Autora(o): Paula Halle
Gênero: Romance, Comédia, Fantasia, Hentai, Universo Alternativo
Censura: +18
Categorias: Saga Crepúsculo
Avisos: Linguagem Imprópria, Nudez, Sexo
**Atenção: Esta história foi classificada como imprópria
para menores de 18 anos.**
Capítulo 22. Era isso, como ele ia reagir a essa noticia?
Apoiei as mãos na parede sentindo uma tontura, respirei fundo algumas vezes, e Anthony estava ao meu lado em um suspiro.
– Bella.
– Eu... eu não estou me sentindo bem...
– Bell...
Mal ouvi ele terminar de chamar meu nome e a escuridão me tomou.
Minhas pálpebras tremeram abrindo-se de repente, olhei em volta um pouco confusa. Não conseguia me lembrar onde estava, tentei me concentrar no ambiente a minha volta, era branco e tinha um cheiro estranho, olhei mais atentamente, gemendo quando notei os aparelhos médicos.
Eu estava em um hospital? Mas como... me lembrei que tinha uma consulta marcada, Anthony ia comigo, mas parei no meu apartamento e...
Merda!
Gemi novamente, estava tudo voltando agora, estava no meu apartamento quando minha mãe disse aquelas coisas horríveis pra mim, assim que ela saiu eu havia desmaiado. Merda, merda, merda.
– Isabella? – me virei ao ouvirem chamar meu nome, um homem baixo e moreno me encarava com um grande sorriso.
– Hmmm, nos conhecemos? – ele riu.
– Não, não, desculpe. Sou o Dr. Banner, amigo de Anthony, nós tínhamos uma consulta hoje.
– Oh, sim claro. Eu acho que perdi a hora. – ele sorriu abertamente.
– Na verdade não, quando desmaiou, Anthony me ligou, e pedi que a trouxesse direto para meu consultório, enquanto estava inconsciente eu examinei você.
– Ah isso é bom. O que eu tenho? É uma virose? – ele se aproximou mais da cama sentando na beirada.
– Bem não é uma virose, mas lamento informar que ainda vai sentir alguns enjoos por alguns meses.
– Sério? O que eu tenho?
– Bem, pelos sintomas que Anthony descreveu que você mostrava eu já desconfiava, mas fizemos um exame de sangue e é certeza agora, você está grávida Isabella. – minha boca se abriu e fechou algumas vezes.
O que ele disse?
– O que você disse?
– Grávida, e pelo que pude perceber você está com quase 8 semanas. – neguei rindo nervosamente.
– O senhor está enganado, não posso estar grávida.
– Bem, você está.
– Não, eu não posso, eu tomo anticoncepcional.
– Esses anticoncepcionais, não são 100%, as vezes eles falham, existem muitos casos em que eles podem deixar de funcionar. Estarem vencidos, se você tomar algum analgésico...
– Analgésico? – sussurrei, minha mente indo direto para o dia que fiquei doente, Edward havia me dado analgésicos, e havíamos transado no mesmo dia, não tínhamos?
– Sim, se tomou algum remédio e teve relações sexuais, é perfeitamente normal estar grávida.
– Oh merda! – o ouvi suspirar.
– Pela sua cara imagino que não seja uma gravidez planejada. – olhei para ele e assenti.
Lógico que queria ter bebês, mas quando Edward estivesse comigo. Não agora, não sozinha...
– Você ainda pode interromper a gravidez. – mal as palavras saíram de sua boca, abracei meu estomago protetoramente.
– Não. – ele sorriu.
– Fico feliz, eu poderia te indicar um bom obstetra.
– Sim, seria bom. – toquei minha barriga plana e suspirei. Isso era... merda eu nem sei o que pensar, e o que Edward vai pensar?
Tudo sobre minha mãe perturbada foi esquecido diante dessa noticia. Renée era passado, agora o que importa é eu, Edward e nosso bebê.
Edward...
Eu precisava lhe dizer, ele tinha que saber antes que todo mundo que nós iríamos ter um bebê. Olhei para o Dr. Banner.
– O senhor contou para Anthony?
– Ainda não. Quer que eu o chame... – me apressei em negar.
– Não. Eu quero contar para meu marido primeiro.
– Ah claro, você quer ligar? Pode usar o telefone do hospital.
– Não ele, bem ele está no Iraque agora.
– Iraque?
– Sim, Anthony é meu sogro. – entendimento passou pelos olhos do doutor.
– Você é casada com Edward?
– Conhece Edward?
– Um pouco, eu não sabia que ele havia casado.
– Foi uma coisa meio de impulso.
– Entendo, ele esteve em casa para o natal?
– Sim, foi quando nos conhecemos.
– Certo, eu estava viajando com minha esposa, normalmente nós passamos o natal com os Masen.
– Hmmm, então nos veremos mais vezes.
– Com certeza querida. Que tal nós darmos uma olhada no seu bebê.
– Já da pra ver alguma coisa?
– Claro. Eu vou chamar o obstetra que temos aqui e vamos dar uma checada nesse bebê ok.
– Ok. – ele saiu voltando pouco depois acompanhado de um rapaz, ele parecia não ter mais que vinte e poucos anos, era alto com a pele morena e cabelo preto curto e um grande sorriso.
– Isabella, este é o Dr. Black, ele trabalha aqui como obstetra, e a meu pedido, vamos fazer uma ultrassom, tudo bem?
– Sim, olá doutor.
– Olá Isabella, pronta pra ver seu bebê?
– Acho que sim. – ele sorriu e saiu por um segundo voltando com uma cadeira de rodas, com a ajuda do Dr. Banner, eles me colocaram na cadeira, me levando para outra sala.
Nessa havia uma maca ao lado de um monitor, eles me entregaram uma roupa de hospital, me troquei no pequeno banheiro que tinha na sala, voltei para a sala e eles me ajudaram a deitar na maca.
Sr. Black, ergueu a camisola que usava e passou o gel frio em meu estomago, estremeci um pouco e ele sorriu colocando em seguida colocando o aparelho ligado ao monitor sobre meu estomago.
Foi como se eu finalmente entendesse o que Dr. Banner havia me dito. Tipo eu entendi, estou grávida, mas eu não tinha assimilado ainda, mas agora quando o som de um batimento encheu a sala e a imagem destorcida apareceu na tela, eu entendi.
Eu estou grávida.
[...]
– Você tem certeza que está bem? – sorri para a preocupação de Anthony.
– Estou ótima. Dr. Banner foi incrível.
– Ele é um ótimo medico. – assenti relaxando no banco do carro.
Eu havia acertado tudo com Dr. Banner e Dr. Black, ele seria meu obstetra, e já havia me passado algumas recomendações, havia me dado uma foto do meu bebê também que eu mandaria para Edward.
Assim que chegasse em casa eu escreveria uma carta para ele e postaria no mesmo dia, ele precisava saber do nosso bebê, e esperava que ele gostasse da ideia tanto quanto eu. Sorri tocando meu estomago distraidamente.
Um bebê. Um bebê meu e de Edward.
– Bella chegamos. – olhei para Anthony que me olhava preocupado, sorrindo sai do carro.
– Eu preciso escrever para Edward.
O ouvi me seguindo, ainda um pouco preocupado, ele carregava uma mala, havíamos passado em meu apartamento e peguei o máximo de roupas, agora que estava grávida, eu realmente achava uma boa ideia ficar com Anthony, algo podia acontecer comigo sozinha no apartamento, e se eu perdesse meu bebê eu morreria.
Sim eu já estava apaixonada pelo meu bebê.
Mesmo ele sendo só uma imagem disforme no monitor, eu já amo ele ou ela.
Anthony me acompanhou até meu quarto deixando minha mala sobre a cama, ele saiu para me dar privacidade, sabia que ele estava preocupado sobre minha saúde, eu não havia dado muitos detalhes sobre o que Dr. Banner me disse, havia dito somente que eu estava bem, e para ele não se preocupar.
Ele foi gentil o suficiente para deixar o assunto de lado, ele sabia que quando eu quisesse lhe contar o que estava havendo eu falaria com ele.
Assim que ele saiu corri para a cama, tirei a foto da ultrassom da bolsa e sorri olhando, será que Edward notaria que é um bebê?
Bem por precaução escrevi atrás, “nosso bebê” dobrei a foto e a coloquei em um envelope, peguei um envelope maior e coloquei o envelope com a foto dentro, espero que ele leia a carta antes de ver a foto. Fui para a cama, pegando um caderno e caneta e comecei a escrever.
Meu marido
Eu já disse que eu odeio não poder tocar em você? Por que eu odeio.
Eu amo suas cartas, eu amo saber que você pensa em mim, que me ama, mas eu realmente, realmente odeio, não poder te tocar.
Eu quero tanto te tocar Edward, tocar no seu cabelo, no seu rosto, seu corpo, sua tatuagem, Deus, eu sinto falta da tatuagem. Muita mesmo.
Mas falta pouco agora né, 10 meses, é bem menos que 12, e quando formos ver, você vai estar aqui. É nisso que me agarro Edward, na esperança de que você vai estar aqui comigo, em meus braços, e nunca mais vai sair do meu lado. Não estou nem ai se as pessoas estranharem eu grudada em você, pode ir se preparando pra ter uma esposa grudenta.
Vamos deixar meu grude de lado por um momento, eu tenho algumas novidades para te contar. Eu gostei delas, mas quero a sua opinião sincera ok.
Eu estou me mudando para a casa do seu pai, nós conversamos e vai ser melhor eu ficar com ele, meu apartamento não está adequando para mim no momento, eu meio que tive uma briga com minha mãe, ela não aceitou muito bem o nosso casamento. Não que a opinião dela me interesse muito, mas eu não gostei das opiniões dela sobre nós e nosso casamento.
Enfim, pra evitar confrontos, e como eu praticamente já vivia na casa do seu pai, eu resolvi me mudar pra lá. Eu to pensando em alugar meu apartamento o que acha? Vamos ter uma fonte de renda extra, e acredite vamos precisar, pois, bem, isso envolve a outra novidade. Você deve ter notado a foto que mandei, não sei se você a entendeu, mas é uma foto muito importante, é a foto do nosso bebê.
Eu estou grávida.
Eu sei que tenho que ser paciente e esperar suas cartas, mas pode ligar pra mim, e me dizer que você está feliz com a noticia? Eu to pirando aqui achando que vai odiar. Eu queria poder te ligar, mas para ligar, eu teria que dar essa noticia para varias outras pessoas, e isso não é certo, você tem que ser o primeiro a saber, não contei para ninguém aqui ainda, nem mesmo seu pai sabe.
Então me diga Edward, você está feliz não está? Por que eu já amo o nosso bebê, eu o amo por que ele é uma parte de você, e eu vou te confessar, eu mal estava aguentando de saudades de você, mas agora, agora eu tenho uma parte de você em mim Edward, e por isso eu posso aguentar, 1 ano ou até mais, por que eu tenho uma parte de você comigo.
Eu preciso ir agora, nosso bebê me deixa morrendo de fome, eu quero comer o tempo todo, Rosie está desconfiando que tem algo errado comigo, bem errado por que eu pareço doente, vomitando, e com sono, o apetite exagerado e as vezes desaparece, é muito irritante se quer minha opinião. Mas eu estou bem, meu medico disse que é normal.
Hmmm, há eu vou mandar fotos pra você da minha barriga, de cada mês, pra você conhecer o nosso bebê, e o amar como eu amo. Por favor Edward, se cuide, por mim e por nosso bebê, nós te amamos, e precisamos de você.
Meu segredo de hoje, é um desejo, eu desejo que eu seja uma boa mãe, uma muito melhor do que a minha foi. Que eu nunca faça nosso bebê se sentir indesejado, que eu não o amei desde que soube dele, por que acredite, depois do choque inicial, eu estava apaixonada por nosso bebê.
Eu te amo Edward, e se cuide, nós precisamos de você, que você volte para nós são e salvo.
Da mãe do seu filho Isabella Masen.
Quando acabei respirei fundo e coloquei a carta no envelope e a fechei. Seja o que Deus quiser.
[...]
A semana seguinte passou lentamente, entre idas ao banheiro com os malditos enjoos matinais, que às vezes viravam enjoos noturnos, apetite descontrolado, e muitas sonecas. Todos os meus amigos me olhavam desconfiados. Anthony cismava que eu precisava ir ao medico de novo. Mas eu sei que não a nada de errado comigo, só pedia para ele ser paciente que logo eu melhoraria. Sai do banheiro indo até o balcão e vi Emmett me olhando desconfiado, sorri enquanto amarrava meu avental.
– Tudo bem chefe?
– Eu sei que está acontecendo algo.
– Sempre está acontecendo alguma coisa.
– Alguma coisa com você Swan.
– Swan? – arquei uma sobrancelha e ele bufou.
– Masen. Sra. Masen.
– Obrigada. E nada está acontecendo.
– Ah está sim, e é melhor me dizer logo antes que eu te demita.
– Vai me demitir por que não quero te contar algo? Olha que vou no sindicato hein.
– E o que vai alegar?
– Que você é intrometido.
– Puuf como se todo mundo já não soubesse disso.
– Vai trabalhar Emmett, não há nada acontecendo. – ele estreitou os olhos, mas assentiu.
– Ok, eu vou ficar de olho em você Masen. Cedo ou tarde você vai se render.
Rolei os olhos o empurrando para sua sala, voltando para o balcão, Emmett não era o único desconfiado, Rosie não parava de me dar olhares sugestivos, principalmente em direção a minha barriga.
Mas como eu me recusava a dizer algo, ela ficava na dela, estava irritada por eu não ter dito nada ainda, mas não me colocava contra a parede. Estava agradecida por ela respeitar o meu segredo, mas só estava esperando o momento que ela explodiria.
Quando acabei meu turno no café, me despedi de Emmett, que ainda tentou mais uma vez arrancar a verdade de mim, o ignorei como sempre, a casa de Anthony era um pouco longe do café e não dava pra ir a pé, então fui para o ponto de ônibus.
Antes que eu o alcançasse Rosie correu em minha direção.
– Bella.
– Oi Rosie.
– Eu fui no café ver você, mas Emmett disse que já tinha saído.
– É. Como estão as coisas?
– Tudo bem e com você? – ela me encarou esperando que eu dissesse algo, talvez revelasse logo meu segredo, mas só sorri.
– Estou bem, um pouco cansada, mas só. – para dizer que ela ficou decepcionada, era pouco, mas ela se recuperou rapidamente.
– Sei. Então quer companhia?
– Claro. – andamos em silêncio por alguns minutos, Rosie estava me dando olhares nervosos o caminho todo, quando alcançamos o ponto, eu já estava cheia.
– O que há?
– Por que acha que há alguma coisa?
– Rosie. – ela bufou.
– Eu nem deveria te contar isso, mas não quero que tenha uma surpresa desagradável.
– O que aconteceu?
– Renée esteve na faculdade.
– Merda! O que ela queria?
– Saber de você acho. Há vi saindo do escritório principal, ela não me viu, mas parecia frustrada.
– O que será que ela queria lá?
– Imagino que descobrir onde você mora, desde o “incidente” no seu apartamento que ela não deve ter noticias de você.
Assenti, eu havia contado para Rosie, as coisas horríveis que Renée disse para mim, ela havia ficado tão indignada quanto eu, e disse que Renée tinha sorte de ela não estar lá na hora, ou ela teria apanhado e muito. Conhecendo Rosie, minha mãe com certeza sairia do apartamento mancando.
– O que ela quer? Ela já deixou bem claro que não concorda com minhas escolhas, e que sou um estorvo. – resmunguei amargamente, Rosie passou um braço sobre meus ombros.
– Não de atenção a ela Bella, você precisa de paz e sossego agora. – olhei para ela com uma sobrancelha arqueada e ela sorriu.
Ela sabia.
Antes que qualquer uma de nós dissesse algo meu ônibus chegou, nos despedimos e fui para casa sorrindo todo o caminho. Rosie era bem observadora, lógico que ela ia perceber, ela havia sido muito gentil em não falar nada, esperando até eu estar pronta para anunciar essa grande novidade, ela já devia imaginar, que eu estava esperando falar com Edward.
O ônibus parou no meu ponto e desci com um aceno para o motorista, era o mesmo há algumas semanas. Caminhei pelo bairro com um sentimento de paz, o nosso bebê seria tão feliz aqui. Eu já podia vê-lo brincando na pracinha que ficava próxima a casa, indo na escola que era duas quadras para baixo. Esse bairro era perfeito para criar nosso bebê, a única coisa que me deixava triste, era que Edward perderia a minha gestação e o parto, quando ele voltasse nosso bebê já teria nascido.
Nós podíamos ter outros é claro, mas ainda sim, ele perderia o nascimento do nosso primeiro filho. Mas eu faria de tudo para ele não se sentir de fora, tirar fotos, contar sobre as consultas para ele através das nossas cartas, mandar fotos de todas as ultrassom, ele podia perder o parto do nosso bebê, mas ele teria todas as lembranças que eu podia dar a ele.
Cheguei em casa me sentindo exausta, eu realmente preciso de um cochilo, bocejando caminhei para a cozinha, vi uma nota sobre a mesa.
Bella precisei ir a minha empresa, volto por volta das sete, que tal pedirmos uma pizza?
Anthony.
Sorri para a mensagem, e meu estomago roncou.
– Bebê você já está com fome? Comemos alguns cookies há algumas horas. – esfreguei meu estomago, mas não tinha jeito, eu precisava comer.
Fiz um sanduiche imenso, e fui para a sala ligando a TV, coloquei os pés para cima e fiquei passando os canais, enquanto devorava meu lanchinho.
O telefone tocou ao meu lado, e me estiquei para pegá-lo da base, ainda olhando para a TV, respondi sem prestar muita atenção em quem era.
– Alô?
– Bella?
– Sim? – a ligação estava um pouco chiada. – Quem é?
– Sou eu Edward. – ofeguei agora completamente concentrada na ligação.
– Edward, oh meu Deus, é você. – ele riu e meu coração falhou uma batida, eu senti falta desse som.
– Sou eu amor, como você está?
– Bem, eu... – solucei. – Sinto tanto sua falta. – ele respirou fundo.
– Eu também amor, mas logo estaremos juntos.
– Sim, eu nem acredito que ligou.
– Eu precisei, eu... eu recebi sua carta. Bella é verdade? – agora eu já estava em prantos.
– Sim vamos ter um bebê. – ele ofegou ficando em silêncio e prendi a respiração enquanto esperava para saber o que ele achava.
Era isso, como ele ia reagir a essa noticia?
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