26 junho 2014

FanFic: "Mamãe sem querer" - Capitulo 1


Adaptação Gabi156  
Gênero: Amizade, Drama, Ecchi, Hentai, Romance 
Censura: +15 
Categorias: Saga Crepúsculo 
Avisos:  Nudez, Sexo

**Essa fanpic é uma adaptação do livro "Mamãe sem querer", da autora Kate Walker**

Capítulo 1

Isabella Swan saía de casa quando o relógio da sala de jantar deu a badalada de meia hora. Atônita, percebeu que exatamente doze horas haviam se passado desde que abrira a mesma porta na noite anterior. Meio-dia e, mesmo assim, o impacto daquelas horas em sua vida era incomensurável. Nada jamais seria o mesmo.

Se tivesse atendido ao primeiro impulso e ignorado a campainha, aquela seria apenas mais uma segunda-feira e seus pensamentos estariam voltados para as semanas que viriam, com os preparativos para o Natal, as montagens teatrais infantis da época e as outras atividades da escola. Mas haviam tocado a campainha novamente, com mais insistência, e ela, percebendo tardiamente as luzes acesas e as cortinas abertas, não pudera fingir não estar em casa. Relutante, levantara-se.


- Quem é? — indagou, impaciente.

Abriu a porta e arrepiou-se com o ar frio da noite, apesar do suéter cor de vinho que usava com a calça legging preta. Uma rajada de vento mais forte jogou mechas de seu cabelo castanhos-avermelhados contra o rosto em forma de coração.
- O que...
Interrompeu-se e arregalou os olhos castanhos quando a luz do corredor banhou a figura alta e masculina parada junto aos degraus.
- Oi, Bella.
Apesar da familiaridade da voz, Isabella precisou piscar várias vezes para convencer-se de que estava vendo com clareza.
- Edward?
Foi só o que conseguiu pronunciar. Chocada, sentiu o cérebro anestesiado, incapaz de raciocinar. Dez anos antes, também abalara-se ao ver Edward Cullen e, desde então, nunca fora capaz de racionalizar qualquer coisa relacionada a ele.

Edward ainda tinha o poder de deixá-la emudecida. O impacto de sua presença masculina era letal a qualquer esperança de compostura. Mesmo vestido informalmente, como naquele momento, de calça jeans, camiseta branca e jaqueta de couro preta, com o cabelo bronze desarranjado devido ao vento, ele ainda exercia o magnetismo masculino que a deixava confusa e sem ação.

- Não vai dizer nada, Bella? — A voz fria vinha acompanhada de um tom sarcástico, do qual ela lembrava-se bem. — Não parece você. Lembro-me de que sempre tinha muitas opiniões e era entusiasmada em partilhar seus pontos de vista.
- Você me pegou de surpresa... Não esperava vê-lo aqui.
Era verdade. Já se convencerá, havia muito, de que Edward Cullen nunca seria parte de sua vida e, se uma parte mínima de seu coração ainda nutria a esperança tola de que pudesse ser diferente, a notícia que agitara a cidadezinha no mês anterior pusera uma pedra sobre o assunto.
- A que devo a honra da visita?
Edward riu, matreiro, levemente envergonhado com o tom mal-humorado, deixando-a ainda mais vulnerável. Após acreditar que o perdera para sempre, Isabella não conseguia suprimir a alegria por vê-lo ali. Mesmo assim, o realismo dizia-lhe que, se se expusesse novamente, se o deixasse entrar em sua vida mais uma vez, só se magoaria.
- Acreditaria se eu dissesse que estava só passando?
- De jeito nenhum.
Ainda sem saber como agir, Isabella tentou endurecer o coração, sabendo de antemão que era uma tentativa vã. Mais um sorriso daqueles e estaria acabada.
- Você também não poderia estar passando pela rua Holme a caminho de algum lugar, pois trata-se de um beco sem saída, e quanto a...
- Está bem, confesso! Eu estava indo para a mansão me esconder quando lembrei-me de que minha mãe viajou e que não haveria ninguém em casa. A governanta está de folga também e pensei que seria uma boa oportunidade de visitar uma velha amiga.
- Velha amiga? — repetiu Isabella, cética.
Então, Edward moveu-se para mais perto da luz, realçando a palidez e o cansaço no rosto. Bem, talvez fosse o luar drenando toda sua cor.
- Não acha que está exagerando? — questionou ela. — A verdade é que minha mãe foi cozinheira de sua família por alguns anos e você, de vez em quando, dignava-se dirigir-me a palavra.

Oh, por que o tempo não lhe trouxera algum grau de objetividade? Por que o afastamento não colocara uma distância entre ela e esse homem, para que pudesse encará-lo com algum grau de confiança?
Com qualquer outra pessoa, podia comportar-se como a profissional madura de vinte e quatro anos que era. Mas Edward parecia capaz de apagar os anos com um olhar e reduzi-la à adolescente que o vira pela primeira vez aos onze anos. A situação era pior, pois agora sabia que os sonhos tolos daquela época eram apenas isso... fantasias, sem possibilidade de se concretizarem

- Você não costumava me visitar mesmo quando morava em Ellerby. Seria como a visita do senhor da mansão aos aldeões. Não imagino o que o traz aqui...
- Sabe que sempre odiei esse apelido! — ralhou Edward, frio e inflexível. — Se não sou bem-vindo, é só dizer.
Edward já dava meia-volta. Era perfeitamente capaz de ir embora sem dizer mais nada, percebeu Isabella. Estava pronto para sair de sua vida tão facilmente quanto entrara, sem dar maiores explicações. O bom senso dizia-lhe para deixá-lo ir, mas o coração protestou. Fazia quase três anos desde que o vira pela última vez. Se ele fosse embora, iria vê-lo novamente?
- Bem, já que está aqui, pelo menos posso oferecer-lhe um café! — apaziguou, abrindo completamente a porta. — Entre, antes que se congele, e...
Interrompeu-se ao fechar a porta e sentir o braço roçar contra o corpo musculoso. No corredor, ele parecera muito grande e forte, fazendo-a sentir-se menor do que seu um metro e sessenta e cinco de altura. O porte musculoso e elegante preenchia de tal forma o espaço exíguo que pensou estar encurralada por um felino, sem saber o que fazer, sem saber se seria atacada ou não.
- Vamos para a sala — convidou, sabendo que soava tão perturbada quanto se sentia. Não conseguia imaginar por que Edward a procuraria após tanto tempo. — A lareira está acesa, você vai se aquecer logo.
Isabella acendeu a iluminação principal, incomodada com as sombras lançadas pela luminária sobre a escrivaninha. A visão de Edward banhado em luz fez com que recuasse um passo, assustada.

- O que houve com você? — indagou.
Ele estava horrível, com marcas de expressão ao redor da boca e dos olhos. A palidez indicava cansaço e deixava-o abatido. O efeito acentuava-se com a marca da barba por fazer.
- Estou um pouco cansado...
Edward esfregou os olhos com as costas da mão, não antes que ela avistasse o brilho incomum, quase febril, nas profundezas cor de esmeralda.
- O trânsito estava terrível — prosseguiu ele. — Todo mundo parecia estar a caminho de algum lugar hoje.
- Todos querem chegar em casa no último minuto do feriado, acho... — opinou Isabella. Tirando vantagem do pouco caso que ele fizera de sua preocupação, tentou parecer mais descontraída e relaxada do que se sentia. — Amanhã recomeçam as aulas.
- Sim, deve ser isso... Esqueci-me completamente. Ele focalizou a escrivaninha no canto e franziu o cenho. A pilha de papéis destacava-se sob a luz da luminária.
- Desculpe-me... você estava trabalhando e eu a interrompi.
- Em absoluto! Eu já tinha acabado.
Isabella cruzou os dedos mentalmente contra a mentira. Seu instinto dizia-lhe que algo estava errado. Aquela história de "visitar uma velha amiga" não a convencera nem um pouco.
- Então... posso oferecer-lhe algo para beber? Um café?
- Prefiro algo mais forte, se tiver.
- Tenho xerez.
- Xerez está ótimo.
Ao servi-lo, Isabella cogitou que talvez álcool não fosse o melhor para ele.
- Já jantou? — Essa era a pergunta que devia ter formulado antes de embebedá-lo, repreendeu-se.
- Não, mas almocei bem. Não queria parar para comer... Queria sair de Londres o mais rápido possível.
- É tão ruim por lá?
- Pode acreditar. — Edward tomou um gole da bebida e ela ficou contente ao ver a cor retornando aos poucos a seu semblante. — Ultrapassei o limite de velocidade durante quase todo o percurso...
Aquilo indicava que tratava-se de algo mais do que uma simples visita ao lar. O carro de Edward era mesmo muito veloz. Preocupada com os ladrões de carro, foi até a janela, afastou a cortina e olhou para a rua.

Edward franziu os lábios.
- Não precisa se preocupar. — A ironia no tom atingiu-a de forma amarga. — Estacionei o carro a alguns quarteirões daqui. Ninguém vai ficar sabendo que a visitei.
- Não era com isso que estava preocupada — esclareceu Isabella.
- Ah, não?
O tom dele era áspero, semelhante ao que usara na noite em que ela completara dezoito anos e ele destruíra todas as suas esperanças de que fossem mais do que conhecidos.
- Pelo visto, você é que tem uma reputação a perder — completou Edward.
Se o comentário anterior a aborrecera, aquele a deixara boquiaberta e raivosa.
- E você? — rebateu Isabella. — Não acha que pode arranhar sua reputação ser visto visitando uma...
- Uma das serviçais mais inferiores das terras de minha família?
A descrição fria fez com que Isabella recuasse um passo. Só vira Edward naquele estado de humor uma vez e ficou tão assustada na ocasião quanto estava naquele instante.
- Pelo contrário, minha querida Isabella. Achei que melhoraria minha reputação, se as pessoas soubessem que estou aqui...
Edward mudara o tom novamente. Desta vez, as palavras saíram sensuais, turvando o raciocínio de Isabella.
- E quanto aos "direitos de senhor feudal" que supostamente tenho... de me deitar com a noiva de meus súditos?

Isabella franziu o cenho à lembrança das palavras que ela lhe despejara num momento de raiva e mágoa, anos antes. Então, como agora, ele sorrira ao falar, mas sem afeto, o humor muito distante de qualquer coisa semelhante a divertimento, exceto nos comentários mais grosseiros e sombrios.

- Afinal, Ellerby mantém tantos costumes medievais... Não acha que o senhor do castelo devia ter o direito de experimentar as virgens do vilarejo?
- Edward...
Ele não lhe dava ouvidos. Com um sorriso de tigre avaliando a presa, aproximou-se e acariciou-lhe o rosto, fazendo-a estremecer involuntariamente.
- Se conseguisse encontrar virgens, quero dizer — retificou. — São mesmo uma raridade hoje em dia. A maioria das moças modernas são tão experientes... tão seguras de si mesmas... tão... - Olhou fixamente para o rosto em forma de coração. — Mas não você, Bella... com esses grandes olhos inocentes e essa cara de anjo... — Acariciou-lhe o lábio com o polegar. — Você é tão diferente...

Isabella tinha o coração aos pulos. Apesar de Edward nem a estar tocando naquele momento, sentia-se incapaz de mover-se. E sabia instintivamente que a situação era perigosa, que, permanecendo ali, imóvel, enfrentaria dor e destruição. Precisava fazer algo para reverter a situação.
Embora a razão reconhecesse o fato e enviasse instruções frenéticas para que colocasse seus músculos em ação, o medo parecia ser maior, mantendo-a no estado catatônico.

- Mas não gosto do jeito do seu cabelo — murmurou Edward, gesticulando para o coque perfeito com ar de desgosto. — Está muito preso... muito certinho. Você parece uma professora.
- Eu sou professora.
- Não agora... não a esta hora da noite. Está de folga, e assim...
Antes que Isabella pudesse reagir, Edward já retirara os grampos que prendiam seus cabelos. Ele sorriu satisfeito quando os cabelos se soltaram, adornando-lhe o rosto e o pescoço de forma selvagem.
- Assim está bem melhor — opinou ele, passando os dedos pelas mechas.
Deliciando-se, Isabella emitiu um murmúrio abafado vagamente parecido com o nome dele.
- Estou com vontade de beijar você... — revelou Edward.
- Não! — protestou Isabella, temerosa em ouvir mais. A amarga ironia da situação estava no fato de que, anos antes, mesmo um ou dois meses antes, teria apreciado ouvir o que ele estava dizendo. Mas ele falava de forma tão sarcástica, com os olhos verdes tão frios, que não podia ter certeza de nada. Naquele momento, mesmo que ele estivesse dizendo a verdade, era tarde demais. Ele estava noivo de outra mulher e todos os elogios deveriam ir para a eleita.
- Edward... — Tentava soar determinada, mas não se saía bem. — Falando assim, você pode ser mal interpretado.
- E como sabe o que eu quero ou não dizer? — ralhou ele. — Virou telepata? Pode ler a minha mente?
Isabella lembrou-se amargamente da única vez em que Edward a beijara. A imagem surgiu em meio ao transe que a mantinha imóvel, misturando-se à com preensão do quanto arriscava-se por não resistir e encerrar aquela cena ali mesmo.
- E o que sua noiva pensa sobre isso?
Isabella questionara o mais fria e rude possível. Percebeu que as palavras haviam atingido o alvo, pela expressão derrotada de Edward.
- Havia me esquecido de como as fofocas correm rápido no vilarejo — resmungou ele.
- O sistema de informação continua eficiente — confirmou Isabella.
- Bem, é verdade. — O tom de Edward era estranhamente indiferente. — Eu pedi Tanya em casamento há alguns meses e ela aceitou imediatamente.

Aposto que aceitou, pensou Isabella, com ciúme. Nenhuma mulher com sangue nas veias declinaria um pedido de Edward Cullen, mesmo que não houvesse a atração extra que era sua fortuna, a qual ele dobrara nos últimos dez anos como resultado de um negócio brilhante na área de informática.
- Então, o que está fazendo aqui? Por que não está com ela?
Por que invadira sua vida, abalando sua vidinha conformada?
- Porque ela está de férias... num cruzeiro pelo Mediterrâneo.
- Num cruzeiro?!
Atitude estranha para uma moça que acabara de ficar noiva. Se Edward houvesse pedido a ela em casamento, ninguém conseguiria tirá-la de seu lado, a menos que fosse absolutamente necessário.
- Já estava combinado antes de ficarmos noivos. Ela foi com a prima.
Isabella estava convencida de que algo estava errado, que ele não batera em sua porta somente porque estava nos arredores, como dissera.
- Edward... Por que veio aqui esta noite? Ele encolheu os ombros, indiferente.
- Para ver um rosto amigo... para conversar.
- Sobre o quê?
Isabella ficou preocupada com a mudança no olhar dele.
- Diga-me — insistiu. — Sobre o que quer conversar? Ele considerou a pergunta tenso, o olhar parado e distante. Então, finalmente, pareceu chegar a uma decisão.
- Sobre Tanya — desabafou, a voz rouca e rude. — Sobre a minha noiva... ou melhor, ex-noiva, já que ela me deu um fora.


Continua...........

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