21 setembro 2013

FanFic: Destinados Ao Amor - Capítulo 2

Destinados Ao Amor

Autora(o): Paula Halle
Gênero: Romance, Comédia, Fantasia, Hentai, Universo Alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo

**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria 
para menores de 18 anos.**

Capítulo 2 -  Era isso, só espero que funcione. 


Seu lema gritou em minha mente. Mas amanhã será melhor. É basicamente o lema aqui. Espero que o lema se realize e minha próxima carta seja melhor. 
Mas se eu mandasse a carta de volta, amanhã não seria melhor, talvez nunca mais fosse.

– Mocinha, pode me atender? – uma senhora chamou, e dei um sorriso de desculpas.
– Claro o que deseja? – ela sorriu e enquanto ela fazia seu pedido eu percebi o que eu tinha que fazer.

“Oi, eu estou bem, sentindo sua falta também.

Estou triste pelas coisas não estarem indo tão bem. Mas elas sempre melhoram, não imediatamente, mas uma hora melhoram, é praticamente um fato da vida, você deve saber não é? Afinal é uma regra isso, você não sabia, esta escrito em algum lugar, eu acho. Vou tentar procurar e te mostrar.


Claro que há um nós, eu desejo que há. Não sei se isso é errado, eu não me importo eu gostaria de esperar por você, sua estada ai não durara para sempre eu espero, e quando acabar podemos continuar de onde paramos.
Você gostaria disso?
Eu sei que eu gostaria.
Dois anos passam voando, ainda mais quando você esta lutando por uma causa nobre, esse deve ser seu motivo para continuar, e eu claro. Mas mais o seu país é sempre bom lutar por algo nobre.
Quantas pessoas você vê lutando por algo assim?
Ainda mais nos dias de hoje, achamos que reciclando uma latinha de refrigerante e já estamos salvando o mundo, mas jogamos o papel em qualquer lixo sem se importar com o meio ambiente.
Mas você está fazendo algo importante, algo grande e maravilhoso, lutando por algo que acredita, te admiro por isso. Muito mesmo.
Você sonhou mesmo comigo? Isso é incrível eu sonho com você também, sempre. Assim nunca esqueço de você e de como nos conhecemos.
Foi louco aquele dia né, mas eu gostei, gostei de cada momentos que passamos juntos. Também me sentia bem com você, especial, você me faz sentir especial.

Não seja negativo, você está ai e eu aqui, mas isso não importa temos as cartas, e é nisso que você deve se concentrar. Não se distraia, você tem que sobreviver, eu quero, eu preciso que você sobreviva para mim.
Fico feliz que você tenha palavra, pois eu quero que você cumpra tudo que prometeu para mim, e estarei aqui esperando você voltar. Sei que seu pai também esta esperando. Ele com certeza deve ser muito orgulhoso de você também, quem não estaria.
Fico triste que você se sinta assim sobre ele. Mas se você quiser conversar, eu estou aqui, você pode falar qualquer coisa comigo, eu sempre estarei aqui.
Eu gostei da sua carta, eu gostei das suas palavras, eu gostei de conhecer você. E eu quero conhecer mais e mais. E não se preocupe as coisas vão ser melhor, elas sempre são melhor no dia seguinte, e sei que as coisas são melhores desde que te conheci.

Com amor Ângela. 

Fiz uma careta ao assinar a carta. Eu queria assinar meu nome. Mas ele com certeza estranharia. Reli as mentiras que escrevi me sentindo um pouco desconfortável. Essa carta não era pra mim, era pra outra, mas a outra não se importava eu sim.

Sem pensar mais, pois se pensasse eu desistia, eu dobrei a carta colocando no envelope que havia comprado quando sai do café. Rabisquei o endereço que havia em sua primeira carta e o de Ângela... quer dizer o meu e coloquei os selos, logo cedo eu mandaria.
Deixei a carta sobre a mesa e fui tomar um banho para dormir, tinha uma aula logo no primeiro período da manhã. Entrei no banheiro enrolada na minha toalha, indo para o boxe joguei a toalha sobre ele e liguei o chuveiro deixando a água morna. Tomei um banho rápido sem lavar o cabelo o deixei preso em um coque frouxo.
Depois de me lavar enrolei a toalha em volta do corpo e voltei para o quarto, peguei minha calça de flanela e a camiseta branca de sempre, levei a toalha a pequena lavanderia a jogando na maquina de lavar. Amanhã cuidaria da roupa suja.
Voltei para o quarto me aconchegando nos lençóis, assim que coloquei a cabeça no travesseiro adormeci.

Quando o celular despertou as 7h eu estava um caco, dormi mal, pesadelos bizarros e confusos. Guerra, um soldado chorando e a Hanna Montana cantando. É vou parar de ver filmes do Nicholas Sparks, pelo menos até eu arrumar um namorado.
Me levantei indo até o banheiro, lavei o rosto escovando os dentes em seguida, fiz xixi e voltei para o quarto, escolhi uma calça jeans e uma camiseta preta no closet me vestindo rapidamente, penteei os cabelos e fiz um rabo-de-cavalo frouxo, e estava pronta.
Vesti meus tênis, e parei na cozinha para tomar um café, mas não tem café, e nem to com tempo de fazer. Pegaria algo no trabalho, fui até o armário pegando uma barra de granola, e comecei a comer enquanto pegava minha mochila e a carta.
Sai de casa ignorando o elevador, indo para as escadas, ao chegar ao térreo fui para a rua e antes de ir à faculdade fui ao correio postar minha carta.

[...]

– Vamos Bella, você precisa sair. – Rosie resmungou em frente ao balcão enquanto eu lavava uma xícara.
– Eu não sei Rosie. – ela grunhiu.
– Você pode verificar as cartas quando chegar. – corei, como ela sabia que era por isso que eu não queria ir.
– Eu...
– Não se faça de boba Swan, eu sei muito bem que é por isso que não quer ir. – bufei enquanto secava as mãos.
– Eu não quero ir a uma boate Rosie. – murmurei por fim, e a vi rolando os olhos.
– Deixe de ser chata Bella, vai ser divertido. Vamos dançar, beber, encontrar um cara para fodê-la até o esquecimento.
– Como é? – minha cara devia estar em chamas, olhei para os lados e suspirei de alivio por não ter clientes.
– Você me ouviu meu bem. Você precisa de um homem gostoso para lhe dar um bom tempo.
– Eu não.
– Você sim. Já faz mais de um ano que terminou com Mike.
– Eu sei.
– E isso significa que a mais de um ano você não transa.
– Eu sei. – resmunguei dessa vez e ela riu.
– Então vamos sair hoje à noite.

– Argh inferno! Ta eu vou, mas nada de ficar me empurrando pra caras, ou amigos dos caras que estão babando em você. – ela riu.
– Fechado. Estarei no meu melhor comportamento.
– Hey Bells, abre a porta aqui pra mim. – Emmett gritou do deposito e corri a abrir a porta, ele apareceu segurando duas caixas enormes.
– O que é isso?
– Copos novos. Acabaram de chegar. – ele colocou as caixas sobre o balcão e sorriu ao ver Rosie, ela estava vermelha e com a boca aberta, seu comportamento usual quando via Emmett.
– Vou começar a guardá-los. – murmurei já abrindo as caixas, o vi piscar e se inclinar no balcão para Rosie, que engasgou e seus olhos ficaram maiores.
– Olá coisa linda. – Rosie riu nervosamente torcendo as mãos.
– O-oi Emmett, você está... er bonito hoje. Não que você não estivesse sempre, quer dizer... – tentei segurar o riso, mas era impossível e dei uma tossida pra disfarçar, Rosie apaixonada era hilário.
Parecia uma adolescente tímida, e não minha amiga linda e decidida.

Ambos olharam pra mim e sorri pedindo desculpas. Rosie estreitou os olhos e sorri, ela se voltou para Emmett que já a olhava novamente.
– Você está linda também Rosalie. – ela riu novamente corando loucamente.
– Obrigada. Eu... er... eu já vou. Nos vemos mais tarde Bella. – falou já saindo enquanto me olhava esperando uma resposta.
– Claro, claro.
– Foi bom vê-la Rosalie. – Emmett chamou piscando e ela bateu o quadril em uma mesa, se possível ela ficou mais vermelha.
– Sim... foi bom te ver também. – resmungou esfregando o quadril e correu pra fora, assim que ela estava longe dei um tapa na nuca de Emmett.

– Hey! Isso é jeito de tratar o seu chefe?
– É quando ele age como um idiota. – ele riu.
– Vamos lá Bells, eu adoro provocá-la. – dei outro tapa nele.
– Você é podre.
– Hey Rosie não acha isso.
– Emmett, por favor, Rosalie realmente gosta de você.
– Eu sei Bells, mas ela fica tão envergonhada quando está perto de mim que eu não resisto a provocá-la.
– Percebi. Mas se continuar com isso, um cara mais esperto vai roubá-la de você antes que você tenha uma chance. – ele arregalou os olhos.
– O que? Ela está saindo com alguém? Quem? – arquei uma sobrancelha e ele pigarreou. – Então, eu tenho concorrência?
– Não idiota. Mas se não correr atrás você vai. Afinal você já olhou Rosie, ela chama muita atenção.
– E como. – murmurou sonhador e imaginei que devia estar pensando na bunda dela ou nos seios.
Homens!

O resto do expediente passou rapidamente. Já era seis e meia, quando Emmett fechou o café e nos despedimos. Caminhei para casa pensando no cabo E. A. Masen. Será que ele recebeu a carta? Será que ele acreditou que era de Ângela? Comecei a mastigar a ponta do polegar imaginando o que ele faria se percebesse que a carta não é de Ângela?

Oh meu Deus, ele vai me mandar me prender, sabia que não devia ter lido a carta. Já estava mastigando meu lábio furiosamente quando cheguei ao apartamento e olhei onde ficava as cartas. Já fazia umas duas semanas desde que enviei a carta e olhava todos os dias e nenhuma resposta. E eu ainda precisava me arrumar antes de me encontrar com Rosie, dei um passo em direção as caixas de correio, mas meu celular tocando me parou. Grunhiu, enfiei a mão na bolsa tentando achá-lo, quando o peguei atendi.

– Alô?
– Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus... – Rosie guinchava.
– Rosie?
– Bella você não vai acreditar?
– O que?
– Emmett me convidou pra dançar com ele. – sorri indo até os degraus da escada e me sentei.
– Que incrível Rosie.
– Eu sei. Eu sei, oh meu Deus, o que eu vou fazer? Eu vou ao encontro Emmett. O que eu vou vestir? E se ele não gostar de mim, e se ele me odiar?
– Rosie se acalma. Com certeza vai dar tudo certo.
– Você acha? – sorri ouvindo o nervosismo em sua voz, ela realmente gostava de Emmett, ainda bem que ele parou de ser um idiota e tomou uma atitude.
– Absoluta. Agora se acalme e lembre-se do mais importante.
– O que?
– Seja você mesma. – ela riu nervosamente.
– Quer que eu gagueje e fique trombado nas coisas? – ri.
– Não sua boba, seja a Rosalie que eu amo, confiante, sexy e cheia de atitude. E se ele não for um cavalheiro, faça o que fez com o Royce.
– Chutá-lo nas bolas?
– Exatamente. – ela riu.
– Eu não sei se poderia fazer isso com Emmett.
– Gosta mesmo dele em.
– Muito. Há merda, eu esqueci completamente.

– O que?
– Que íamos sair. Me desculpe Bella, eu fiquei tão animada com o convite de Emmett, que me fugiu da mente. Eu vou ligar para ele para cancelar.
– Não se atreva Rosalie Lilian Hale.
– Mas Bella...
– Não. É sua chance de sair com o cara dos seus sonhos. Eu não queria ir a boate mesmo. – ela bufou.
– Você só está usando meu encontro como desculpas.
– Talvez. – ela riu.
– Você não presta Swan.
– Não vamos começar com a baixaria. Vá se arrumar e tenha um grande encontro.
– Obrigada Bella, amanhã eu te ligo.
– Ok, quero todos os detalhes.
– Certo. Se eu não fizer uma idiota de mim mesma.
– Não seja boba Rosie, ele vai se apaixonar por você.
– Cruzando os dedos das mãos e dos pés. – ri.
– Cruzando também.

Nos despedimos e me levantei já ia me virar para subir a escada quando lembrei das cartas. Respirando fundo fui ver se tinha alguma carta. Usei a chave para abrir a caixa e respirando fundo a abri e meu coração quase saiu pela boca ao ver uma carta.

– Oh Deus! – peguei com a mão trêmula, olhando o nome do remetente, não sabia se estava nervosa ou aliviada ao ver E. A. Masen escrito no papel pardo.
Sentei no chão e rapidamente rasguei o envelope aberto e retirei o papel desdobrando e lendo as palavras dele.

Quem é você?
Eu sei que você não é Ângela.
Mas eu sei que quando chamaram meu nome dizendo que eu tinha uma carta eu senti um pouco de esperança. Ok primeiro confusão, depois esperança e por fim surpresa.
É errado dizer que estou feliz que você não seja Ângela?

Não que eu não gostava de Ângela, eu gostei por um tempo, mas Ângela e eu não tínhamos muito haver, eu percebi isso e ela também. Mas ainda sim eu gosto de escrever, e eu precisava mandar pra alguém, e ela disse que eu podia. Eu esperava que um dia ela me respondesse, mas nunca aconteceu.
E agora você me escreve.
Por quê?
O que te fez escrever?
Foi pena desse pobre soldado?
Se foi, eu não quero sua pena.

Mas se foi algo... algo como uma necessidade de ajudar alguém a se sentir melhor, eu gostaria de receber mais cartas. Receber uma carta aqui é muito bom, quem diria que algumas palavras de conforto podem fazer tanta diferença, mas elas fazem, fazem para muitos homens aqui. Diabos elas fazem para mim.
Suas palavras fazem diferença pra mim.
Qual seu nome, eu preciso de um nome pra poder dizer que você fez diferença no meu dia a dia. Que você senhorita sem nome, me fez ter esperança de que existe alguém ai fora que se importa comigo. De que eu possa ter um amigo, um amigo que está a milhares e milhares quilômetros de distancia.
Mas que não se importa com isso, por que eu não me importo.
Eu tenho amigos aqui, bons amigos, homens e mulheres que eu confio com a minha vida. Assim como eles confiam em mim. Mas eles são como eu, às vezes sem esperança, sozinhos, fechados em si mesmo. E falar com alguém de fora, alguém que não está tão desiludido como muitos aqui é muito bom.
Falar com você seria muito bom.

Você vai me escrever de novo? Mesmo por pena, acho que no fundo eu não me importaria se esse fosse o motivo, eu só gostaria de ter alguém com quem falar. Você vai ser esse alguém senhorita misteriosa?

Atenciosamente Cabo E. A. Masen.


Por algum motivo tinha lagrimas nos meus olhos quando acabei de ler. Ele soube que eu não era Ângela, mas ainda sim ele queria mais cartas minhas. De mim, meu coração se apertou pensando em suas palavras. Na sua necessidade de falar com alguém, e eu seria esse alguém. Eu escreveria para ele, enquanto ele quisesse eu escreveria cartas atrás de cartas.
Voltei a reler a carta me deleitando em suas palavras, na sua necessidade de falar comigo, eu, Bella Swan. De me conhecer, não Ângela, eu.

Sorrindo como boba, me levantei juntando as minhas coisas e correndo para cima. Eu iria responder sua carta imediatamente, entrei no apartamento, trancando a porta, deixei minha bolsa no chão e fui até a mesa deixando a carta dele e corri a pegar papel e caneta. Voltei sentando e comecei a escrever, mas assim que a caneta tocou o papel eu não sabia o que escrever.

Mas que merda!

O que eu escreveria? Eu teria que explicar por que li sua carta. Que menti. Porcaria, como eu explicaria essas coisas? Ele vai pensar que eu sou uma mentirosa patológica, que mente a torto e a direito.
Oh não...
Me levantei deixando os papeis sobre a mesa e fui para o quarto, eu precisa pensar com cautela no que escreveria, ou ele ficaria chateado e não iria querer mais minhas cartas. E eu realmente queria muito escrever cartas para esse soldado.

Mas como explicar o porquê de eu ter invadido sua privacidade e lido sua carta, e ainda ter mentido fingindo ser Ângela. Honestamente nem entendia o porquê dele querer mais cartas minhas, mas ele queria, mas eu precisava pensar bem no que dizer, pois ele poderia não querer mais minhas palavras. Eu tinha que ser honesta com ele, dizer toda a verdade e rezar para que ele acreditasse nas minhas palavras e quisesse mais delas.

Retirei minhas roupas e tomei um banho rápido, deixando o cabelo preso para não ter que lavar, vesti minha calça de flanela e a camiseta, soltei o cabelo voltando para a sala peguei minha bolsa que deixei no chão e fui estudar um pouco, estava só no segundo ano de faculdade e tinha muita leitura pra fazer, o bom de tantas mudanças é que eu raramente fazia amizades, então me sobrava muito, mas muito tempo para ler. Vivia com a cara enterrada em algum livro, desde historias fantásticas a grandes obras literárias, gostava de tudo um pouco. Muitas das leituras exigidas pelos meus professores eu já havia lido na minha adolescência, a maioria por curiosidade, mas foi bom, pois agora eu só relia as partes importantes e já lembrava o necessário.

Me sentei a mesa empurrando a carta do soldado para o lado e comecei a estudar, teria prova em algumas semanas, eu conhecia bem o assunto, mas era bom sempre estudar mais um pouco.
Depois de ler a mesma frase pela quinta vez, eu desisti fechando meu livro e pegando a carta dele, já que eu não parava de encará-la, era melhor eu dar atenção a ela. Eu ainda não sabia o que escrever, mas eu só precisava ser o mais honesta possível, sim era isso que eu precisava.

Reli suas palavras mais algumas vezes sorrindo e suspirando com a emoção que era fácil sentir através de cada letra que ele derramou no papel, deixei a carta de lado e peguei papel e caneta e comecei a escrever. Escrevi tudo que sentia, toda a verdade, tudo o que importava, quem eu sou, como eu sou, e meu desejo de fazer parte da sua vida.

Era isso, só espero que funcione.

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