28 fevereiro 2015

Robert Pattinson sendo um fotógrafo obcecado por James Dean em Life

O que é uma estrela, se alguém traz o mundo, mesmo quando ele não está lá? Robert Pattinson é o exemplo perfeito, como mostra a conferência de Imprensa de “Life” de Anton Corbijn (fora de competição), do qual ele é o garoto-propaganda. Seu próprio nome trouxe uma multidão cambaleando, falando em todas as línguas, em uma fila semelhante a fila em frente das atrações da Disneylândia. Dificilmente as portas teriam sido abertas rapidamente percebemos que toda a gente não ia voltar. A aglutinação humana foi formada, e atacou imprensa oficial/empregados do festival.

Então começou uma sinfonia dolorosa de gritos, apontando os nomes de seus jornais empregadores, como um argumento para a sua entrada. Quando gritaram "Der Spiegel!", responderam "Zeit!", e gritaram nomes de mídia americanos ou britânicos. Não me atrevi a gritar "Libe" mas o coração estava lá. Aterrorizado com as ameaças, a Berlinale organizou uma segunda projeção. E desde o primeiro minuto, a lista foi longa, anteriormente tomou um rumo bastante irônico já que o título do filme, “Life” não é uma referência a "vida", mas a revista americana, uma figura de fotojornalismo o pós-guerra.

O holandês Anton Corbijn 59, é um fotógrafo. Em 2007, ele fez sua estréia na direção com Control, a história sobre a vida de Ian Curtis do Joy Division. O seu trabalho em revistas de moda, como o cinema, é o (belo) sinal de uma obsessão com a "cultura jovem" para a rebelião e sua dissolução lenta na cultura popular. “Life” lida apenas com isso. Em 1955, em Los Angeles, um jovem fotógrafo que morreu de fome é contratado para uma festa. À beira da piscina, ele conhece um jovem ator novato vestindo camisetas brancas sobre um corpo lascivo: James Dean. A inteligência de Corbijn é não ter escalado Robert Pattinson para interpretar o fumante e fotogênico Jimmy. Este último é interpretado por Dane DeHaan, perfeito em ser um jovem insuportável, preguiçoso e narcisista. Pattinson, estrela mundial e garoto propaganda de Crepúsculo, faz de tudo para se separar de alguns papéis (em particular Cronenberg), em Life ele é anonimamente, ocasionalmente, engolido pela luz do flash de sua câmera.

O filme é baseado em uma história real de Dennis Stock, que publicou em vida, as imagens mais famosas de James Dean. Corbijn filma o encontro entre os dois homens, Stock percebe que o desconhecido ator será um grande modelo que poderia encarnar seu tempo e sua juventude. “Life” segue a amizade florescente entre Dean e Stock, e suas falhas. E recria célebres fotos: a do ator na Times Square ou na fazenda de sua família em Indiana.

O que Corbijn destaca lindamente, é menos o ícone que tudo o que se passa com ele. Por exemplo, o inverso do fascínio que Stock tem com Dean, que não é outro senão a iluminação do seu próprio fracasso. Ele (Pattinson, fascinante) pede invejosamente ao ator: "Como você faz isso parecer tão fácil?".

É impressionante a franqueza com que Corbijn descreve os sentimentos de um fotógrafo: Em primeiro lugar, é totalmente habitado, obcecado. Então, como em todas as profissões bater-e-correr, uma vez que o tiro está dentro da lata seu interesse começa a minguar, Stock começa a querer seguir em frente. As fotos são publicadas na revista Life e James Dean, um garoto perdido, permanece o que ele tem sido ao longo do filme: um ícone de fúria no corpo de um idiota que vai morrer alguns meses mais tarde num acidente com seu carro esporte.

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