28 abril 2015

FanFic Passado Distorcido - Capitulo 1 - Laços, um pedido, uma promessa.

Passado Distorcido

Autora(o):  Kelly Domingos - Whatsername no Nyah!
Gênero: Angst, Romance, Universo Alternativo, Hentai, Drama
Censura: +18 
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos: Álcool, Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo


Laços, um pedido, uma promessa.


POV Edward


Eu já estava recuperando da dor do desaparecimento quando outra notícia tirou meu chão: Sebastian tinha cometido suicídio.

Eu não conseguia acreditar nas palavras que o homem do outro lado da linha, um policial, dizia. Meu corpo estava paralisado, eu não esbocei nenhuma reação. Mecanicamente anotei o endereço do apartamento de meu irmão, era irônico descobrir seu endereço; eu tinha procurado por esta informação durante quatro anos e quando eu a obtenho ela já não tem importância.

Desliguei o telefone sem saber o que fazer, segundo o policial; os vizinhos desconfiaram da pouca movimentação no apartamento e resolveram chamar a polícia. A porta foi arrombada e eles encontraram o corpo de meu irmão já em estagio avançado de decomposição, um indício de que ele tinha morrido a um bom tempo. Talvez mais de duas semanas; e o que me deixou mais surpreso, ele tinha uma arma na mão e um tiro no ouvido. Os policiais não tinham dúvidas, ele tinha se matado.



Eu não deveria chorar; eu era um cara de vinte e cinco anos com a vida resolvida, mas as lágrimas caíram tímidas por meus olhos, era muita dor para uma pessoa só. A última vez que eu chorei foi quando Sebastian tinha saído de casa quatro atrás, ele tinha levado tudo que tinha e não tinha deixado nenhuma explicação e muito menos alguma dizendo para onde ele tinha ido. Ele tinha nos abandonado. Naquela ocasião eu tinha esperanças dele voltar para casa, mas mês após mês essa esperança foi sumindo. Ele nunca mais voltou.

Agora eu chorava pela confirmação, eu nunca mais o veria. Chorei pelo resto da tarde, o escuro do quarto deixava a atmosfera ainda mais mórbida. Não importava se Sebastian não era meu irmão de sangue, eu cresci me inspirando nele.

Sebastian foi adotado por Carlisle e Esme quando seus pais biológicos morreram num incêndio, meus pais eram amigos do casal e resolveram adotá-lo, Sebastian tinha apenas dois anos. Ele cresceu sabendo de sua história, meus pais nunca esconderam sua origem e até para que Sebastian tivesse uma lembrança de seus pais biológicos Carlisle decidiu manter o nome de Sebastian intacto, ele continuou sendo Sebastian Willian Cayley, mas eu tinha certeza que ele era um Cullen de coração.

Por muito tempo imaginei que ele tinha ido embora por ser adotado, mas era uma linha de pensamento incoerente; meus pais nunca fizeram diferenciação entre nós dois, o amor era igualmente incondicional. Ele tinha sido adotado poucos meses antes de meu nascimento, então ele era teoricamente meu irmão mais velho.

Nós dois crescemos juntos, Carlisle e Esme fizeram de tudo para o nosso conforto, não éramos abastados, na verdade nossa vida era bem simples.

Ouvi no andar debaixo meus pais chegando e não soube o que fazer, minha mãe tinha ficado em pedaços quando Sebastian se foi e eu não conseguiria imaginar qual seria sua reação ao saber que seu filho estava morto.

“Edward? Já chegamos!” Esme disse com uma voz tão doce que fez meu coração doer.

Sai do quarto vagarosamente, eu não queria dar esta noticia a eles, eu não conseguiria ver meus pais chorando mais uma vez.

“O que aconteceu?” Minha mãe gritou quando me viu no pé da escada.

Ela veio aflita para o meu lado, minha mãe perguntava o que tinha acontecido incansáveis vezes e eu não sabia como falar. “Mãe, eu preciso de você e de meu pai aqui...” Falei entre soluços.

Esme gritou por Carlisle que ainda guardava o carro na garagem, ele passou pela porta como um relâmpago. Ele me olhou de um modo tão acolhedor e me abraçou. “O quê aconteceu, filho?”

“Sebastian está morto!” Falei um sussurro, mas eu sabia que meus pais tinham ouvido.

Esperei por mais choros e talvez gritos histéricos por parte de Esme, mas nada disso aconteceu. Carlisle e Esme se olharam por longos instantes e sentaram no sofá.

Eu estava um pouco perdido, a falta de reação deles tinha me deixado confuso, afinal eles tinham perdido um filho.

“Como você soube?” Carlisle perguntou depois de um longo silêncio.

Contei superficialmente a ligação do policial, eles estavam sem reação. “Eu vou ter que até Nova Iorque pegar os pertences de Sebastian e entregar o apartamento para o proprietário.” Falei ainda com a voz embargada.

“E o corpo já foi enterrado?” Esme perguntou numa indiferença assustadora.

“Eles enterraram assim que o encontraram.” Eu disse brigando com as lágrimas, eu percebi Esme bem mais tranquila.

“Eu estou viajando amanhã!” Avisei voltando para o meu quarto.

A cama parecia o melhor lugar para chorar como uma menina. Eu estava tão perdido, sem rumo.

Chorei por toda a noite, lembrei dos dias que passei com Sebastian. Eu queria pelo menos um último instante com ele, dizer que eu nunca deixaria de amá-lo e que nunca fiquei com raiva por ele ter saído de nossas vidas subitamente. E mais do que isso, eu queria tanto entender os motivos para ele ter saído de casa, o porquê dele nunca ter dado um telefonema e por que ele tinha se matado.

Fui para Nova Iorque no primeiro vôo do dia. Gastei duas horas de Chicago até a megalópole.

Eu tinha ido à Nova Iorque poucas vezes na vida, mas era uma cidade bonita, muita gente e muitas culturas. Do aeroporto fui direto para o endereço dado pelo policial, na entrado do edifício fui recebido por um porteiro que me levou até a andar de meu irmão. O apartamento ainda estava intacto, os móveis no mesmo lugar e algumas louças sujas na pia, foi impossível ignorar a mancha de sangue no chão da sala, senti meu corpo buscando por equilíbrio.

“O senhor está bem?” O porteiro perguntou quando me viu buscando apoio no sofá.

“Claro... Me leve até o quarto, por favor.” Pedi recuperando do pequeno lapso.

O quarto estava sem bagunça, abri seu armário e peguei suas roupas e comecei a colocar numa mala, quase perdi o equilíbrio quando vi uma camisa minha no meio de suas roupas. Era uma camisa simples e nós sempre brigávamos por ela.

Dobrei cuidadosamente, no meio deste trabalho um papel caiu do bolso da camisa. Sem um objetivo em mente abri o papel. A caligrafia torta era uma característica de Sebastian.


Edward;

Espero que você encontre este rabisco; como já sabe, não estou vivo. A angústia e o sofrimento me fizeram colocar fim em minha vida, e se alguém é culpado por minha atitude esse alguém é Isabella Marie Swan, minha namorada. A pequena víbora, assim como uma cobra ela te enfeitiça e depois dá o bote. Sei que seu amor de irmão por mim é gigante e sei que você não hesitaria em devolver tudo para Isabella, então peço, machuque o coração da víbora.

Sebastian.


Li cada palavra de novo, eu estava num estado de torpor. O quê aquilo significava? As palavras de meu irmão eram tão claras, ele queria vingança.

Sai daquele prédio mais rápido possível, perambulei pelas ruas cheias de gente até sentar num banco qualquer. Li de novo aquelas palavras e chorei mais uma vez, meu irmão tinha me feito um pedido, um pedido de vingança. Isabella Marie Swan, esse era o nome. Ela tinha feito meu irmão sofrer, ela tinha tirado a vida dele.O pedaço de papel era pequeno, virei e para a minha surpresa, do outro lado do bilhete tinha um endereço, por intuição eu sabia que era o endereço da tal mulher.

Não sabia quais emoções estavam dentro de mim naquele momento, mas movido talvez pela dor, tristeza e raiva e principalmente pelo amor fraterno que eu nutria por meu irmão prometi que tornaria realidade seu único pedido. Eu faria da vida de Isabella Marie Swan um inferno. Voltei para Chicago no mesmo dia, cheguei em casa perto das onze e encontrei meus pais vendo televisão calmamente. Quem visse de fora jamais ousaria dizer que eles tinham perdido um filho. Eu não queria conversar com eles, passei direto para o meu quarto. 

Antes de dormi busquei maneiras de executar uma vingança, eu era um bombeiro, meu lema era salvar vidas e não acabar com elas. Eu não tinha motivos para ser uma pessoa vingativa, e por seguinte, eu não saberia me vingar de ninguém. Sebastian disse que deveria machucá-la, mas como fazer isso? Eu tinha tido diversas mulheres na minha vida e mesmo não amando nenhuma delas nunca as destratei. A idéia de machucar uma mulher era repugnante, mas expulsei meus princípios para longe, Isabella não tinha tido princípios quando fez meu irmão sofrer, então eu também não teria.

Uma pergunta ainda martelava em minha mente: como devolver tudo o que ela fizera para meu irmão?

“Posso entrar?” Esme pediu do outro lado da porta.

Eu não queria conversar, mas ignorar não seria uma boa opção. “A porta está aberta!”

Minha mãe entrou e sentou na ponta da cama. “Deste quando meu filho entra em casa e não cumprimenta seus pais?” Ela perguntou um pouco decepcionada.

Eu sabia que eu tinha sido grosso, nenhum dia da minha vida eu tinha feito isso. “Desculpe!” Pedi completamente envergonhado.

“Filho, sei que você está mal, mas você tem que voltar para sua rotina...” Ela falou com um tom amável.

“Então só me explique por que vocês foram tão indiferentes com a morte de Sebastian?” Perguntei querendo realmente cessar minha inquietação.

A pergunta ecoou no quarto escuro, Esme parecia escolher as palavras. “Você ainda o ama muito, você não seria capaz de entender.”

“Talvez você nunca entenda, mas às vezes a gente se engana muito e sofre por isso.” Ela terminou seu discurso evasivo.

Não entendi nada que ele disse, não fazia menor sentido. E mesmo assim guardei cada palavra.

“Mãe, eu preciso dormir. Amanhã tenho que ir para o batalhão!” Falei terminado aquela conversa.

“Tudo bem, filho! Amo você.” Minha mãe deixou um beijo em minha testa e saiu do quarto.

“Também te amo!” Falei antes que ela batesse a porta.
.

Os dias que se seguiram no batalhão foram normais, muitos chamados, muita gente fora de perigo. Minha profissão era a parte mais feliz de minha vida. Ser bombeiro era muito gratificante. Em casa, e relação entre mim e meus pais estava normal, conversávamos coisas do dia a dia e nunca tocávamos no nome de Sebastian. Tinha se passado duas semanas deste o dia que descobri a morte de meu irmão e eu ainda não sabia como acabar com a Isabella, eu tinha em mente o plano mais óbvio: ter algum tipo de envolvimento com ela e depois sair de sua vida, talvez duas ou três noites e depois um adeus. Isso costuma quebrar corações.

Consegui no batalhão uma transferência para a corporação de Nova Iorque e aluguei um apartamento no centro da cidade, eu tinha tudo pronto. Estávamos no meio de um agradável almoço de domingo quando decidi que deveria contar sobre minha mudança. “Eu preciso falar uma coisa para vocês.”

Meus pais pararam de comer no mesmo instante. “Alguma coisa séria?” Carlisle perguntou, seu nervosismo era visível.

Eu não gostava de mentir para minha família, mas dizer que eu estava indo para Nova Iorque por que eu simplesmente queria seria muito estranho e eles desconfiariam de alguma coisa. “Eu fui transferido para Nova Iorque, tenho duas semanas para me apresentar à nova corporação.” Minha mentira pareceu convincente.

Esme deixou escapar uma lágrima e Carlisle a secou prontamente, era bonito de ser ver o carinho eles tinham. “Mãe, não precisa chorar!” Falei sem saber o que realmente fazer.

“Não posso chorar? Meu filho está saindo de casa assim como meu outro filho saiu, quem me diz que ele vá dar notícias?” Ela perguntou deixando as lágrimas caírem.

Dei a volta na mesa me sentindo culpado, ela tinha todos os motivos para ficar preocupada. “Mãe, eu não vou sumir da vida de vocês! Eu os amo mais que tudo neste mundo, vai ser difícil eu ficar longe de casa, mas eu preciso sair da asa de vocês; eu já tenho vinte e cinco anos, oras!” Arranquei um sorrisinho dela no final.

“É só por causa da transferência que você está indo para Nova Iorque?” Carlisle perguntou com uma audácia desconhecida.

“Apenas este!” Menti de novo.

Continuei perto de minha mãe. “Hãn... Eu já aluguei um apartamento, seria legal se você o decorasse para mim, seria um pedacinho de você todos os dias perto de mim!” Falei com a voz de dengo.

Esme riu do meu comportamento. “Eu iria amar!”

Dois dias depois eu e meus pais já estávamos em Nova Iorque, o apartamento era espaçoso e acolhedor, Esme tinha feito um bom trabalho; tinha poltronas, quadros...

“Você vai precisar arrumar uma namorada!” Esme falou arrumando algumas coisas na cozinha.

Eu ri de seu comentário sem sentido. “Por quê?”

“Oras! Você não sabe cozinhar nada, e comidas congeladas não fazem bem!” Minha mãe disse num tom divertido.

Ela ganhou gargalhadas minhas e de Carlisle. “Mãe, você não ficaria orgulhosa se eu namorasse por interesse!”

“Eu estava brincando, sei que você é um cavalheiro, nem sei como ninguém te enlaçou ainda!” Esme adorava essas brincadeirinhas.

Ela falava que eu já estava na idade de me arranjar com alguém, mas isso nunca me preocupou, ninguém nunca me despertou para uma relação afetiva e eu estava contente em ter noites de sexo esporadicamente.

“Eu não quero me enlaçar!” Falei divertido também.



Meus pais foram embora no fim da tarde, e eu aproveitei o tempo livre para por as idéias no lugar. Eu tinha um plano idiota e um objetivo certo: Eu teria algumas noites de sexo quente com a tal Isabella e quando ela estivesse bem caidinha por mim eu daria um simples adeus.


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