Onde está Robert Pattinson?
Autor (a): Paula Verônica de Souza
Beta: Leticia Costa
Shipper: Robert Pattinson & Kristen Stewart
Gênero: Romance/ Comedia/ Hentai/ Universo Alternativo
Classificação: + 18
**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria para menores de 18 anos.**
Capítulo Um
Abri os olhos e pisquei confuso. Onde eu estava? E por que estava tão escuro? Forcei os olhos e pude reparar melhor no lugar onde eu estava. Estava em um quarto escuro e estava sozinho. Memórias perdidas invadiam a minha mente.
Eu estava saindo da casa dos meus pais, em uma rápida vista quando a vi. Era só uma garota bonita que veio me pedir um autografo e de repente uma pancada na minha cabeça. Toquei o topo da cabeça, senti um galo e gemi.
Mais que merda era essa? Eu fui sequestrado? Já pediram resgate? Eu fui abduzido? Para de pensar bobagem Rob! Esfreguei meu rosto e pisquei, tentei me levantar. Me senti meio tonto e cai de volta em um colchão. Eu estava em uma cama, e o quarto estava tão escuro que eu não podia ver nada. Tentei me levantar de novo quando uma fresta de luz irrompeu no quarto. Logo em seguida entrando em meu campo de visão a garota bonita.
- Olá. – ela sorriu e fechou a porta deixando tudo escuro de novo.
- Quem é você? Onde estou? – perguntei freneticamente e ouvi os passos se aproximando de mim.
- Desculpe as acomodações. Arrumarei a lâmpada hoje. O idiota do Michel bateu a testa nela quando estava te trazendo.
- Quem é Michel? Quem é você? – perguntei de novo e a vi acender o que parecia uma vela. A luz iluminou o ambiente e pude ver melhor onde estava.
Era um cômodo de madeira sem janelas. Só uma pequena redonda, mais não entrava luz alguma. Havia a cama onde eu estava e tinha um sofá mais um pouco afastado. Assim como uma TV e um radio.
- Onde estou?
- No seu cativeiro.
- O que? – arregalei os olhos e me fixei na garota. Ela era baixinha e magra, mais com curvas, tinha a pele pálida e os cabelos castanhos escuros, tinha um rosto em formato de coração com belos olhos verdes e o nariz arrebitado, a boca era bonita com lábios cheios e vermelhos.
- Quem é você?
- Sou sua sequestradora. – falou com um sorrisão e ri.
- Sério. Quem é você? – ela bufou.
- Estou falando serio. – ela fez um biquinho e olhei para os lados.
- Isso é coisa do Kellan? Não... Do Tom? – ela riu.
- Não Rob. Posso te chamar de Rob? – assenti confuso. – Eu te sequestrei mesmo.
- Você ta louca?
- Foi o que o Michel disse. – ela falou pesarosa e sentou na cama. Só agora notei suas roupas. Ela usava uma bermuda curtinha e uma regata branca colada ao corpo. Desviei o rosto de seu corpo.
- Quem é Michel?
- Meu amigo. Eu disse a ele: “Michel eu cansei vou sequestrar o Edward Cullen.” Ai ele disse “ta louca Kris? Edward Cullen não existe”. Ai eu lembrei que era verdade então falei. “Então vou sequestrar o Robert Pattinson. Ele não é vampiro mais é tesudo”. – ela deu mo sorrisão e finalmente o desespero me tomou.
- Eu tenho que sair daqui. Eu tenho... – eu nem sabia o que dizer. Uma garota magrinha que desconfiava se chamar Kris havia me seqüestrado.
- Você está bem Rob?
- Claro que não. – esbravejei. – Uma louca me seqüestra e quer que eu fique bem. Quero sair agora menina. – ela bufou e ficou de pé.
- Não sou menina. Já tenho 19 sou mulher.
- Piorou. Fui sequestrado por uma adolescente. – me afastei dela e corri em direção a porta e tentei a maçaneta, mas estava fechada. Grunhi e comecei a gritar esmurrando a porta.
- Não adianta Rob. Ninguém vai ouvir. – virei para ela com ódio.
- E o que quer de mim? Já pediu um resgate? – ela franziu as sobrancelhas.
- Resgate?
- É! Pra me libertar. – ela sorriu e negou.
- Não vou pedir resgate nenhum.
- Não? – meu desespero estava aumentando.
- Não bobinho. Eu te sequestrei pra brincar. – ela piscou para mim e engoli em seco.
- Vai me torturar? – ela riu alto.
- Credo Rob que horror. Eu digo brincar, você sabe... – ela corou vermelho brilhante e sorri.
- Isso é pegadinha não é? – ela negou e veio até mim, e segurou minha mão me puxando para a cama. Sentei meio zonzo e ela sem soltar meus dedos sorriu maliciosa.
- Não fique assim Rob. Você vai gostar. – ela levou meu dedo até a boca e chupou me fazendo tremer.
- Você está falando serio? – ela assentiu e mordiscou meu dedo.
- Encare como férias.
- Mais eu tenho... – eu não conseguia pensar, e ela chupar meu dedo não estava colaborando. Tirei a mão de perto dela e respirei fundo. – Onde estamos? – ela sorriu e sentou confortável na cama.
- Estamos em uma cabana de campo dos meus pais.
- Seus pais sabem? – arregalei os olhos. A família inteira era louca?
- Claro que não Rob. Que absurdo. – arquei uma sobrancelha e ela soltou uma risadinha. – Ok, tudo é meio absurdo. Mais encare como eu já disse: como férias. Assim que acabar, você volta para sua vida. – arquei a sobrancelha novamente.
- Vai me libertar?
- É claro. Achou que ia te prender para sempre? – falou divertida e suspirei.
- Não sei o que pensar.
- Não será tão ruim. Assim que acabar as férias de verão você volta para sua vida e eu pra minha. – vi algo passar em seus olhos, mas ela sorriu, me fazendo pensar ser minha imaginação.
- Mas eu estou vendo seu rosto. Não tem medo de eu denunciá-la quando me libertar? – o sorriso dela ficou maior, como se fosse possível.
- Na verdade seria legal. Eu tipo serei uma deusa para as fãs. Afinal eu seqüestrei Robert Pattinson. Toda fã pensa nisso.
- Como sabe?
- Era o que me dizia umas doidas no MSN. – Oh Deus estava cada vez pior. (N/A: essas doidas sou eu e minhas amigas rsrs)
Passei a mão no rosto e suspirei.
- O que faremos agora? – perguntei resignado. Na primeira chance derrubaria a louca e fugiria.
- Você deve estar com fome?
- E queria usar o banheiro. – falei pensando em um plano. Ela mordeu o lábio e olhei para sua boca convidativa, desviei os olhos rapidamente.
- Oh, não pensei nisso. Aqui há um banheiro. Mas se você quiser tomar um banho terá que ser no de cima.
- E seus pais?
- Estamos sozinhos. Exceto por Michel, mais ele já deve ter ido.
- Quem é Michel? – perguntei lembrando do nome, que ela já falara varias vezes.
- Ah. É meu melhor amigo.
- Ele concorda com isso?
- Claro que não. Ele não cansa de repetir que eu enlouqueci.
- E por que te ajudou? Foi ele que me bateu não foi?
- Sim. Desculpe por isso. E se me delatar pra policia diga que foi tudo eu. Sabe eu coagi Michel.
- Como? – arquei a sobrancelha sorrindo e ela corou.
- Ew. Credo Rob. Michel é como irmão. Ew, ew. – eu ri.
- Então como o convenceu? – ela mordeu o lábio e baixou os olhos.
- Vamos subir você deve estar faminto. Você esteve inconsciente por muito tempo. Até briguei com Michel achando que ele tinha te matado. Passaria de deusa a fugitiva.
- Fugitiva? – perguntei me levantando.
- Sim. Das fãs loucas. – eu ri e a segui. Ela ficou de costas pra mim e para minha surpresa enfiou a mão dentro da blusa.
Vi ela segurando uma chave e abrindo a porta. A luz que rompeu me fez fechar os olhos por um momento e logo que abri pude olhar a cabana.
Era um lugar bonito e aconchegante. As paredes eram de pedra, e havia uma pequena sala com um jogo de sofá e uma lareira. Olhando melhor visualizei a cozinha, era pequena, mas com moveis modernos.
- Lá em cima ficam os quartos. – ela falou e a olhei.
- Vou ter que voltar para o porão? – eu estava de frente para ela e ela era tão baixinha. Serio mesmo que queria me manter refém?
- Não. Aquilo era só pra dramatizar sabe. Eu não sabia como você reagiria.
- Ok. Então qual o meu quarto? – ela sorriu e me puxou pela mão e me levou pelas escadas de madeira. Chegamos ao andar de cima e tinha um grande corredor. E três portas. Caminhamos em direção a elas.
- Esse é o meu quarto. Esse é dos meus pais. E esse não importa. Você fica no meu. – falou me empurrando para dentro de um quarto com decoração em roxo. O quarto era amplo e bonito. Havia uma porta que devia ser o banheiro e um guarda-roupa grande. Uma cama de casal não muito grande coberta com um lençol roxo com detalhes em preto e branco. Tinha uma poltrona e uma escrivaninha com varias coisas jogadas, cadernos e pulseiras.
- Tome um banho. Vou preparar algo para comermos.
- Michel se juntara a nos?
- Não. Eu o mandei embora. Será só nos dois. – ela piscou para mim e saiu do quarto.
Acabei sorrindo, mais meu sorriso sumiu tão rápido como veio. Esperei alguns segundos e fui até a janela. Tinha grades?
Merda!
Fui até o banheiro. Era um banheiro pequeno, com um chuveiro de box e as coisas usais, privada e pia. Uma pequena prateleira com xampus e cremes e o armário tinha escovas e pasta de dentes. Só havia uma a janela e era muito pequena para mim passar. Sai do quarto e caminhei pelo corredor.
Ouvi barulho lá embaixo e fiz uma vistoria nos quartos. O dos pais dela era um pouco maior que o dela. A cama era maior e tinha um guarda-roupa grande também. Olhei procurando janelas mais todas tinham grade. No banheiro era a mesma coisa.
Segui para o quarto que ela não quis me mostrar e a porta estava fechada. Resmunguei e caminhando sem fazer barulho desci as escadas. Ela ainda estava na cozinha. Fui até a porta da frente e girei a maçaneta e estava trancada. Praguejei e ouvi uma risadinha.
Bufando voltei para o quarto dela e tomei um banho. Quando sai do banheiro tinha roupas em cima da cama. Eram do meu tamanho. Estranhei, mas vesti. Era uma bermuda taktel, e uma camiseta azul.
Sai do quarto e a encontrei ainda na cozinha. Um cheiro bom saia das panelas e ela dançava com fones nos ouvidos. Ela confiava demais. Eu podia machucá-la para tentar fugir. Mas meus olhos ficaram em seus quadris que rebolavam enquanto ela mexia em algo na panela.
Inconscientemente me aproximei dela e segurei seus quadris. Ela parou de se mover e engoliu em seco. Aproximei o rosto do dela e encostei meu queixo em seu ombro.
- Você não tem medo de que eu te machuque?
- Não. – ela falou firme e virou para mim com um pequeno sorriso. – Você não faria isso. – havia certeza em sua voz e senti vontade de gritar com ela.
- Eu podia ficar louco e te atacar. – ela riu e para minha surpresa me abraçou pelo pescoço.
- Eu sei que não vai me machucar. Você é muito cavalheiro para isso.
- Não é só por que leu umas biografias sobre mim que sabe quem eu sou. – falei ríspido me afastando dela e ela suspirou.
- Para sua informação eu leio mesmo suas biografias. E assisti todos os seus filmes. Mesmo os estranhos... – a interrompi.
- Estranhos?
- Sim. Beijar um homem Rob. Você é bonito demais para isso. – eu acabei rindo.
- Era só um filme. Não é como seu fosse gay ou coisa assim.
- Ainda assim, eca.
- Viu mesmo todos os meus filmes?
- Claro. E achei uma injustiça tirarem você em “Feira das Vaidades”. O filme é um lixo e você ia deixá-lo mais bonito. – ela piscou para mim.
- Eu não me importei muito. – dei de ombros, fingindo não ligar. Mas foi desanimador cortarem minha cena. Mas, ainda sim empolgante estar em meu primeiro filme.
- Não minta pra mim. Eu sei que foi. E eu assisti a maldição do anel. Foi uó também. – eu ri.
- O cabelo?
- Oh Deus. Por que?
- Era de época... – tentei explicar, mais ela me interrompeu.
- Mas de Edward. OMG.
- Seu preferido?
- Sim. – ela corou. – Sabe você estava muito bonito. Bem você sempre é bonito. Mas estava tipo UAU. – eu ri de novo.
- Vai queimar. – murmurei vendo o que tinha na panela borbulhar, ela resmungou se apressando a desligar o forno.
- Fiz minha especialidade.
- E seria?
- Macarronada. – o cheiro estava bom, e me senti faminto de repente.
- Não vamos passar o tempo todo comendo macarronada, espero? – ela sorriu.
- Não se preocupe eu sei fritar ovo também. – fiz uma careta e ela riu alto. – Se você se comportar, posso até pedir uma pizza.
- O que quer dizer com se comportar?
- Ah você sabe. Não me bater com uma panela e fugir com o entregador de pizza. – gargalhei imaginando a cena.
- Não havia pensado nessa possibilidade. – ela arregalou os olhos e suspirei. Duvidasse que eu pudesse machucá-la. – Estava brincando.
- Ok. – ela ficou de costas para mim e começou a misturar o molho no macarrão já escorrido na pia. Preparou tudo e trouxe até o balcão que dividia a sala da cozinha, onde tinha bancos altos nos quais eu usava um.
Ela depositou a travessa com o macarrão e foi pegar pratos, copos e talheres e pegou uma garrafa na geladeira. Colocou na minha frente e vi que era cerveja.
Sorri e abri a garrafa e tomei um gole. Ela terminou de ajeitar tudo e me serviu um prato. Comemos em silencio enquanto ela comia pouco e bebericava um suco.
- Onde estão seus pais? – perguntei de repente e ela mordeu o lábio e desviou os olhos dos meus, brincou com sua comida e já ia repetir a pergunta quando ela falou.
- Viajando. Sabe férias.
- E você não foi? – ela sorriu.
- Não quis. Sabe ficar de vela com seus pais ativos eca! Eu preferi ficar.
- Eles não se importam de você ficar sozinha?
- Eles acham que estou na casa do Michel. Sabe disse que queria aproveitar um tempo com meu amigo. – a olhei confuso.
- E o Michel não se importa que passe o tempo comigo?
- Bem. Se pudesse ele acabava com isso. Mas ele tem medo de que eu vá presa... Só por isso ainda estou aqui. – ela sorriu.
Essa menina se tornava um mistério cada vez maior e me sentia cada vez mais confuso. Terminei de comer e levei meu prato até a pia, o lavei sem perceber. Minha mente trabalhando em assim que ela dormir eu daria um jeito de cair fora daqui.
- Você tem vizinho? – falei lavando o prato de costas para ela.
- Não. A cabana é afastada. – resmunguei baixinho e me virei para ela secando as mãos na bermuda.
- Eu tenho que ir menina.
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