco de apreensão.
Eu pisquei e abri e fechei a boca algumas vezes, completamente surpresa. Meus olhos queimaram, mas não permiti que lágrimas idiotas estragassem o momento. Eu ainda buscava a palavra ideal.
Senti Edward se movendo abaixo de mim. “Não precisa falar agora, talvez eu esteja indo rápido, mas eu, realmente, quero ter você eu meu lado.”
“Eu quero, Edward!” Falei antes que ele prolongasse aquele discurso infundado.
“Sério?” Ele disse estupefato.
“Eu nunca estive mais certa.” Subi meus olhos para os dele. O verde era límpido e brilhante.
Edward me puxou para ficarmos face a face. “Eu amo você, Bella.”
Aquela declaração ainda me pegava desprevenida, eu suspirei e percebi o quão certo era nós dois juntos. “Eu também, Edward. Muito.”

Ele apenas roçou os lábios nos meus, era óbvio, nós tínhamos acabado de acordar e nossas bocas estavam ressecadas e com um gosto intragável. Ninguém ousou aprofundar.
Sorrimos em sintonia pela situação, Edward sentou-se e me puxou para seu colo. “Eu preciso ir.”
Bufei sem ser discreta. “Precisa mesmo?”
Edward afagou meu rosto, ele deixava beijos perto de meus olhos. “Trocar de roupas, escovar os dentes, comprar comida para o cachorro...”
“Quer tomar café comigo?” Pedi também fazendo o mesmo carinho nele.
“Parece ótimo!” Ele disse e nos levantou, fui colocada delicadamente de pé no chão. “Preciso ir ao banheiro.”

Deixei que Edward usasse o banheiro, sai do quarto e caminhei para a cozinha. Encontrei o bilhete de Alice em cima da mesa, dizendo que ela me ligaria mais tarde. Peguei tudo para fazer um café escuro, aproveitei para preparar torradas também. Edward apareceu minutos mais tarde, com o rosto lavado e camisa no corpo. “Tudo tem um cheiro tão bom.”
Sorri para as palavras, Edward afagou minha cintura e salpicou beijou por meu pescoço. O frescor bateu contra a pele atrás de minha orelha. “Usei um pouco de seu enxaguante, sim?”
“Seu hálito está me deixando com vontade.” Falei e me virei para ele, Edward também parecia ter as mesmas vontades que eu.

Ele me enlaçou pela cintura, as mãos ficaram firmes e possessivas. Edward me olhou de um jeito que me fez parecer estar nua, eu gostava daquilo. Senti a urgência tomando conta de nossos corpos e o beijo não foi diferente, apenas urgente. Minha língua bateu contra a de Edward, causando pequenos choques em mim. Minhas mãos subiram e desceram pelas costas largas, eu gemi rendida quando Edward subiu a barra do vestido simples e curto. Eu sabia que ele só estava brincando, se bem que eu cogitava ideia de ser possuída na mesa de minha cozinha. Enlacei minhas pernas no quadril de Edward, fiquei realizada quando senti uma ereção tímida.

“Você vai ser a minha morte!” Edward disse pertinho de minha orelha.
“Você não parece querer mudar isto.” Falei contra o pescoço longo e claro.
Edward sorriu baixinho, as lufadas de ar fizeram cócegas. “Parece ótimo morrer desse jeito.”
Beijei-o mais uma vez e baguncei os cabelos já desarrumados. “Fiz café para gente.”

Sentamos-nos nas cadeiras, Edward arrastou a dele para ficar mais próximo a mim. Comemos em silêncio, logo as torradas acabaram. Mesmo relutando, não consegui impedir que Edward lavasse as louças.
Edward intercalou olhares entre mim e o relógio. “É melhor eu ir.”
Eu assenti frustrada, mas sabia que ele não ficaria o dia inteiro comigo. “Indo cuidar de seu filhote?”
Ganhei uma risada gostosa. “Vou sair para comprar todas aquelas coisa de cachorro.” Edward pareceu pensar. “Por que você não vem comigo?”
Encarei-o por um breve instante e ponderei. Era sábado, nada de muito legal para se fazer, seria divertido fazer um programa de índio com o meu namorado.
“Passe aqui depois do almoço, sim?” Propus e o beijei mais e mais.
“Você vai sair com dois cachorros?” Edward disse sobre os meus lábios, sorrindo.
“Eu me pergunto quem é o mais sem pedigree!” Sorri para ele também.
Edward caminhou até a porta, antes, ele pegou o celular no sofá. “Vejo você daqui a pouco, então.”
Apenas sorri e acenei com a cabeça, fechei a porta rapidamente, pois nada pior que vizinhos me vendo dentro de trajes curtos. Cai no sofá, sorrindo sozinha. Era difícil encontrar alguém mais feliz que eu, tombei minha cabeça para trás. Pensei em nada especificamente.

Caminhei para o meu quarto, notei que Edward tinha arrumado a cama, embora a colcha estivesse torta. Deixei daquele jeito mesmo, dava um ar masculino ao meu quarto. Peguei um par de roupas e segui para o banheiro, eu ainda me perguntava como Edward não se assustava com meu rosto pela manhã. Encarei o espelho, o que me chamou atenção não foi meu cabelo amassado. Fora a notinha escrita com um batom que eu nunca usei.

O primeiro dos muitos dias que acordarei ao seu lado. Obrigado por existir, Bella. Eu amo você!

Nada poderia ser mais doce que aquilo, pisquei extasiada. Reli as palavras simples que fizeram meu coração bater descompassado. Imaginei Edward as escrevendo. Eu poderia imaginar perfeitamente o sorriso manso e os olhos brilhando. Eu nunca esperaria aquela atitude vindo dele, mas fiquei feliz por ele sempre me surpreender. Só ele tinha aquele sobre mim.


Estou amando pela primeira vez
Você não sabe que vai durar?
É um amor que dura para sempre
É um amor sem passado

Don’t let me down – The Beatles


Continua..

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