Autora(o): Paula Halle
Gênero: Romance, Comédia, Fantasia, Hentai, Universo Alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria
para menores de 18 anos.**
Capítulo 8 - Era isso, era só esperar que ela me esperasse.
**Pov Edward.**
– Edward, Edward, venha para mim.
– Quem é?
– Venha Edward.
– Bella?
– Venha Edward, volte pra mim.
– Eu vou Bella, eu prometo.
– Volte pra mim Edward. – a mulher sem rosto continuava me chamando e embora eu quisesse muito ver seu rosto, eu não podia, não importa o quanto eu tentasse.
– Edward, eu estou te esperando.
– Masen, acorde. – abri os olhos de uma vez, estava ofegante e um pouco confuso, olhei em volta ainda sonolento e gemi ao ver Garrett me encarando.
– Diabos Mitchell, por que está gritando? – ele riu, ignorando meu mau humor, ele melhor do que ninguém sabia que eu estava com um péssimo humor desde que cartas de Bella não chegavam fazia duas semanas.
– Relaxa Masen, eu vim iluminar seu dia escuro e triste. – arquei uma sobrancelha, Mitchell, deve ter tomado muito sol durante a patrulha matinal.
– Mitchell, vai encher o saco de outro, quero dormir. – ele sorriu mostrando uma caixa grande.
– Masen, Masen, assim você me magoa amigo. Seja bonzinho ou não te mostrarei o que tem aqui.
– O que você está aprontando Mitchell?
– Eu nada, mas sua garota com certeza aprontou alguma. – ele piscou me jogando a caixa, que por pouco não deixei cair, sorte eu tinha bons reflexos, assim que a caixa estava em minhas mãos a olhei um pouco receoso.
– É de Bella?
– Sim, acabou de chegar. Sabe por ser uma caixa tão grande deve ter demorado mais. – assenti em acordo, ainda olhando a caixa com cuidado, o que será que ela me mandou?
Por que ela havia me mandando alguma coisa?
Eu sabia que estava muito afetado por ela, mas ela...
Inferno, ela não devia me mandar coisas, como... como se, se preocupasse comigo.
Garrett grunhiu, me fazendo olhá-lo.
– Inferno Masen! Você estava um porre a semanas e agora que a carta dela chegou e ainda com uma surpresinha você vai ficar fazendo doce. – resmungou, mas podia ver o sorriso em seus olhos.
Rindo me ajeitei na cama, abrindo a caixa com cuidado, nada e tudo passando por minha mente. Me sentia como uma criança no natal, e não me sentia assim desde... nem me lembrava a ultima vez que ansiei por algo, claro exceto as cartas de Bella. Elas eram o meu motivo para acordar todas as manhãs, na esperança de que hoje seria o dia que uma carta sua chegaria.
Rasguei a caixa aberta e meus olhos saltaram um pouco ao ver o conteúdo da caixa, como isso era possível? A carta de Bella estava no topo de varias coisas, coisas para mim? Ainda um pouco surpreso, retirei a carta de Bella a colocando cuidadosamente na cama, passei através das coisas não podendo deixar de sorrir ao ver tudo que ela mandou. Cookies de chocolate, doces, meias, remédio, sorria como um idiota a cada item que pegava na mão, isso era incrível. Notei alguns fones, além de uma embalagem contendo um mp3. Caralho ela me comprou um mp3 e fones extras?
– Ow, essa garota gosta mesmo de você em. – ergui o rosto, vendo Mitchell olhando meus presente com um sorriso, e ri.
– É o que parece.
– Então que tal você me dar um cookie e eu sumo para que você possa ler a carta da sua garota.
– Ela não é minha garota Mitchell.
– Mas você quer Masen. – piscou estendendo a mão pra mim e rindo, peguei uma das inúmeras caixas de cookies e joguei para ele.
– Agora suma.
– Sim senhor. – ele bateu continência, mas sem deixar de sorrir, sumindo em seguida.
Respirando fundo, deixei minha caixa de maravilhas de lado e fui dar uma olhada em sua carta, por que ela pensou que tinha que me dar coisas, hey eu não estou reclamando, mas eu gostaria de saber, o que disse que a levou a fazer esse gesto tão bonito por mim. Um cara que ela só conhece por cartas.
Abri sua carta rapidamente, notando que alem da carta havia outra coisa, a retirei com cuidado e ofeguei.
Puta Merda!
Essa era Bella?
Não podia ser. Como...
Fiquei encarando a foto sem poder acreditar que essa moça bonita era minha Bella. Minha garota como os caras a chamavam, desde que começaram a chegar suas cartas. Passei os dedos pela foto imaginando, se sua pele era tão macia quando parecia, ela tinha uma pele linda delicada perfeita, alem dos olhos marrons profundos, os lábios rosados e seu cabelo era bonito também, tudo nela era lindo, e se antes eu já estava ansioso para conhecê-la agora eu queria mais que tudo poder tocá-la.
Foto da Bella
Eu havia me encantado por Bella através das suas cartas, ela era uma mulher tão boa e generosa. Fingindo ser outra pessoa só para que eu recebesse uma carta. Não sabia quem eu era, mas ainda sim me mandou uma carta fingindo ser Ângela.
Era fácil ver a pessoa generosa e bondosa que ela era. Felizmente eu havia percebido logo de cara que aquela não era Ângela. Ângela era ardente, tivemos uma semana de sexo e nada de conversa, eu havia ido ver meu pai um dia antes de partir e depois de uma discussão, uma das muitas eu voltei para Ângela no meu pior, ela foi legal o suficiente para passar a noite comigo sem perguntas, que era o que eu precisava. Na hora de ir eu pedi a ela para escrever, eu podia ver nos seus olhos que ela nunca iria me responder, mesmo quando ela disse. Eu sabia que no momento que eu fosse ela ficaria com Benjamim, eu o a havia conhecido na festa onde fiquei com Ângela. Era fácil ver que ela me usou para causar ciúmes nele. Tivemos um tempo muito bom, ela era uma garota legal, mas seu coração já pertencia a outro cara.
Eu sabia disso, estava ciente que ela nunca me pertenceu, ainda sim eu mandava as cartas, não era como se eu esperava respostas dela, eu nem mandava diariamente ou mensalmente. Mas quando... quando eu tinha um dia ruim, eu precisava desabafar. Nós éramos irmãos aqui, se um tinha um dia ruim, todos tínhamos, e eles não ficamos relembrando o motivo de estarmos mal. Tentávamos seguir em frente, e fazer nosso melhor. Então cada um tinha que arranjar seu jeito de extravasar a tristeza, a dor, o desanimo, o que for que nos impedia de focar na nossa missão. Uns jogavam, outros davam uns socos, outros se matavam de treinar, os com família escreviam cartas, e eu... eu podia mandar cartas para meu pai, mas eu realmente não desejava fazer isso, preferia me matar no treinamento, bem até conhecer Ângela, quando eu precisava extravasar eu mandava uma carta pra ela.
Ela nunca respondeu, e eu não esperava que respondesse também. Mas quando finalmente uma carta chegou, eu mal pude acreditar. Ângela havia me respondido? Mas foi só ler a primeira frase e eu sabia que não era ela, seja quem fosse era uma pessoa especial, e me vi respondendo a carta e pedindo para ela mandar outras.
E aqui estava eu, olhando para minha Bella. Inferno ela é muito linda. O que eu vou fazer com você Bella?
Deixando sua foto de lado peguei sua carta e a devorei em segundos, lógico que engasguei com seu segredo no final. Ela dizia que eu era seu namorado? Maldito seja se isso não me fazia sorrir como um adolescente.
Eu gostaria de ser seu namorado, de ser... eu não sei, de ser alguém especial para Bella, seu amigo, seu confidente, namorado, amante. Como isso era possível? Eu nem a conhecia, fora essas cartas e essa foto, eu nunca havia falado com Bella, nem sabia como era sua voz, por todos os meios ela podia ter uma voz irritante, ou uma risada que parecia um ronco... não eu podia apostar que sua voz era linda assim como sua risada.
Bella Swan era toda linda, e por algum motivo, gosta de mim.
Reli a carta de novo e sorri ao ler sua despedida, com amor, será que ela se sentia assim sobre mim?
Eu sabia que me sentia assim sobre ela, mas... inferno por que ela se sentiria assim por mim? Ela gostaria de ser minha garota? Eu teria coragem de pedir? Eu podia confessar no final da carta, como meu segredo como todos a chamam por aqui, como eu a chamo em minha mente.
Minha garota, minha Bella.
Em meus sonhos e meus pensamentos ela era minha. Eu tinha planos de quando eu sair daqui, eu iria vê-la, tentaria conquistá-la, e mostrar a ela que eu seria o homem para ela, que eu a protegeria e a amaria com tudo que sou, com tudo que tenho.
Mas talvez ela já se sentisse assim, isso me fez sorrir, me fez ter esperança de que ela me esperaria. Mas eu podia pedir isso? Pedir para ela parar sua vida por mim? Eu tinha férias em um par de meses, eu podia vê-la, estar com ela, mas eu teria que voltar, e sabia que dizer adeus a Bella, mesmo que por poucos meses seria mais doloroso do que qualquer coisa que já senti.
Mesmo a bala na perna que levei há alguns meses.
Afastando as lembranças ruins, peguei o mp3 que Bella mandou e o liguei, sorri abertamente ao ouvir musicas que amava, mas não tinha acesso aqui, não sabia por que diabos não comprei um mp3 quando estava de férias, mas nem havia pensado nisso, mas Bella tinha. Ri ao ver os fones extras, seriam muitos uteis, essas merdas quebram fácil.
Peguei uns dos cookies abrindo e devorando em segundo, porra isso era bom. Guardei os outros para mais tarde, e levaria alguns para os caras, eles amavam doces tanto quanto eu, e isso não era algo que tínhamos muito por aqui.
Limpei as mãos na calça e peguei as cartas de Bella que escondi na minha fronha, coloquei a caixa no chão, deitando em seguida e com a foto de Bella repousada em meu peito reli cada uma das suas cartas. Me deleitando em suas palavras, e no carinho que eu podia sentir mesmo através do papel.
– Bella Swan, o que eu faço com você? – sussurrei deixando as cartas sobre o meu estomago e pegando sua foto.
Eu precisava lhe dar uma resposta, eu precisava... inferno eu tinha que lhe dizer o que ela significa pra mim, o quanto ela é importante, o quanto suas cartas me fazem ansiar cada dia, o quanto suas palavras confortam meu coração, o quanto eu a amo.
Mas eu podia fazer isso por carta? Eu devia fazer pessoalmente, seria a primeira coisa a dizer quando eu a visse, as primeiras palavras a saírem da minha boca, seriam devotadas com meu amor por Bella Swan.
Mas eu ainda tinha que escrever a carta e pelo menos pedir que ela seja minha garota. Era egoísta, era errado, mas inferno eu estava em uma guerra, e sabia que se não fizesse e morresse amanhã, eu nunca me perdoaria por ter perdido a oportunidade de pedir que ela fosse minha. Que ela pudesse ver através das minhas palavras que ela significava tudo para mim.
Me sentando fui até o meu saco e peguei algumas folhas e caneta, usei um livro para apoiar o papel e comecei a escrever. Escrevi o que achei do seu presente, o quanto amei seu carinho por mim, falei sobre sua foto que me deixou babando por ela, e lhe pedi para ser minha, por que eu já era dela.
Coloquei a carta em um envelope e mandaria na primeira hora da manhã, voltei a me deitar ainda olhando sua foto e segurando sua carta contra meu peito.
– Nos encontraremos em breve Bella, me espere, eu voltarei para você.
Era isso, era só esperar que ela me esperasse.
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